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OLHO NO OLHO!

ACREDITE!

 

Numa manhã de setembro do ano de 1897, o redator-chefe do jornal nova-iorquino “The Sun” encontrou sobre sua mesa de trabalho a seguinte carta de uma menina de oito anos:

 

"Prezado Sr. Redator:

Tenho oito anos de idade. Algumas de minhas amigas sempre me dizem que não existe o Papai Noel. Porém, meu pai afirma que se essa existência o “The Sun” confirmar, então é certo que existe o Papai Noel. Por favor, diga-me a verdade: existe mesmo o Papai Noel?

Virginia O'Hanlon"

* * *

Francis Church, redator do “The Sun”, com relutância e hesitação tomou a si a tarefa de responder à carta de Virginia. Contudo, tendo começado a escrever, as palavras saltaram rápidas sobre o papel, e assim surgiu a seguinte carta:

 

“Virginia:

 

Tuas amigas não têm razão. Elas sofrem de uma doença péssima e que mais tarde trar-lhes-á ainda muitas dores. Toma cuidado para que essa doença não te pegue. Trata-se de uma doença de alma. Nós, os adultos, chamamo-la de incredulidade, espírito de crítica, falta de inocência. Tuas amigas e outras pessoas que tentaram te convencer pensam que são sábias e espertas, porque só admitem como real aquilo que podem ver com os olhos e tocar com as mãos. Contudo, elas não sabem quão pouco é isso!

 

Ora, pequena Virginia, imagina todo este imenso Globo terrestre com seus lagos e montanhas, com seus rios e mares, e, pairando sobre nossas cabeças, o céu infinito com suas miríades e miríades de estrelas. Imagine quantas espécies de seres existem no mar, nos ares e sobre a terra. O homem é apenas um entre milhares de seres, e ademais quão pequeno! Diante das imensidões do universo, ele é pouco mais do que um besouro ou uma formiga. Como então pode o homem ver tudo o que existe e com seu pequeno entendimento querer explicar todas as coisas?

 

Sim, Virginia, existe o Papai Noel! Tão certamente quanto existem o carinho e a alegria, o amor e a bondade, os quais, porém, não podemos ver com nossos olhos e apalpar com nossas mãos. Mas tudo isso existe. Tu mesmo já os experimentaste. E não trazem eles beleza e alegria em tua vida?

 

Ah, como seria triste o mundo sem o Papai Noel! Tão triste como se não houvesse mais Virginias, como se não houvesse mais os contos de fadas, os anjos, as canções, as histórias infantis escritas pelos poetas. Ou, pelo contrário, só houvesse gente que jamais se encanta com nada, que jamais sorri! Então estaríamos todos perdidos. E aquela luz eterna, que jamais se apaga, com a qual as crianças iluminam o mundo e que acompanha toda criancinha que nasce, esta apagar-se-ia para sempre.

 

Não acreditar no Papai Noel?! Então ninguém mais precisaria crer em fadas e anjos. Tu poderias convencer teu pai a colocar vigias diante de cada chaminé, na noite de Natal, para que eles pudessem agarrar o Papai Noel. O que ficaria então provado se eles não o vissem descer pela chaminé? Ora, ninguém vê o Papai Noel! Isso porém não prova que ele não existe. As coisas que neste mundo são verdadeiramente reais, não as podem ver nem crianças nem adultos. Já viste alguma vez uma fada dançar sobre os prados floridos? O fato de não a teres visto não prova que a fada não dance na pradaria. Ninguém pode compreender todas as maravilhas invisíveis do universo.

 

Tu podes bem desmontar um chocalho de bebê, a fim de ver como se produz propriamente o ruído das pedrinhas que se chocam umas contra as outras. Porém, sobre o mundo invisível há um véu estendido, o qual não pode ser rasgado nem mesmo pelo homem mais forte da terra, e nem sequer pela força conjunta de todos os homens fortes de todas as épocas. Somente a fé e a caridade podem levantar um pouquinho a ponta deste véu e assim contemplar a beleza e o esplendor sobrenaturais que se escondem atrás dele.

 

Será tudo isso realidade? Ó, Virginia, sobre a Terra não há nada de mais real, de mais verdadeiro do que isso! Graças a Deus que o Papai Noel vive e viverá eternamente! Nos próximos mil anos – oh! que digo, pequena Virginia -, nos próximos 10 mil anos multiplicados por outros tantos mil anos, o Papai Noel continuará a fazer com que os corações puros das crianças se alegrem e batam com mais força na abençoada noite de Natal."

 

ACREDITE!

 

A Diretoria


 

16 DIAS DE ATIVISMO

Maria da Penha e muitas outras Marias, Anas, Solanges, tiveram seus nomes nas notícias policiais por terem sofrido violência extrema, praticada por homens; tragédias que já se tornaram lugar comum no folclore policialesco.

Durante os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, campanha que começa em 25 de novembro, Dia Internacional de Luta pela Erradicação da Violência contra a Mulher, realizada anualmente para chamar a atenção da sociedade para  este grave problema, muitos assuntos pipocaram na mídia, alguns bons, outros nem tanto.

Foi bom saber que as brasileiras que atuam no desarmamento foram destaque na ONU, que reconheceu a contribuição das mulheres da America Latina e do Caribe, que exercem um papel eficaz na não proliferação e no controle de armas. Mas, não foi bom saber que nossos deputados estão agindo para aprovar nova lei que possibilita a venda de 9 tipos diferentes de armas de fogo e 50 balas por mês, para qualquer cidadão.

Muito de falou sobre a importância da Lei Maria da Penha, que veio efetivar a proteção das mulheres que sofrem caladas a violência machista há várias gerações, em função da criação patriarcal a que são submetidas. A lei "aconteceu" e os passos para a efetiva implementação de seus objetivos, dentre eles, desenraizar de nossa realidade qualquer ato de violência - física ou psíquica - contra a mulher estão sendo dados.

A campanha do Laço Branco, marcada em 6 de dezembro, também é sempre bem-vinda porque mostra que existem homens  que repudiam a violência contra a mulher. Eles elegeram o laço branco como seu símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra a mulher e não fechar os olhos frente a essa violência. A atitude destes homens é poderosa!

Infelizmente, as formas de violência contra a mulher ainda são muitas e os dados tristes, como os números da  pesquisa do Instituto Data Popular sobre Violência contra a Mulher, obtidos com exclusividade pelo jornal Estadão, os quais mostram que três em cada quatro mulheres jovens já foram assediadas ou agredidas por seus companheiros, no Brasil.

Também não é novidade que as mulheres ganham menos que homens, quando deveriam ganhar mais do que eles, no Brasil e no mundo. É o que registra o Relatório sobre Salário Global, da Organização Internacional do Trabalho - OIT, o qual aponta que as mulheres pontuam mais nos quesitos produtividade, educação, experiência e portanto deveriam faturar pelo menos 10% mais do que eles no país.

O Dia Internacional dos Diretos Humanos, 10 de dezembro, encerra os 16 dias de Ativismo, nos lembrando todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos; dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Assim durante 16 dias falamos sobe muitos assuntos que envolvem as mulheres, foram realizadas ações na sociedade, dentro de escolas, nos bairros, dentro dos ônibus, envolvendo empresas, comarcas, instituições; intervenções de importância social que contribuíram positivamente na busca por uma sociedade que respeita o gênero feminino,  valoriza a mulher como ser humano capaz e digno de direitos. Lembrar disso é uma forma de luta!

A Diretoria


 

SEAAC DE AMERICANA: AOS 23 ANOS, UM SINDICATO CIDADÃO!

 

A entidade sindical tem um motivo singular para existir: TALENTO para unir, organizar e lutar por muitos. O Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana absorveu ao longo sua existência, a inteligência e habilidade coletiva dos trabalhadores, que o ajudaram a conquistar muitas realizações!

 

O SEAAC AM foi fundado em 19 de novembro de 1991. São mais de duas décadas ajudando a escrever a recente história da categoria. O Sindicato tem se empenhado em acompanhar as transformações pelas quais têm passado o mercado de trabalho, estendendo sua atuação para diversas áreas de interesse do trabalhador, como educação, saúde, negociação, comunicação, lazer. A equipe sindical ao longo de várias gestões empenhou-se em qualificar seu trabalho, para cumprir o dever de buscar e fazer cumprir os direitos dos empregados EAA.  O ideal de todos tem sido um só: defender os direitos dos trabalhadores.

 

Coordenar, orientar, defender, representar a categoria, tendo como princípio básico a liberdade e autonomia, preservando a unicidade sindical e a solidariedade profissional é rotina da entidade, frente aos desafios que surgem diariamente.  Hoje, entretanto, estes objetivos estão ampliados e o sindicalismo tem um papel mais abrangente na sociedade, um papel que exige maior envolvimento com nossa categoria e com a comunidade. Trata-se de um novo tipo de posicionamento, de atitude, trata-se de praticar um sindicalismo cidadão, que representa os trabalhadores ao mesmo tempo em que atua junto aos movimentos comunitários, dando conta dos desafios econômicos, políticos e sociais. O sindicalismo de hoje precisa integrar trabalho com educação, ecologia, feminismo, cultura, bem-estar, juventude, terceira idade, inclusão de deficientes e, ainda deve ser solidário.

 

Por isso, o Sindicato se empenha em campanhas como a Redução da Jornada sem Redução de Salários, contra o trabalho infantil, trabalho escravo, violência contra as mulheres, racismo e desigualdade, difunde a Lei de Cotas para os deficientes físicos, Lei Maria da Penha, oferece cursos profissionalizantes, estimula a cidadania através da informação, abordando temas como educação, saúde, meio-ambiente, segurança, direitos do consumidor etc.

 

No âmbito sindical são realizadas anualmente as negociações coletivas de trabalho com as categorias representadas, acordos por empresas, negociações de PLR; são feitas conferências nas rescisões de contrato de trabalho, são impetradas ações trabalhistas, realizadas mesas redondas e solicitadas fiscalizações, entre outros serviços. Realizamos o Torneio Regional de Futsal, comemoramos o aniversário do Sindicato em uma confraternização anual, realizamos a Campanha de Prevenção à AIDS, Encontro Regional da Mulher e distribuímos todo ano os kits escolares.

 

O Sindicato não mede esforços para oferecer apoio à base, visitando empresas e prestando valioso serviço de orientação aos trabalhadores diretamente ou através de boletim informativo, internet ou telefone.  O trabalhador encontra esclarecimentos sobre os assuntos do trabalho, orientação jurídica, parcerias com diversos estabelecimentos que proporcionam descontos em medicamentos, serviços de saúde, dentistas, universidades, cursos, escolas, salão de beleza, academias, agências de viagens etc. A entidade, procura sempre adaptar-se às exigências do momento, não medindo esforços para unir, encaminhar, esclarecer e conquistar novos benefícios para toda categoria.

 

Trabalhador, Sindicato forte significa direitos respeitados, mais benefícios, salários maiores, melhor qualidade de vida. Sindicato forte é categoria unida. Venha somar sua força ao SEAAC AM.

 

A Diretoria

 


 

NOVEMBRO AZUL, ALERTA VERMELHO!

 

Vivemos numa sociedade machista, o que provoca danos consideráveis para mulheres e... homens. Nesta cultura, os meninos aprendem que os homens não podem mostrar fragilidades de qualquer espécie. Criados como super-homens,  eles acabam acreditando que são inumes às doenças e quando descobrem que isto não é um fato, sentem pavor, pois, não sabem como enfrentar esse tipo de situação. Por isso, “não querem saber”. Não cuidam da sua saúde, não fazem exames preventivos.

 

Por conta desse equívoco machista, o câncer de próstata atinge muitos homens e, mesmo assim, ainda é um tema que enfrenta muitas barreiras. Quase 50% dos brasileiros nunca foram ao urologista e, em 2014, a projeção indica que 12 mil vão morrer da doença em função da descoberta em estágio avançado, engrossando as estatísticas, o que poderia ser evitado, pois, quando descoberto precocemente, as chances de cura são altas.

 

Neste contexto, o Novembro Azul nos proporciona uma oportunidade de informar, esclarecer, motivar a população masculina para a importância da detecção precoce da doença, através de exames preventivos, que são gratuitos na rede pública de saúde, para os homens com mais de 40 anos.

 

Precisamos mudar essa visão machista ignorante e entender que somente através da educação que começa cedo, dentro do lar, os homens terão a oportunidade de entender e praticar a prevenção, a maior aliada de sua saúde, capaz de impedir dor e sofrimento para eles e suas famílias.

 

Assim como as meninas são ensinadas a visitar um ginecologista desde cedo, os meninos devem aprender a consultar um urologista, sem fazer disso um “assunto delicado”. Não podemos mais permitir que a vida seja abatida pelo preconceito. A prevenção além de ampliar o futuro nos dá qualidade de vida!

 

A Diretoria


 

OUTUBRO ROSA, ALERTA VERMELHO!

 

Há pouco mais de 10 anos o Brasil abraçou a campanha “Outubro Rosa”, um movimento popular internacional  que busca promover ações educacionais e de prevenção ao câncer de mama. A importância desta ação reside no fato de que ao ser diagnosticado precocemente a doença tem 90% de chances de ser curada.

 

Os efeitos psicológicos em relação a auto imagem e a sexualidade faz com que esta doença seja temida (ignorada) entre as mulheres.  Medidas simples e preventivas como o auto exame das mamas e a realização periódica da mamografia a partir dos 35 a 40 anos e ainda mais cedo para quem tem antecedentes familiares ajudam na detecção da doença anda em estágio inicial.

 

Sabemos que apesar dos avanços muitas mulheres não têm acesso a uma mamografia de qualidade adequada e, ainda menos, ao médico especializado. O prazo, previsto em lei, de 60 dias para atendimento de pacientes com câncer não é cumprido em grande parte do país, porque não há recursos suficientes. Medicamentos de ponta levam anos para chegar ao SUS. Assim as taxas de mortalidade ainda são muito altas devido ao diagnóstico tardio. Mas sabemos também que muitas mulheres por receio ou falta de informação não buscam a prevenção.

 

É de extrema importância que sociedade e governo invistam em programas sistemáticos de educação preventiva, capazes de disseminar orientações a mulheres de todos os níveis sociais, garantindo o acesso a um programa de rastreamento do câncer de mama, pois, é muito menos “dolorido” prevenir do que remediar, lembrando ainda que, embora os casos sejam reduzidos, os homens também são acometidos pela doença.

 

A Diretoria


 

PARTIDOS BRASILEIROS NÃO FAVORECEM CANDIDATURAS FEMININAS

 

Apesar delas serem 52,1% dos eleitores brasileiros, o déficit de mulheres nos cargos políticos brasileiros continua, pois, elas pouco se candidatam.

 

Na eleição de 5 de outubro, a primeira em que as cotas de 30% para cargos proporcionais foram cumpridas, tanto para deputada federal quanto para estadual, as mulheres ampliaram ligeiramente sua participação no Congresso Nacional, somando 51 deputadas federais (em 2010 eram 45), num total de 513 cargos. Ou seja, aumentaram de 8,9% para 10%; um aumento pífio.

 

No Senado, que não está contemplado pela lei de cotas, dos 27 eleitos, 5 são mulheres, ou 19% (em 2010 o número de eleitas ficou em 12%). No total de 54 senadores, temos agora 12 mulheres e 42 homens. Mais um aumento pífio.

 

No quesito presidência, tivemos este ano 3 candidatas concorrendo ao cargo; apenas uma conseguiu passar para o 2º turno, mas juntas elas receberam 67 milhões de votos, 64,5% dos votos válidos. No quesito governador nenhuma mulher foi eleita e apenas uma está no 2º turno.

 

Fica bastante claro o quanto as mulheres estão afastadas da política, onde poderiam ter grande sucesso, enquanto ganham terreno em outras searas. Pesquisa do DataSenado aponta que a principal causa deste afastamento é a falta de apoio dos partidos.

 

A pesquisa mostra que as mulheres temem enfrentar dificuldades dentro dos partidos políticos, como a falta de apoio e financiamento, má distribuição do fundo partidário e do tempo de propaganda, candidaturas “laranjas”, competitividade injusta em relação aos concorrentes do sexo masculino. Os dados do DataSenado revelaram também que não são os afazeres domésticos,  as responsabilidades com a família ou a tripla jornada que têm afastado as brasileiras das Câmaras Municipais, Assembleias e Congresso Nacional.

 

Portanto, a conclusão da pesquisa desmente aquilo que os partidos políticos tem apregoado, afirmando que as mulheres não estão dispostas a se candidatar porque não se interessam pela política, uma escolha particular delas. O fato é que os partidos políticos são redutos machistas que precisam passar por uma grande reforma social democrática para que deixem de ser “clubes do bolinha”, adaptando-se à realidade atual que exige uma legenda que encoraje a alteração de comportamentos, incluindo os diversos segmentos da sociedade em seu meio, começando pelas muitas mulheres que já são líderes em suas comunidades.

 

As mulheres estarão dispostas se os partidos mudarem; mas e os partidos, estão dispostos a mudar?

 

A Diretoria


 

IMPUNIDADE!

 

Jobson Tavares da Silva e Daiane Conceição dos Santos começaram um namoro quando ela tinha 13 anos, e ele 18. O namoro durou oito anos. Antes de Daiane completar 21 anos, Jobson se casou com outra moça, sem avisar Daiane, com quem continuou se relacionando, mesmo casado. Daiane engravidou. Jobson insistiu que ela fizesse um aborto. Ela se recusou. Jobson lhe deu bombons. Daiane comeu um e morreu envenenada na mesma noite.

 

Jobson foi absolvido por um júri popular realizado dia 18/9, na Comarca do município de Carira/SE pela morte da jovem, que ocorreu em outubro de 2013. Mais de dez testemunhas depuseram, ele admitiu que deu os bombons a ela, mas o júri alegou “falta de provas”. Ainda que as fichas de atendimento do hospital e relatórios médicos registrassem o envenenamento de Daiane, o laudo pericial não confirmou. Não porque não existiu, mas porque Sergipe "não tem peritos e aparelhos suficientes para atestar envenenamento", segundo o promotor do caso.

 

É notória a existência da impunidade no Brasil, as leis em geral são frouxas e permitem abusos significativos,  que em muitos casos protegem os homicidas de um corretivo adequado. O caso de Jobson é exemplar: um Estado mal aparelhado e um “suposto” criminoso impune. Sim “suposto”, uma vez que ele não foi condenado.

 

Esta impunidade é um forte estimulante para a prática de qualquer tipo de contravenção ou crime, favorecendo a banalização do homicídio doloso. Tirar uma vida pouco significa numa sociedade na qual as penas, a aplicação das penas, a lentidão da justiça e as leis demasiadamente protetivas ao criminoso falam mais alto.

 

Entre tantas reformas que o país necessita, está a reforma do código penal, discutida no Congresso desde 2011, aplaudida por uns, repudiada por outros e sem consenso para aprovação. Enquanto isso, os Jobsons da vida continuam por aí, praticando crimes, sem maiores preocupações, pois, a impunidade é segura, quando a cumplicidade é geral.  - Marquês de Maricá

 

A Diretoria


 

ESTUPRO: PALAVRA DIFÍCIL DE PRONUNCIAR!

 

Gerações de pais e mães despreparados tem criado filhos que se tornam estupradores, sem sequer se darem conta disso. Um estuprador pode ser um um bom filho, um cara simpático e boa gente, que não entende bem a dimensão de suas atitudes simplesmente porque não existiu um diálogo dentro de casa capaz de fazê-lo entender que forçar a barra é estupro sim, que quando uma mulher diz não, ela não está só se fazendo de difícil, que as mulheres não gostam de ouvir cantadas de teor sexual, não gostam de homens cafajestes ou que mulheres também gostam de sexo e ele não precisa insistir para rolar.

 

Não bastasse, eles ainda precisam provar-se uns frente aos outros e não gostam de ficar de fora do “sonho da orgia”, comum na vida da maioria dos rapazes e homens, que volta e meia planejam uma festinha com o objetivo de embriagar ou drogar mulheres, para que todos tenham muito sexo.

 

Além disso, eles ainda aprendem fora de casa que sua masculinidade é medida pelo número de parceiras que tem, que sair com uma garota e pagar o jantar significa que ela tem que transar com ele. Aprendem tanta coisa errada que a primeira pergunta que fazem quando ouvem falar em estupro é: o que ela estava vestindo?

 

Mas o pior de tudo é que este tipo de homem acredita que estupro é apenas aquele que acontece na rua, à noite, praticado por um estranho “tarado”, não entendendo que forçar sua namoradinha no motel ou sua esposa em seu próprio quarto, também é estupro. Sexo sem consentimento ou entendimento é estupro!

 

Pais e mães precisam enfrentar essa palavra difícil e começar a conversar com seus filhos sobre o assunto, oferecendo-lhes um ponto de vista mais civilizado, que os esclareça a respeito da violência sexual, do respeito às mulheres e da igualdade dos direitos, pois, dizer apenas “não estupre”, não é suficiente.

 

A Diretoria


 

NEGOCIAÇÃO COLETIVA DEVE INCLUIR IGUALDADE DE REMUNERAÇÃO ENTRE GÊNEROS

 

De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2013, percentualmente, o crescimento dos salários das mulheres superou o dos homens. Enquanto o ganho masculino cresceu em 3,18%, de R$ R$ 2.375,58 (2012), para R$ 2.451,20 (2013), a remuneração das mulheres aumentou 3,34%, com o seu rendimento passando de R$ 1.953,19 para R$ 2.018,48.

 

Boa notícia, sem dúvida, mas que não significa o fim da desigualdade. Veja, segundo pesquisa do Sindicato dos Bancários – Sindiban, realizada no mês de março 2014, os homens que trabalham em bancos na região de Piracicaba (SP) ganham até 166% a mais que as mulheres, embora sejam menos escolarizados que elas e atuem no mesmo setor.

 

Conforme o levantamento, a maioria das bancárias tem salários que variam de R$ 1.501 a R$ 2.172 e apenas 1,69% recebe acima de R$ 10 mil por mês. Entre os bancários, a maioria ganha entre R$ 3.621 e R$ 5.792 e 6% têm rendimentos mensais além de R$ 10 mil. Em contrapartida, 55,7% das mulheres têm ensino superior completo, contra 51% dos homens. A taxa dos que têm apenas ensino médio é de 11,8% entre as bancárias e de 15,3% entre os bancários. As mulheres também vencem quando o assunto é mestrado (1,43% contra 1,3%).

 

A luta contra essa desigualdade salarial não pode esmorecer e deve estar baseada também dentro do movimento sindical, que deve ter a questão da igualdade de remuneração como parte integrante da agenda estratégica dos trabalhadores, incluindo o assunto nas pautas coletivas de trabalho, obrigando empresas e ramos profissionais a negociar anualmente a extinção das diferenças de remuneração entre homens e mulheres. Este é um desafio que os sindicatos tem de enfrentar: introduzir o tema nas negociações coletivas.

 

Além disso, deve também cobrar sistematicamente do Estado uma atuação que melhore os mecanismos legais que permitam um avanço na promoção da igualdade de oportunidades e tratamento de gênero e raça.

 

Igualdade de remuneração entre gêneros é um direito fundamental do trabalho, uma condição para que possamos criar um estado democrático pleno, erradicando a discriminação, diminuindo a pobreza.

 

A Diretoria


 

LEI MARIA DA PENHA AVANÇA!

 

A Lei 11.340, denominada Lei Maria da Penha, completou, dia 7 de agosto, oito anos em vigor. A lei criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, além de estabelecer medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência.

 

De acordo com dados da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres Presidência da República - SPM/PR, pelo menos 100 mil mandados de prisão foram expedidos e mais de 300 mil vidas de mulheres foram salvas, durante estes anos.

 

A lei é considerada pela Organização das Nações Unidas - ONU uma das melhores do mundo. O artigo 2º é taxativo: “Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social”.

 

Desde a criação da lei, vários mecanismos de apoio às mulheres e instrumentos que facilitam as denúncias foram criados. O mais poderoso é o Disque 180, agora acompanhado de aplicativo gratuito para celular, que mantém o anonimato da denunciante e foi elaborado para que a mulher possa acessá-lo sem que o agressor perceba.

 

Apesar dos avanços, entretanto, a violência ainda registra um número alto de vítimas. Por isso, a cada oportunidade que se apresenta relembramos que a lei e os mecanismos de proteção passam por um constante processo de melhorias que possa atender com eficiência o maior número possível de mulheres. Além disso, muita informação e esclarecimento através de campanhas educativas também se fazem necessários.

 

A boa notícia é que este processo continua em andamento e só existe um rumo que pode seguir: adiante. A lei Maria da Penha está saindo do papel, estabelecendo-se na sociedade, exigindo que o Estado amplie os mecanismos de prevenção e cumpra suas responsabilidades, reforçando a autonomia das mulheres, enfrentando a impunidade dos agressores.

 

Uma vida sem violência é direito das mulheres. A denúncia é de fundamental importância para cessar o ciclo de intimidação, agressividade e selvageria. É preciso vencer o medo, pois só assim é possível agir e mudar de forma concreta esta realidade.

 

A Diretoria


 

NÃO BASTA SER MULHER, TEM DE TER CONSCIÊNCIA!

 

É só ter olhos para ver claramente um amplo desenvolvimento na situação social da mulher brasileira. Destaca-se as conquistas no mundo político (onde apesar de termos uma presidenta da república, as tomadas de cargos continuam tímidas), a situação no mercado de trabalho (onde elas são maioria) e o novo poder econômico gerado por elas.

 

Ora, durante grande parte da história do Brasil, as mulheres sofreram preconceitos que lhes negavam os direitos de votar e de se candidatar. Com muita luta elas começaram a ter uma participação mais efetiva na sociedade, conquistando o direito de votar e ser votada.

 

Mas, não basta apenas disputar e conquistar o poder, é necessário transformar a forma de exercer o poder, que hoje exige das mulheres uma dose muito grande de abdicação pessoal e trabalho, uma vez que exercer vários papéis ao mesmo tempo é uma tarefa hercúlea.

 

Qualquer mulher que hoje está em melhores condições no serviço público ou privado, precisou vencer preconceitos que ainda existem, enfrentar um mundo estruturado para atender ao poder masculino, desistir da família ou deixa-la a cargo de outrem, entre muitos pequenos sacrifícios que são exigidos para a conquista da igualdade social e de gênero.

 

E isto anda está longe de acabar, apesar da persistência feminina para mudar esse quadro, pois, a sociedade ainda exige que a mulher se destaque para ser respeitada, que se mostre especial para ser tratada como igual, enquanto os homens recebem respeito e reconhecimento com naturalidade.

 

As mulheres precisam despertar sua consciência coletiva e tomar sua cota de cargos públicos, para que possam legislar em todas as instâncias, em prol da igualdade de gênero, um direito delas, um dever da sociedade. Elas devem preencher todas as vagas que obrigatoriamente já estão reservadas a elas, uma exigência que não deveria existir.

 

Mulheres trabalhadoras, vamos nos unir e nos organizar, vamos participar da vida sindical, vamos participar da disputa eleitoral pública, independente das condições de classe, pois, os interesses em jogo dizem respeito à condição feminina. Mulheres conscientes de uma postura política positiva serão capazes de conquistar resultados expressivos em menos tempo. Mulheres, vamos à luta!

 

A Diretoria


 

Complexo de vira-lata... tô fora!

 

Nelson Rodrigues deve estar inquieto onde estiver, vendo as manchetes dos jornais depois da derrota do Brasil para a Alemanha: Brasil leva sete e sofre sua pior derrota; Brasil é massacrado; Não vai ter hexa! Brasil dá adeus na semifinal; Derrota no Mineirão, Alemanha humilha o Brasil; e vai por aí.

 

Parece que o "complexo de vira-lata", cunhado por Nelson após a derrota do Brasil na Copa de 1950, continua na alma dos brasileiros firme e forte. Delícia para aqueles que tão aplicadamente protestaram contra os gastos da Copa, para aqueles que reprovaram os investimentos paralelos, para aqueles que consideraram tudo um grande desperdício.

 

Falar mal da Copa tornou-se “cool” e gastar palavras como derrota, massacre, humilhação, vergonha, um lugar comum nos veículos de comunicação, assim como análises exaustivas para encontrar os culpados por tamanho vexame. Ora, nem nosso time de futebol nem o Brasil são um fracasso. São apenas dois bons times mal geridos, cujos torcedores são extremamente apaixonados mas se deixam manipular por uma minoria que “joga contra”, por ser adepta da corrupção, da impunidade, da incompetência, da deseducação.

 

O jogo de futebol foi uma adversidade, aconteceram situações inesperadas, que deixaram os jogadores atordoados, desarticulados e expostos, contra um adversário excelente, que no final das contas mostrou nos respeitar mais do que nós mesmos, pois, nos lembraram que o futebol brasileiro já foi cinco vezes campeão, que a camisa amarela merece respeito, que muitas gerações de futebolistas espelharam-se nos ídolos brasileiros.

 

Também não podemos esquecer que o país apesar de todas as mazelas e problemas que vive é infinitamente melhor do que o Brasil de algumas décadas atrás, embora a situação atual não seja uma adversidade momentânea, mas sim um o reflexo de um conjunto de ações mal tomadas ao longo de anos, pelos representantes que nós elegemos. Erramos nas eleições... vamos consertar.

 

O Brasil precisa de uma nova gerência mais conectada com a sociedade e a oportunidade vem em outubro. Deixar a bola cair por causa do resultado de um jogo é tolice. Vamos mudar o país e depois, podemos mudar a CBF e quem sabe até a Fifa.... e vamos conquistar o hexa! O importante é deixar de agir como vira-lata, o que a gente definitivamente não é!

 

A Diretoria

 
 

Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região

Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado!