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OLHO NO OLHO!

 

 

MEU VOTO, MEU FUTURO!

 

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Ibope aponta que ¼ da população não estão interessados nas eleições de outubro, quando os brasileiros irão às urnas para eleger presidente, governador, senador e deputados. Conforme a pesquisa, 16% dos entrevistados disseram estar “muito interessados” nas eleições deste ano, 29% responderam “interesse médio" e 26% avaliaram ter “pouco interesse”.

 

A eleição deste ano vai escolher o presidente da República, deputados federais, senadores, governadores e deputados estaduais.  A bancada empresarial ocupa 45% dos cargos no Congresso Nacional, segundo estudo do Diap - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.

 

Ora, ninguém se elege para qualquer cargo público apenas com os votos capitalistas. Isso significa que tem muito trabalhador votando em candidato não compromissado com sua causa ou se abstendo do voto. E, aí, o bicho pega, pois, a mídia patronal estima que cada trabalhador que se abstenha nas urnas, contabiliza dois votos a mais para os candidatos do capital.

 

Assim, levando-se em conta que o voto consciente é um importante instrumento para ampliar o empoderamento dos trabalhadores nas esferas executivas e legislativas, através de representantes que estejam efetivamente compromissados com a causa trabalhadora, o desenvolvimento participativo e o combate à desigualdade, é importantíssimo que o movimento sindical se mobilize, chamando os trabalhadores para que exerçam conscientemente seu direito ao voto.

 

Para equilibrar as forças democráticas, precisamos de gestores e legisladores que valorizem a força de trabalho, a igualdade social e o desenvolvimento sustentável. Assim, faz-se mister que os trabalhadores conheçam a estória dos candidatos e seus partidos, votando a favor daqueles que defendam seus interesses, pois, a omissão abre caminho para que políticos engajados com o setor patronal sejam eleitos, mantendo ou ampliando suas bases, minando a força das causas trabalhistas.

 

As eleições são a primeira partida do jogo de poder e precisamos melhorar nossa “mão” neste jogo!

 

A Diretoria


 

LEI MENINO BERNARDO

 

Depois de quatro anos de muita discussão, o Senado aprovou a Lei da Palmada, que recebeu o nome de Lei Menino Bernardo. O projeto proíbe os castigos físicos para crianças e adolescentes. Apesar do nome, o texto do projeto não fala em palmada, nem em tapinha, dizendo que as crianças e adolescentes têm o direito a uma educação sem castigos físicos que provoquem dor ou lesão, nem tratamento cruel ou degradante, que ocorre quando os pais ameaçam ou humilham os filhos.

 

Como sempre, nesse tipo de assunto, que pode ser equiparado ao assunto da violência contra as mulheres, a polêmica correu solta, com vozes contra e a favor, erguendo-se por todos os lados. Assim como a lei Maria da Penha suscitou muito disse-me-disse e inúmeros detratores quando de sua aprovação, o mesmo está ocorrendo com a lei Menino Bernardo.

 

Entretanto, é bom lembrar que, passados alguns anos, a lei que coíbe a violência contra as mulheres vem se estabelecendo com êxito e o mesmo deverá acontecer com relação a esta nova lei que cria regras para proteger as crianças de tortura, tratamento humilhante ou de serem queimadas com ferro, com colher ou serem surradas.

 

Sabemos perfeitamente que aquilo que de fato necessita ser modificado é nossa cultura que tolera a violência doméstica como um fato corriqueiro, pois, nossos cidadãos não tem acesso à educação de qualidade, que transmita valores de justiça e cidadania.

 

Neste quadro, o estabelecimento de uma lei é um primeiro passo para modificar esse hábito cultural deturpado do brasileiro, que gerando uma certa violência “suportável e sem consequências” dentro de casa (porque não sabe e não tem condições de dialogar para conquistar o respeito dos filhos), vai ensinando aos mais novos que isto está certo e espraiando agressividade e mais violência fora do lar.

 

A grande questão aqui como sempre, gira em torno da educação. Mudar paradigmas exige muita campanha educativa, muita informação, muitos multiplicadores, muito engajamento da sociedade e novas leis, que embora não devessem existir, são necessárias para provocar as transformações.

 

E também é bom lembrar novamente que todas as pessoas são responsáveis pela erradicação da violência, um ato vergonhoso; a obrigação de denunciar cabe a qualquer um que a testemunhe e tenha um pouco de responsabilidade, compaixão, solidariedade e senso de justiça.

 

A Diretoria


NÓS LIGAMOS 180!

 

Embora o assunto da violência contra mulher seja pautado volta e meia, ainda não é o suficiente para mudar o “status quo” de nossa sociedade. Por isso, as campanhas educativas lançadas pela Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República - SPM são sempre bem-vindas.

 

 A campanha “Eu ligo” lançada dia 22 de maio, tem como foco estimular a sociedade a abandonar a indiferença diante da violência contra a mulher. Não basta que apenas a vítima procure a proteção e justiça que necessita, é fundamental que sua família, seus amigos ou vizinhos não sejam espectadores passivos da violência, justificando-se com o velho adágio: “em briga de casal, não se mete a colher”. Isso já era, ficou lá trás, tem de acabar definitivamente.

 

Não é possível que as pessoas continuem coniventes com este abuso praticado diariamente, que acaba se transformando em estatísticas de morte estarrecedoras. Quem cala consente, compactua, é culpado também! A violência imposta às mulheres pela força bruta gera medo, submissão, exclusão culminando em graves sequelas e morte. Praticar “tolerância zero” torna-se um imperativo. Não é aceitável ver e calar.

 

A SPM tem realizado desde sua criação um trabalho exemplar de conscientização e implantação dos mecanismos que a lei dispõe para a proteção das mulheres, aplicando políticas de apoio às vítimas da violência, de proteção à família, favorecendo e ampliando recursos sócio-econômicos, apontando o caminho para uma melhora na qualidade de vida da mulher e sua família. Entretanto, é necessário o apoio e engajamento integral da sociedade para que os resultados sejam mais rápidos e positivos.

 

Assim, sempre é bom lembrar que todas as pessoas são responsáveis pela erradicação da violência, um ato vergonhoso; a obrigação de denunciar cabe a qualquer um que a testemunhe, mas está faltando responsabilidade, compaixão, solidariedade e senso de justiça. Está faltando lembrar que a violência em casa também vai para a rua e para outros ambientes, transformando-se em violência policial, violência criminal, violência justiceira, violência contra os direitos humanos e que você que se cala pode ser a próxima vítima.

 

A violência doméstica tem sido um problema crônico que atinge crianças, adolescente e mulheres, causando muito sofrimento e desajuste, vamos mudar essa realidade, se você presenciar, ligue 180, peça auxílio.

 

A Diretoria


 

Educação e Justiça

 

É impossível não sentir amargura e indignação vendo o que aconteceu com Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, espancada depois de ser confundida com uma sequestradora de crianças. Ela é a 20ª pessoa assassinada em uma situação de “justiça com as próprias mãos”, este ano no Brasil. Moradora do Guarujá/SP, a mãe e dona de casa morreu devido aos ferimentos, dois dias depois de ser agredida.

 

Desde fevereiro, pelo menos outras 37 pessoas foram vítimas de linchamento no país. Especialistas sugerem que a repercussão do vídeo de um adolescente do Rio de Janeiro, agredido a pauladas e amarrado nu a um poste, tenha desencadeado esta onda de linchamentos, resultado da falência do estado, do sistema de segurança e justiça, da falta de credibilidade das instituições democráticas.

 

Estamos vivendo um momento de barbárie que nos deixa estarrecidos, mergulhados num estado de medo e insegurança, sem conseguir compreender o que faz pessoas comuns tornarem-se de um momento para outro capazes de torturar, estuprar, esquartejar, praticando todo tipo de crueldade com outro ser humano. Parece que a sociedade está doente da cabeça, confundindo justiça e vingança.

 

A polícia procura os culpados em meio a multidão que apreciou o espetáculo e nada fez, mas além daqueles que efetivamente agrediram, existem também outros culpados, como os legisladores que fazem leis frouxas que não punem ninguém, as redes sociais que apontam o dedo sem provas e sem consequências, a mídia que expõe diariamente superdoses de brutalidade, desconsiderando a diversidade do público e banalizando a violência que se alastra, criando uma necessidade de ação nas pessoas comuns, que explode em linchamentos e bestialidade em massa.

 

Como chegamos a este ponto? Através dos percentuais pífios destinados pelo governo federal aos ministérios da Educação e Cultura, através da corrupção que gangrena os orçamentos estaduais e municipais, consumindo os recursos para o estudo e instrução, ferramentas capazes de estimular um raciocínio mais lúcido, um comportamento mais civilizado.

 

Assim, para conter a formação destas turbas selvagens, destituídas do pensar inteligente, movidas por um puro instinto predatório, o caminho é a Educação, mas educação de qualidade. Educação que ensine valores e cidadania, que esteja presente em casa, na escola, na sociedade, no dia a dia, conquistando o aprimoramento de nossas instituições, para que o Estado possa resgatar sua credibilidade e exercer Justiça, sua função mais básica.

 

A Diretoria


 

DISQUE-DENÚNCIA 180

Uma boa notícia: o Ligue 180 passa a ser Disque-Denúncia 180. Isso lhe confere a efetividade imediata, própria deste tipo de serviço —o que significa encaminhamento direto dos casos à Segurança Pública e à Justiça, entre outras providências. A ação faz parte do programa nacional ‘Mulher, Viver sem Violência’ e terá o aporte de R$ 25 milhões para aumento da capacidade técnica para triagem e distribuição das demandas.

O serviço se tornará porta de entrada para a Casa da Mulher Brasileira. Até o final de 2014, o número chegará a mais dez países. Atualmente, atende brasileiras na Espanha, Itália e Portugal. No Brasil, o serviço está disponível em telefones públicos, entre os botões de emergência, chamadas convencionais e de telefones celulares sem crédito/recarga.

O serviço que, no de 2013 recebeu cerca de 3 denúncias de abuso por dia, funciona 24 horas, de segunda à domingo, inclusive feriados. A ligação é gratuita e o atendimento é de âmbito nacional, com atendentes capacitadas em questões de gênero, nas políticas do governo federal para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência e, principalmente, na forma de receber e encaminhar a denúncia e acolher as mulheres.

Entretanto, o Disque Denúncia 180 precisa ser ainda mais divulgado para a sociedade, o que pode ser feito através de chamadas em estabelecimentos comerciais, serviços, ongs, entidades diversas, empresas, lugares públicos com afluxo de pessoas, que se dispusessem voluntariamente a prestar um serviço de cidadania e não apenas quando obrigados pela força da lei. O boca-a-boca também é uma ferramenta poderosa que deve ser exercitada por todos os cidadãos.

Pesquisas mostram que ainda persiste no país uma situação em que os casos de violência doméstica são pouco notificados, com baixo índice de apresentação de denúncias, mesmo que todos os tipos de agressões sofridas, como maus tratos físicos, sexuais ou psicológicos devam ser denunciados, para que possam ser coibidos com a ajuda da Lei Maria da Penha.

Por isso é importante ter o número desse telefone, 180, sempre em mente. Ele pode salvar a vida de alguma colega, de uma parente ou até mesmo a sua. Faça sua parte, ainda que seja com modéstia e espalhe no local de trabalho e por onde você passa a importância do Disque-Denúncia 180.

A Diretoria


 

NINGUÉM MERECE SER ESTUPRADO!

A pesquisa Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - Ipea e divulgada em 27/03 afirmou num primeiro momento que 65% dos brasileiros, concordavam, total ou parcialmente, com a frase "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas", causando um indignação generalizada no movimento de mulheres do Brasil, que se manifestou imediatamente através da internet.

Retificada logo a seguir pelo instituto, a estatística caiu para 26%, mas não mudou o fato de um grande número de pessoas dizer concordar com a frase: “se mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros” e concordar com a idéia de que "casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre membros da família".

O que fica claro é que, desde que a mulher “se comporte”, o homem deve “reprimir sua violência”. Mas o que significa realmente comportar-se? Como se mede isso? E por que ainda existe alguma justificativa para atos de violência masculinos, seja de qual natureza for?

Claro, houve avanço, uma vez que a maioria dos entrevistados concordam total ou parcialmente com a prisão dos maridos que batem em suas esposas, mas ainda existe muita gente “em cima do muro”, homens e mulheres, que dizem que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”.

Assim, os avanços ainda são lentos frente ao machismo arraigado em nossa sociedade, alimentado por homens que não desejam mudar este status que os favorecem conferindo-lhes amplos espaços e muita impunidade e, também, por muitas mulheres criadas com valores de gênero distorcidos, que não tiveram a oportunidade de te condições dignas de estudo, educação e esclarecimento, submetendo-se ao jugo do medo.

Mas este imbróglio gerado desastradamente pelo Ipea serviu para mostrar que uma grande parcela de mulheres está prestando atenção naquilo que está acontecendo no meio social e se mobilizando para protestar e fazer valer os seus direitos,  Este foi o melhor dado que o Ipea conseguiu registrar ainda que não fizesse parte da pesquisa, ainda que governo e sociedade tenham muito trabalho conjunto pela frente  para modificar estes dados.

A Diretoria


 

MULHERES AVANÇAM NAS ESFERAS DO PODER!

Sabia que num ranking, produzido pela Procuradoria Especial da Mulher do Senado, entre 188 nações o Brasil ocupa o 156º lugar no quesito representação da "Mulher no Poder Legislativo"? Lembramos que na legislatura federal atual existem apenas 45 mulheres de um total de 513 deputados e nove entre os 81 senadores. Pois é, o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio Mello, disse em poucas palavras o que todos os brasileiros deveriam sentir: “Isto gera perplexidade e nos envergonha”.

 

Concordamos plenamente que isto nos envergonha, mas não nos causa perplexidade, pois as razões que mantêm as mulheres longe do cenário político são óbvias para a grande maioria das brasileiras. Elas são desestimuladas por fatores difíceis de contornar, como as triplas jornadas as quais são obrigadas a cumprir para ingressar no campo político. Só quem nunca teve de trabalhar para administrar seu lar, sustentá-lo e fazer campanha para conquistar algum voto, sabe, de fato, o enorme esforço que isto significa para uma mulher. Portanto, não é de admirar que muitas desistam de participar do “jogo político”.

 

Não bastasse a tripla jornada, elas ainda são obrigadas a lidar com preconceitos culturais arraigados na sociedade machista na qual ainda vivemos, que se recusa a dividir igualitariamente os espaços no sistema eleitoral ou no mercado de trabalho, dificultando a vida delas em todos os campos fora do "lar".

 

A consequência disso é um avanço muito lento das mulheres dentro das esferas do poder. Lento sim, mas inexorável, esta é a parte boa. Guerreiras e lutadoras como elas sabem ser, elas vão insistir em ocupar sua parcela nas esferas decisórias, não vão permitir que “eles” continuem eternamente decidindo por elas, na maioria das vezes sem uma noção clara do que melhor poderia atender as necessidades que as afligem.

 

Estamos em ano eleitoral e a filiação de mulheres aos partidos políticos representou entre outubro de 2012 e outubro de 2013,  64% das 136 mil pessoas que ingressaram nas mais de 30 legendas no período, um bom indicativo de que a disposição delas para participar do poder está em alta, mesmo frente às dificuldades.

 

Perdas e danos pessoais, abnegação e desprendimento continuam sendo exigidos, mas isto é o que inúmeras gerações de mulheres tem suportado ao longo de mais de um século de luta, para defender seus direitos. Temos plena convicção que o resultado das urnas será favorável à representação feminina!

 

A Diretoria


 

COMPROMISSO COM A CAUSA FEMININA!

 

Mais uma vez comemoramos o Dia Internacional da Mulher e mais uma vez aproveitamos esta oportunidade para nos reunirmos e discutir os inúmeros problemas que afligem as mulheres trabalhadoras.

 

Depois dos Encontros Regionais das Mulher EAA, que envolveram as diversas regiões do Estado de SP, chegamos ao Encontro Estadual, com itens previamente  discutidos, que envolveram amplamente a questão do gênero e reivindicavam melhorias nas condições de trabalho e de vida das mulheres EAA.

 

O objetivo final deste encontro estadual foi indicar cláusulas que possam ser incluídas nas Convenções Coletivas de Trabalho (CCT) em benefício dos direitos das mulheres, uma vez que representamos inúmeras categorias, com as quais negociamos durante todo o ano, além de ações que possam contribuir e somar esforços com o movimento de mulheres brasileiras.

 

Não foi nenhuma surpresa que as propostas aprovadas pela plenária do encontro contemplassem a igualdade salarial entre homens e mulheres que desempenhem a mesma função; igualdade de oportunidade de tratamento e de acesso ao trabalho às mulheres em relação aos anúncios e às vagas de emprego; realização de campanha junto às Prefeituras e Câmaras Municipais, Assembléia Legislativa e Governo do Estado para introdução de gênero e igualdade no currículo escolar; luta por reivindicações e garantias que contemplem cláusulas de gênero nas Convenções Coletivas de trabalho, além de propostas voltadas à capacitação de mulheres (dirigentes, trabalhadoras e associadas), saúde da mulher e família.

 

As dificuldades que encontramos para mudar o cenário predominantemente masculino no qual vivemos e o próprio movimento sindical não são poucas, mas nosso objetivo é trabalhar e levar qualificação às trabalhadoras, além de proporcionar qualidade de vida para nossas companheiras, ainda que para isso tenhamos de encarar uma tripla jornada, trabalhando, cuidando da família e participando do movimento sindical.

 

Este é um compromisso que assumimos e do qual não abrimos mão. Estamos trabalhando diariamente para conquistar a igualdade, unindo forças ao movimento de mulheres e agindo conforme as circunstâncias nos exijam. Muito já conquistamos e muito mais ainda vamos conquistar!

 

A Diretoria


 

ENCONTRO DE MULHERES!

 

Este ano, nossa Federação vai realizar o 7º Encontro Estadual da Mulher EAA, no dia 8 de março, o Dia Internacional da Mulher, aproveitando o ensejo das comemorações desta data tão marcante para o movimento de mulheres do mundo todo.

 

Desenvolvendo o tema “Ser Mulher no Mundo Atual” o evento tem como objetivo averiguar as principais reivindicações das trabalhadoras EAA, para melhorar sua qualidade de vida. Temas como a violência contra a mulher, saúde, igualdade de oportunidades e salários, relações entre família e trabalho, gênero e sindicalismo já foram debatidos nas várias regiões do Estado de São Paulo, onde se encontram localizados os sindicatos filiados à FEAAC, durante os Encontros Regionais e, destes encontros foram elaboradas propostas que serão levadas ao Encontro Estadual, para apresentação, análise e discussão que possibilite apontar novos caminhos para que se consiga alcançar melhores condições de trabalho e de vida.

 

Assim durante o encontro estadual as mulheres EAA poderão formular seus questionamentos e propor as soluções necessárias através de políticas públicas que estimulem a criação de novos modelos de relação entre os gêneros. A intenção é que ao final do encontro Estadual as propostas sejam elencadas e levadas ao conhecimento dos poderes legislativo e Executivo, para que possam se tornar um projeto de lei ou uma nova norma trabalhista.

 

Neste 8 de março, convidamos todas as mulheres trabalhadoras para tomar em suas mãos sua independência, sua liberdade, sua igualdade  e sua identidade de MULHER!

 

A Diretoria


 

MULHER, VIVER SEM VIOLÊNCIA

 

As mulheres brasileiras vivem um momento de “reconhecimento” de sua real situação frente aos inúmeros desafios que lhes cabem diariamente, para modificar para melhor sua qualidade de vida.  Informação de qualidade é fundamental para que elas possam se posicionar e exigir seus direitos.  Por isso, vamos falar sobre o programa “Mulher, Viver sem Violência”, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), que integra serviços públicos de segurança, justiça, saúde, assistência social, acolhimento, abrigamento e orientação para trabalho, emprego e renda.

 

Segundo a SPM, a iniciativa propõe estratégias para melhoria e rapidez no atendimento às vítimas da violência de gênero. Reforça a rede existente de serviços públicos do governo federal, estados, Distrito Federal, municípios, tribunais de justiça, ministérios e defensorias públicas por meio do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.  A prevenção é uma das prioridades do programa, que exige investimentos em campanhas educativas.

 

Dentro do programa, a “Casa da Mulher Brasileira” é uma vertente que reunirá os seguintes serviços: delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAM), juizados e varas, defensorias, promotorias, equipe psicossocial (psicólogas, assistentes sociais, sociólogas e educadoras, para identificar perspectivas de vida da mulher e prestar acompanhamento permanente) e equipe para orientação ao emprego e renda. A estrutura física terá brinquedoteca e espaço de convivência para as mulheres.

 

O acesso aos serviços de saúde (institutos médicos legais, hospitais de referência e unidades básicas) e de abrigamento que será feito pela logística de transporte gratuito, vinculada ao Ligue 180 e à Casa da Mulher Brasileira, que fará encaminhamentos para cursos de formação e qualificação profissional, entre eles o Pronatec/Brasil sem Miséria e o Mulheres Mil, com orientações sobre trabalho, emprego e renda, partindo de diagnósticos sobre as condições sociais, econômicas e de rendimento da usuária.

 

Haverá também informações sobre registros no Cadastro Único, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, para acesso ao conjunto dos programas sociais do governo federal, tais como o Minha Casa, Minha Vida. Serão prestadas orientações sobre acesso a vagas de emprego ao Sistema Nacional de Emprego (Sine), registro na Previdência Social e documentação civil. O programa pretende estimular o empreendedorismo das mulheres, associando condições e oportunidades para a criação de novos negócios e microcrédito orientado.

 

Outro diferencial do ‘Mulher, Viver sem Violência’ é a humanização do atendimento na saúde pública, a melhoria no atendimento às mulheres vítimas de violência. Haverá maior acesso à Justiça, com operadores(as) que  atuarão na Casa da Mulher Brasileira e mais postos de serviços nas fronteiras, para atender as mulheres em situação de violência.

 

Isto posto, cabe à sociedade cobrar pela implementação do programa, através de todos os meios que estejam disponíveis. Um deles é avaliar a atuação dos políticos no que se refere às questões de gênero, uma vez que estamos em ano eleitoral. Tomar partido também ajuda, pois, nos tira da posição de meros expectadores para no colocar dentro das arenas onde a ação se desenrola. Lembrando que as grandes mudanças sempre começam por pequenas ações na base da pirâmide social. Cabe a todos nós e a cada um tomar a iniciativa para concretizar projetos e conquistar os direitos. Participe, acompanhe de perto a atuação dos CMDM - Conselhos Municipais dos Direitos da Mulher. lembrno ainda que nossa diretora Antonia Vicente é presidenta do CMDM de Americana.

 

A Diretoria


 

A COPA PRECISA DE UM BOM FISCAL DE OBRAS

 

Há alguns anos vivemos o clima de “Copa do Mundo Brasileira” e atrás de toda a movimentação que um evento deste porte ocasiona, estão embutidos benefícios e males.

 

Estima-se que o governo já gastou pelo menos 28 bilhões de reais em infraestrutura para receber a Copa de 2014, adicionado a este número nosso histórico de obras superfaturadas. Somando os recursos diretos ou indiretos da iniciativa privada, o total deve ultrapassar 200 bilhões.

 

O dinheiro, teoricamente, foi distribuído em áreas como transporte, segurança e cultura, para que habitantes e turistas convivam em cidades mais confortáveis e funcionais. Mas, o número de manifestações populares contra os gastos da Copa, em junho de 2013, demonstrou que os benefícios não estão chegando à população.

 

Estima-se também, que pelo menos 600 mil estrangeiros devem visitar o país, número que pode ser ainda maior considerando as facilidades que nossos vizinhos têm para entrar aqui. Além disso, o turismo caseiro deve movimentar mais de 3 milhões de brasileiros. Quanto mais turistas, mais dinheiro entra para os cofres públicos na forma de impostos.

 

Assim, enquanto os jogos não se iniciam, observamos uma série de denuncias de fraudes e violações de direitos humanos no país inteiro, que atingem principalmente as mulheres. Como exemplo podemos citar as “12 cidades-sedes (Fortaleza, Belo Horizonte, Natal, Salvador, Manaus, Brasília, Porto Alegre, Cuiabá, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Curitiba), nas quais, segundo a Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa (ANCOP), estima-se a remoção de cerca de 250 mil famílias. Essas remoções trarão como consequências a perda e/ou aumento da carga de trabalho para as mulheres da periferia, novos encargos com relação aos filhos e pessoas idosas na família, a perda das sociabilidades que se estabeleciam em seus lugares de moradia e principalmente, o risco de aumento da exploração sexual infantil e arregimentação de mulheres para atender sexualmente aos turistas.(Luciele Oliveira/portal Levante Juventude)”.

 

É claro que existem ações em andamento, com a finalidade de identificar oportunidades e problemas e construir uma agenda positiva voltada para a promoção do trabalho decente na preparação da Copa do Mundo. Estas ações envolvem o governo nas três esferas, organizações de trabalhadores e empregadores, bem como outras da sociedade civil, em um esforço conjunto para que os compromissos assumidos pelo país sejam cumpridos de forma correta e digna.

 

Entretanto, o grande “fiscal de obras” continua sendo a sociedade que deve exigir transparência de todos os setores públicos e privados. Uma forma é acompanhar pela internet através do site www.copatransparente.gov.br os investimentos públicos, verificar aquilo que está acontecendo, dar sugestões, fazer críticas e denúncias. É um exercício de cidadania que nos ajuda a construir um país no qual os recursos públicos aplicados sejam, de fato, retornados para o cidadão em forma de benefícios.

 

A Diretoria


 

SEXTING

 

A prática de produzir e distribuir fotos e vídeos íntimos nas redes sociais, conhecida como sexting, é expressiva no Brasil. De acordo com uma pesquisa da ONG Safernet 20% dos 2.834 usuários entrevistados já receberam textos ou imagens com teor erótico, e 6% admitem que enviaram esse tipo de conteúdo. A ONG calcula que ao menos 1.500 casos de vazamento de fotos íntimas envolvendo adolescentes e adultos aconteceram no último ano e meio. No entanto, disparar imagens ou vídeos íntimos, na maioria das vezes feito em tom de brincadeira entre os adolescentes em fase de iniciação sexual, caracteriza-se crime quando envolve menores de idade.

 

Conforme matéria divulgada pela Agência Pública, o caso das adolescentes e outros envolvendo mulheres que também têm sua intimidade divulgada na rede trazem à tona o conceito do “pornô de revanche” – tradução do inglês “revenge porn” – para se referir à prática, cada vez mais comum, de divulgar fotos e vídeos íntimos sem o consentimento da outra pessoa, geralmente por parte de um homem para se vingar após um rompimento ou traição.  Um machismo que não se restringe àquele que posta a imagem: afinal, por que um vídeo de sexo ou mesmo uma cena de nudez parcial destrói a vida de meninas e mulheres e não dos homens, que também aparecem nas imagens.

 

O mais triste nesta situação é o fato de isto estar acontecendo entre adolescentes, jovens que simplesmente não compreendem os riscos que correm quando acessam a internet, nem que podem se prejudicar muito em consequência de sua ingenuidade e ainda não tem consciência da violência de gênero.

 

Esta geração está crescendo usando quotidianamente a internet. A rede é cada vez mais utilizada para satisfazer um maior número de necessidades, como curiosidade e conhecimento, consumo, publicidade, lazer e convivência, tudo incentivado pela facilidade de acesso, pelas exigências da educação pública, num ambiente cultural de machismo institucional generalizado e sem a correspondente necessidade cidadania e formação social.

 

A internet é um novo conceito que exige uma série de cuidados e limites que não estão muito claros, nem para os jovens, nem para os pais e educadores, envolvendo todos em uma situação que não tem precedentes e, portanto, ainda sem fórmulas para sua utilização como ferramenta do bem e não do mal.

 

Poder público e sociedade precisam rapidamente colocar o assunto em sua pauta de discussões, para que em um futuro bem próximo não se percam idéias como privacidade ou propriedade intelectual, buyling cibernético, mas principalmente, para que não se perca o futuro de nossos jovens. Um adolescente perdido não destrói apenas sua família, destrói um pedacinho da sociedade que dificilmente se regenera.

 

A Diretoria

 
 

Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região

Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado!