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EDITORIAIS

AIDS FEMININA

 

A AIDS está atingindo de tal forma o grupo de mulheres, que está se transformando em uma doença feminina.  Atualmente há 1,5 homem infectado com HIV, para cada mulher; quando a epidemia começou eram 16 homens com AIDS para cada mulher. Este simples dado comprova o processo de feminização da doença.

 

Hoje, as estatísticas comprovam também que o grupo de mulheres com menos acesso ao conhecimento e informação é o mais atingidol (52%). A desigualdade nas relações de poder entre homens e mulheres; o menor poder de negociação das mulheres, quanto ao uso de preservativo e nas decisões que envolvem a sua vida sexual e reprodutiva; a violência doméstica e sexual contra mulheres e meninas são alguns dos contextos que contribuem para a vulnerabilidade das mulheres à epidemia de AIDS.

 

O assunto difícil e espinhoso tem de ser enfrentado, pois a discriminação contra pessoas com HIV ameaça esforços de prevenção e de assistência. As mulheres atingidas estão trabalhando, mantendo famílias, comunidades, empreendimentos e economias e quando uma delas morre, afeta a força de trabalho e ameaça o desenvolvimento.

 

 A Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) e o Ministério da Saúde desenvolvem o Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia do HIV/Aids e DSTs. A intenção é reduzir as vulnerabilidades das mulheres em relação ao HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis. O plano - o único da América Latina - é uma resposta ao crescimento de 44% na infecção por HIV entre mulheres no período de 1995 a 2005. É um passo, mas muito há por fazer e é necessário o engajamento da sociedade nesta luta.

 

A Diretoria


FICHA LIMPA

O projeto de lei da Ficha Limpa foi elaborado com o objetivo de propor medidas que tornem as candidaturas eleitorais mais confiáveis, melhorando o nível dos candidatos, mas também alertando os eleitores sobre a importância da pesquisa sobre a vida pregressa dos “elegíveis”.

A Campanha Ficha Limpa foi iniciada em maio de 2008 e coletou assinaturas de eleitores de todo o país. Em 29 de setembro de 2009, o projeto foi entregue ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, com 1,3 milhão de assinaturas. Até a aprovação do Ficha Limpa no Senado Federal, o abaixo-assinado teve mais de 1,6 milhão de adeptos, além da coleta virtual coordenada pela organização não-governamental Avaaz, que angariou mais de 2 milhões de assinaturas pela internet.

Finalmente, o projeto foi sancionado pelo presidente Lula dia 4 de junho de 2010. A aprovação do Ficha Limpa representa grande avanço para a democracia, destacando-se a certeza de que é possível melhorar estes país, na medida que há uma firme vontade política da sociedade civil em empenhar-se em lutas organizadas, com firmes propósitos.  Além disso, parece que finalmente a sociedade está dando um basta na cultura da “Lei de Gerson”.  

Mas, não basta que a lei seja aprovada, é necessário que a sociedade ainda se empenhe em fazer com que seja de fato cumprida. Segundo o tribunal Superior Eleitoral, ela deve ser aplicada já nas eleições de outubro deste ano.

Um bom candidato, entre muitos predicados, tem de entender de política, do funcionamento do município, orçamento, lei orgânica, das atribuições do cargo que está pleiteando, ter propostas básicas, saber planejar, ser honesto.

Assim, é bom lembrar que cabe mais ao eleitor do que à justiça a filtragem dos candidatos. Devemos ficar de olho nos “pretendentes” para perceber até onde eles são capazes de ir para angariar votos, considerar sua integridade, idoneidade, avaliar os trabalhos que já prestou à sociedade, as promessas que cumpriu e não cumpriu, recordar os escândalos passados e os envolvidos, sem nos deixarmos enganar pela presença maciça dos oportunistas da hora, que desejam apenas um caminho mais curto para melhorar sua vida pessoal.

A Diretoria


TRABALHADORES FIRMAM POSIÇÃO

Três eventos de grande importância para as trabalhadoras e trabalhadores  estão acontecendo num período de 10 dias. O primeiro foi o 6º encontro Estadual da Mulher EAA, realizado pela FEAAC, em Peruíbe, que reuniu um número expressivo de trabalhadoras para a discussão do tema  gênero e sindicalismo. A FEAAC e os SEAAC estão, sem dúvida, na vanguarda com a participação de mulheres que atuam no meio sindical e com o número expressivo de mulheres que integram suas categorias profissionais. Isto posto, nada mais justo que discutir e deliberar para encontrar soluções que possam ser aplicadas à realidade profissional das mulheres EAA.

O segundo evento foi o Congresso Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços que reuniu sindicalistas de todo o país, para a discussão dos desafios que se apresentam para os trabalhadores neste momento histórico, como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho, o papel da mulher, regulamentação profissional, segurança e saúde do trabalhador, entre outros  assuntos.

E , finalmente, o terceiro é a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, que  reunirá dezenas de milhares de dirigentes sindicais, ativistas e trabalhadores, com o apoio das seis Centrais Sindicais,  para discutir e deliberar sobre um projeto nacional de desenvolvimento para o país, que possa garantir os anseios da classe laboral.

Nossa participação nestes eventos é de fundamental importância, para que possamos firmar nossas posições, nos aglutinando e fortalecendo o movimento sindical como um todo. E nunca é demais lembrar que as eleições de 2010 serão um momento decisivo e singular, caracterizado pelo crescimento sustentado da economia, pelo regime de amplas liberdades democráticas e pela afirmação do papel propositivo da classe trabalhadora, possibilitando um largo processo de unidade de ação no movimento sindical.

Assim, mais uma vez, caberá ao eleitor analisar conscientemente os candidatos e escolher aqueles que estejam de fato compromissados com as causas dos trabalhadores. E a hora de análises, já começou.

A Diretoria


 

ATIVIDADE DESUMANA

 

Em pleno século 21, ser cortador de cana, em um país praticamente desenvolvido, como o Brasil, é uma atividade desumana, que destrói a saúde e a vida de milhares de trabalhadores(as). Embora o governo, através do Ministério Público tente conter o abuso dos empregadores que às vezes chega as raias da escravidão, muito ainda precisa ser feito.

 

Para termos uma idéia, um trabalhador no canavial levanta às 5 horas da manhã, tem que fazer a comida para levar para o campo, porque começa a trabalhar às 7h. E para atingir o padrão de produtividade imposto pelas usinas tem que cortar, no mínimo, 10 toneladas de cana por dia. Isso significa trabalhar exaustivamente durante o dia todo, até o limite da sua força física. Isso tem conseqüências diretas na saúde desse trabalhador. Por exemplo, manifestações de câimbra, em função do desequilíbrio de sais minerais no corpo. As pessoas transpiram muito e essa transpiração em excesso começa a causar câimbra nas mãos, nas pernas, na barriga, que provocam uma dor violenta. Então, os trabalhadores têm que ser levados para os hospitais para tomar soro.

 

Preferencialmente, para suportar esta jornada, se contrata em grande maioria homens. Apesar de que o movimento sindical estar exigindo que pelo menos em cada turma de 40, 50 trabalhadores tenha, no mínimo, 10% de mulheres, há regiões que não respeitam os acordos coletivos e só contratam homens. Em depoimento de uma trabalhadora que diz que, para a mulher ser contratada, ela tem que ser "operada", fazer uma cirurgia de esterilização, porque ela corre o risco de engravidar e aí tem vários direitos. Estamos falando do setor moderno da agricultura brasileira. (José Roberto Novaes, professor na UFRJ)

 

O estado de São Paulo detém 60% da produção nacional de cana-de-açúcar e não divide a riqueza derivada do boom de etanol com seus 135 mil cortadores, que vivem em situações precárias, apresentando casos de trabalho escravo e muitas doenças e acidentes provocados pelo excesso de trabalho, como hérnia e problemas graves de coluna, cortes nas mãos, pernas e pés, provenientes da utilização do facão, foice ou podão, lombalgias, dores musculares, lesões oculares, irritação da pele, quedas e ferimentos. Com os salários em queda, o excesso de trabalho ronda os canaviais, provocando inúmeras mortes prematuras. Além disso drogas como crack, cachaça e maconha mascaram o esforço e dor provocados por essa atividades desumana.

 

Até quando esta situação continuará?

 

A Diretoria


 

TRANSFORMAR DESAFIOS EM PROJETOS

 

Ano passado comemoramos o Dia do Trabalho sob o estresse provocado pela crise econômica. As expectativa não eram promissoras, o futuro nebuloso. Entretanto, o crescimento superior da economia brasileira em relação à média mundial, tanto em 2009 quanto em 2010, mostrou a robustez dos fundamentos econômicos do país e este ano as expectativas são excelentes.

 

Entretanto, para garantir um cenário positivo para a economia, o governo federal deverá dar continuidade às políticas de estímulos ao consumo por meio de aumentos reais do salário mínimo e do Bolsa-Família - esses já garantidos - e continuar a expansão do crédito a juros mais baixos por meio do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

 

Quanto ao movimento sindical, neste momento de boas perspectivas, cabe fazer votar a agenda pendente no Congresso, que inclui os projetos que tratam da regulamentação da terceirização, estabilidade do dirigente sindical, da redução da jornada, custeio das entidades sindicais, mediante a contribuição assistencial, fim ou da flexibilização do fator previdenciário; e conseguir eleger, neste ano eleitoral, políticos compromissados com os interesses dos trabalhadores.

 

Transformar estes desafios em projetos concretos exigirá muita mobilização e unidade das lideranças sindicais e dos trabalhadores. A oportunidade está aí á nossa frente. A hora é agora!

 

A Diretoria


 

ESCRAVOS NAS LOTÉRICAS

 

Dia 1º de maio estaremos comemorando novamente o Dia internacional do Trabalho. E não temos dúvidas de que muito temos a comemorar, pois neste último século os avanços conquistados pela classe trabalhadora foram relevantes.

 

Apesar disso, entretanto, o trabalho escravo ainda persiste no país. Atualmente, é considerado trabalho escravo aquele que envolve cerceamento da liberdade dos trabalhadores, condições degradantes, jornada exaustiva e ameaças de violência por parte dos contratantes. Poderiam ser incluídos nesta exploração nefasta uma de nossas categorias profissionais: os trabalhadores em lotéricas.

 

Entre 1996 e 2007 o Brasil perdeu 1,6 mil agências bancárias, embora o número de correntistas tenha aumentado 76%. Em 2000 a Caixa Econômica Federal impôs aos proprietários de Casas Lotéricas a obrigatoriedade da mudança de suas atividades, passando de simples casas de jogos à condição de agentes da CEF, ou correspondentes bancários.

 

Casas de jogos não suportam o custo de um preparo adequado para funcionar como filial de banco. Elas não possuem estrutura física adequada ou segurança, e acabam por se tornar um chamariz para a banditagem,  prestando um péssimo serviço aos usuários desprezados pela CEF que não deseja atender idosos ou correntistas de baixa renda.

 

Por conta disso o que vemos é um massacre aos empregados em Casas Lotéricas, que vivem e trabalham em condições degradantes, apesar de nossos esforços ao longo dos últimos anos para negociar melhores salários e condições dignas de trabalho. Assim, nos parece que para alguns o trabalho escravo ainda persiste, embora disfarçado.

 

Apesar de o Brasil ser considerado, no âmbito internacional, a vanguarda do combate ao trabalho escravo, a prática está inserida em toda a cadeia produtiva do país, sendo uma das maiores violações de direitos humanos do mundo atual. Uma vergonha para os brasileiros e um desafio enorme para nós que representamos esses trabalhadores e tentamos por todos os meios legais de que dispomos tentar reverter o quadro de insegurança e penúria que atinge aos lotéricos do Estado de São Paulo.

 

A Diretoria

 


 

MULHER NEGRA

 

De forma organizada e coletiva, ou individualmente, foram inúmeras as mulheres que contribuíram para a construção da condição feminina atual. A elas deve-se o reconhecimento da cidadania feminina, com leis e reformas sociais que até hoje beneficiam o sujeito feminino. Nelas percebe-se um exemplo de persistência e luta pela causa indígena, pela abolição da escravatura, pelo direito das mulheres de freqüentar escolas e universidades e o direito de votar e ser votadas. Como protagonista do feminismo contemporâneo, não se pode ignorar as lutas que antecederam o século XXI. A das índias que lutaram contra a violência dos colonizadores; das negras que se rebelaram contra a escravidão; e das brancas que romperam com as limitações que lhes confinava ao mundo privado, para conquistar direitos de cidadania e ter voz no mundo público. (Web Artigos. Com)

 

Apesar disso, entretanto, inúmeras pesquisas realizadas nos últimos anos mostram que enquanto a mulher caucasiana avança em sua luta, ajudada pela mulher negra, esta continua vivendo uma situação de cidadania precária.  Elas tem menor nível de escolaridade, trabalham mais, com rendimento menor e as poucas que conseguem romper as barreiras do preconceito e da discriminação racial, ascendendo socialmente, têm menos possibilidades de encontrar companheiros para constituir família, sendo obrigada pelas circunstâncias a ser chefe da família, constituída apenas por ela mesma e pelos filhos.

 

A realidade hoje nos mostra que ser mulher e negra no Brasil de hoje é estar 24 horas reivindicando direitos e batalhando por eles, porque elas não são respeitadas e seus direitos primários são constantemente violados. É fácil constatar isso na web, onde as manchetes mais comuns de se encontrar são:  mulheres negra morrem três vezes mais devido a problemas ligados à gravidez; média salarial da mulher negra é 50% do salário do homem branco, situação da mulher negra no mercado de trabalho brasileiro está cada vez mais vulnerável; violência contra a mulher negra é maior, e por aí vai.

 

Assim se faz urgente um diagnóstico profundo que identifique as principais e mais urgentes necessidades das mulheres negras brasileiras, para que sirvam como uma base de sustentação para ações concretas e elaboração de políticas. Parece coisa simples mas isto tem esbarrado diariamente no “racismo institucionalizado” que esta presente nas pessoas e na política.

A Diretoria


 

Reflexação  sobre o Centenário do dia Internacional da Mulher

 

Sabemos que nos últimos 30 anos um dos fatos mais marcantes ocorridos na sociedade brasileira foi à inserção crescente das mulheres na força do trabalho; considerando que somos um país com 51% da população composta de mulheres é compreensivo. Hoje estamos vendo um número expressivo de mulheres nas Universidades, portanto, as oportunidades para as mulheres estarem inseridas torna-se natural.

 

Mas não podemos nos iludir, estar no mercado de trabalho não significa estarmos bem resolvidas com nossas vidas nos aspectos profissional e pessoal. Ainda existem inúmeros obstáculos, para enfrentarmos especialmente em relação ao acesso a cargos de comando ou o exercício do poder decisório.

 

Outro fator relevante é o crescimento do número de mulheres chefes de família em conseqüência de separações ou divórcios. Estas são obrigadas a aceitarem postos de trabalho miseráveis para sua sobrevivência e de seus filhos.

 

Como nós do sindicato estamos pensando o equilíbrio trabalho, família e vida pessoal

 

A noção de mulher “cuidadora” e “provedora” e do homem “provedor” desequilibra a vida tanto de um como de outro na relação entre trabalho e família, promovendo uma série de conseqüências para o trabalho e para o capital.

 

A mudança deste paradigma requer políticas públicas que se concentrem na igualdade de diretos e na divisão igual de trabalho reprodutivo e produtivo.

 

A intenção é (re) significar os papéis sociais de gênero produzindo mais igualdade, para superar a idéia da mulher como força de trabalho secundária, decorrente do fato de ser vista como “cuidadora” impedindo-a mais por força do imaginário cultural, a desenvolver-se por completo na vida pública.

 

Exemplo disso é a própria desigualdade de salários, a visão de que o trabalho feminino é menos produtivo e o acúmulo de jornadas que trazem esgotamentos e adoecimentos aos corpos femininos.

 

Desta forma devemos pensar em políticas públicas para alterar essa realidade na tentativa de conciliar e co-responsabilizar ambos, homens e mulheres.

Para isso seria necessário um novo modelo de produção, de políticas públicas e de família.

 

Trabalho e Família são questões centrais na agenda do Trabalho Decente. Temos que falar então de divisão desigual do Trabalho

 

Pensando em nossa categoria, temos em nossos quadros 60% de força de trabalho feminina e  notamos uma violência sutil decorrente de um olhar machista e ultrapassado vinculado à estrutura patriarcal, que requer uma reflexão.

 

Na verdade o que vemos cada dia mais claramente é que a divisão do trabalho sexual gera injustiça na nossa sociedade.

 

Temos uma realidade no mundo do trabalho há alguns anos que não deixa dúvidas, a mulher ocupa mais da metade dos postos de trabalho formal e este fato não faz com que homens e mulheres tenham a mesma responsabilidade na esfera de cuidados domésticos.

 

Em contrapartida a mulher quando toma posse de suas atribuições no mundo do trabalho enfrenta no seu dia-dia queixas, veladas ou não, sobre a deficiência de suas posturas quanto ao seu papel de mãe, esposa e dona de casa. Logo a mulher é julgada por não mais vincular-se a uma postura história ligada ao gênero feminino.

 

Cabe lembrar que gênero é um conceito sociológico que tenta entender em várias culturas quais os padrões de comportamentos sociais ligados ao sexo, ou seja, como diz Simone de Beauvoir “não nascemos mulher, nos tornamos” E isso ocorre atrelado a um aprendizado que é cultural e histórico.

 

Hoje a mulher não está mais ligada a atribuições do seu papel tradicional, porque ocupa como o homem um espaço de trabalho e sustenta materialmente a família, mas continua sendo cobrada de forma desigual pelo papel tradicional de cuidadora.

 

Ou melhor, nós mulheres, a cada dia, estamos mais ligadas ao mundo público do trabalho e por isso somos julgadas, por não correspondermos mais as exigências do nosso papel tradicional de gênero. Isso aliado ao acúmulo de jornadas adoece os corpos femininos e gera violência psicológica contra a mulher.

 

Como não pretendemos virar “MULHERES MARAVILHAS” nem conseguiríamos, precisamos desconstruir os símbolos que geram essa desigualdade. Além de entender que as transformações sociais e históricas que nos empurraram para o mercado de trabalho não foram capazes de alterar posturas machistas no universo doméstico. Basta observar a violência de gênero neste ambiente, os números são preocupantes a cada 15 segundos uma mulher é espancada por seu companheiro.

 

Entender que homens e mulheres enquanto indivíduos são iguais perante a lei é um bom começo de conversa para dividir tarefas domésticas e assim equilibrar em casa os papéis que estão cada vez mais parecidos no mundo do trabalho PRODUTIVO.

 

A Convenção 156 da OIT sobre a Igualdade de Oportunidade e de Tratamento para trabalhadoras e trabalhadores com responsabilidades familiares é um documento importante para pensar esta igualdade no mundo do trabalho e os sindicatos com suas convenções coletivas podem alterar muito está realidade.

 

A convenção 156 da OIT, ainda não ratificada no Brasil, propõe mudar o foco, pois, não se trata mais de um tema “de” e “para” mulheres. Temos que tratar da relação e decidir entre homens e mulheres o que é melhor para ambos.

 

As cláusulas de gênero são um bom começo. É necessário também trazer o homem como sujeito destas ações para que seja possível compartilhar e co-responsabilizá-los pelas obrigações em relação à família e ao trabalho, promovendo desta forma o trabalho decente e a igualdade de gênero.

 

Helena Ribeiro da Silva

Presidenta


 

A IMPORTÂNCIA DA LUTA DAS MULHERES

 

Em todo o país, o Dia internacional da Mulher ( 8 de março) assumiu sua verdadeira importância. As mulheres organizadas e mobilizadas utilizam sua força de luta e aglutinação para mostrar que ainda existem grande problemas a serem resolvidos; questionam as relações sociais e hierárquicas entre homens e mulheres, procuram o estabelecimento de igualdade entre os gêneros, exigem reflexão e mobilização constante.

 

As mulheres trabalhadoras EAA de nossa região participam ativamente desta luta. A agenda 2010, por enquanto, contempla o 6º Encontro Regional de Americana, o Encontro de Mulheres da CNTC, o 6º Encontro Estadual da Mulher EAA, as comemorações do Dia Internacional da Mulher, com o relançamento da Cartilha sobre a Lei Maria da Penha, um divisor de águas, na luta das mulheres brasileiras.

 

Afinal, a opressão da mulher é um problema que atinge a todos igualmente, homens e mulheres. Primeiro, porque uma relação baseada na opressão de um sexo pelo outro não é satisfatória ou positiva para nenhum dos lados. Depois, porque o homem se sente forçado a afirmar-se o tempo todo e demonstrar força, segurança, capacidade e potência, sofrendo uma pressão extremamente prejudicial. Saber qual a origem e o que fundamenta esse problema é primordial para compreender as contradições existentes em nosso dia-a-dia, fruto das relações sociais construídas ao longo da história e não estabelecidas naturalmente.

 

Assim, a cidadania feminina e as relações de gênero hoje fazem parte dos debates sobre uma nova concepção dos direitos humanos, que beneficia a luta política pelos direitos das mulheres e pela igualdade nas relações de gênero, impulsionando a adoção de políticas públicas e leis em campos como saúde sexual e reprodutiva, trabalho, direitos políticos e civis e violência de gênero.

 

Mas, ainda há muito por fazer, principalmente no campo político. Apesar de hoje, mais da metade da população brasileira ser feminina, ainda persiste a ótica sexista e discriminatória que faz a representatividade das mulheres nos quadros dos poderes públicos e nas instâncias decisórias estar muito longe do ideal.

 

A semana de comemoração do Dia Internacional da Mulher é uma excelente ocasião para informar e incentivas aquelas que ainda estão indecisas a participarem da construção de um futuro diferente, onde a igualdade seja o tom dominante.

 

A Diretoria


 

AGENDA MULHER 2010

 

A Agenda das Mulheres EAA 2010 já está definida. Dia 26/02/2010 acontece o 6º Encontro Regional da Mulher Trabalhadora EAA de Americana e Região. Dia 01/03/2010 o Encontro de Mulheres na CNTC Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio em Brasília. Dia 21, 22 e 23/ 05/2010, o 6º Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora EAA (Peruíbe).

 

Estas são excelentes ocasiões para exercer a difícil tarefa de questionar e redesenhar as relações sociais entre homens e mulheres, uma vez que as desigualdades de gênero ainda persistem apesar do grande avanço conquistado no último século. Não podemos permitir a acomodação de mulheres sem atitude de luta, nem deixar os homens que detém o poder permanecerem confortáveis numa sociedade ainda machista.

 

Desse modo, precisamos lutar para equilibrar as relações de gênero, termo usado para designar a construção social feita a partir do que é masculino e do que é feminino. Ao longo dos anos estas relações tem sido construídas por homens e mulheres, não sendo portanto relações naturais, o que significa que podem e devem ser transformadas para se adaptarem à mudança dos tempos.

 

Não é mais admissível que as relações de gênero continuem hierarquizadas, subordinando as mulheres aos homens, exigindo padrões de comportamento mais rígido para as mulheres, conferindo-lhes um papel secundário na transformação da sociedade e das relações políticas e sociais.

 

As mulheres devem reconhecer sua força e ampliar sua organização como agentes políticos, para conquistar e garantir sua libertação. Direitos não são “mimos”, são conquistas e na maioria das vezes, “duras conquistas”.

 

Esta, portanto, é uma luta constante, que exige a erradicação completa das opressões de gênero, de raça, de classe. Transformar o mundo passa por combater essas opressões.

 

A Diretoria


 

NOVAS ATITUDES!

 

Cada ano que recomeça, as mesmas coisas, as mesmas atividades, as mesmas estórias, os mesmos problemas e dificuldades, a mesma concepção das coisas, a mesma atitude, o mesmo comportamento, os mesmos pensamentos, os mesmos desejos e esperanças.

 

 Mas existem algumas possiblidades que podem “fazer a diferença” sem nos exigir nada de extraordinário. Basta respirar fundo, tomar decisões, agir tomando pequenas ações que poderão ser o início de grandes mudanças.

 

Assim, poderemos incentivar outros que tenham os mesmos pensamentos, as mesmas esperanças, medo ou angústias... o mesmo caráter, a fazer o mesmo, criando dessa forma uma força sinergética capaz de mudar nosso ambiente e depois espalhar-se em ondas, tal qual uma pedra na água.

 

Para isso basta pensar positivo (afinal, o Brasil vai bem obrigado), rechaçar nossas concepções negativas (afinal a crise não nos afetou como imaginávamos),  despertar para a realidade do próximo (afinal, ainda tem muitos trabalhadores comendo o pão que o diabo amassou), fazendo de nossas inseguranças e insucessos o trampolim que nos lançará para um novo patamar no qual nossa boa vontade será o motor que nos impulsionará sempre à frente, superando qualquer obstáculo que se interponha entre nós e nossos sonhos de democracia, igualdade e justiça.

 

Receba 2010 com os braços abertos e o coração cheio de esperança, afinal este ano traz nítidamente um período de forte crescimento econômico e, quiçá, uma evolução no quadro social brasileiro!

 

A Diretoria

 
 

Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região

Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado!