Home
SEAAC Blog
Olho no Olho
Base/Atendimento
Presidenta
Diretoria
Categorias
Acordos por Empresa
Acordos PPR
Jurídico
Homologações
Seaac Acontece
Currículos
Parcerias
Info da Hora
Associe-se Já!
Cadastro Empresa
Convenções Coletivas

 

OLHO NO OLHO!

 

 

Declínio da filiação sindical no Brasil e suas consequências para os trabalhadores

 

Estudos apontam aumento de desigualdade social e enfraquecimento dos direitos trabalhistas

 

O enfraquecimento dos sindicatos no Brasil se destaca como uma tendência preocupante, especialmente ao se observar a queda progressiva na taxa de sindicalização. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a sindicalização, que já chegou a superar 20% da população trabalhadora, atualmente representa menos de 13%. Esse declínio afeta não apenas os sindicatos, mas também os trabalhadores e, indiretamente, a economia do país.

 

A filiação sindical no Brasil começou a diminuir com mais intensidade a partir de 2017, com a reforma trabalhista, que entre outros pontos, tornou opcional o recolhimento da contribuição sindical. Desde então, diversos sindicatos passaram a enfrentar dificuldades financeiras para manter serviços essenciais e representar adequadamente seus associados em negociações coletivas.

 

Além disso, o aumento da informalidade no mercado de trabalho também contribui para esse declínio. Segundo o IBGE, aproximadamente 40% da população ocupada no Brasil trabalha na informalidade, o que dificulta a associação sindical, já que grande parte desses trabalhadores não tem contratos formais e estabilidade no emprego.

 

A diminuição da filiação sindical tem impactos diretos na vida dos trabalhadores brasileiros. Com sindicatos mais fracos, há uma menor capacidade de negociação coletiva, o que pode resultar em perdas salariais e redução dos benefícios. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em países com baixa sindicalização, as desigualdades salariais tendem a ser, em média, 20% maiores do que em países com uma presença sindical forte.

 

O enfraquecimento sindical também contribui para a redução de benefícios como planos de saúde, licenças remuneradas e aposentadoria complementar, que muitas vezes são conquistados por meio da força das negociações coletivas. A OIT também afirma que trabalhadores sindicalizados têm mais estabilidade no emprego e acesso a benefícios sociais, o que reflete em melhor qualidade de vida e segurança econômica.

Os sindicatos não beneficiam apenas os trabalhadores; sua atuação também é positiva para a economia como um todo. Salários maiores resultantes de negociações coletivas fortalecem o poder de compra das famílias, estimulando o comércio local e gerando um ciclo positivo de crescimento econômico.

 

Estudos mostram que o enfraquecimento dos sindicatos está relacionado à estagnação dos salários, o que afeta diretamente a economia ao reduzir o consumo interno. O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou que, em economias com grande concentração de renda e baixa sindicalização, o crescimento econômico de longo prazo é prejudicado, pois a circulação de recursos fica limitada e concentra-se nas mãos de uma parcela pequena da população.

 

A discussão sobre a importância dos sindicatos e da sindicalização precisa ser ampliada, especialmente num contexto de precarização e alta informalidade do trabalho. O fortalecimento das entidades sindicais passa pela conscientização dos trabalhadores sobre a relevância de sua participação ativa e pela busca de novos modelos de associação, que dialoguem com as transformações do mercado de trabalho.

 

Os sindicatos têm o papel de garantir uma defesa coletiva contra abusos, lutar por melhores condições de trabalho e contribuir para a redução das desigualdades. A queda na taxa de sindicalização representa, portanto, uma ameaça à justiça social, à proteção do trabalhador e ao equilíbrio econômico do país.

 

Lourival Figueiredo Melo

Diretor Presidente da Federação dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de São Paulo (FEAAC) e Secretário-Geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC).

 


 

SEAAC: 33 anos de história!

 

A história do SEAAC de Americana e Região começa no distante 19 de novembro de 1991. Foi numa sala emprestada que várias trabalhadoras se reuniram com um sonho em comum: construir um sindicato forte para trabalhadores que não tinham representação e direitos de classe, principalmente na área de assessoramento e contabilidade. Quem observasse aquela primeira reunião onde só estavam mulheres, naturalmente escanteadas no meio trabalhista da época, não acreditaria que 33 anos depois o SEAAC representaria 14 categorias, quase 20 mil trabalhadores, atenderia 29 cidades e conquistaria milhares de sócios.

 

Estes 33 anos foram de muitas conquistas e dificuldades. Entre as conquistas cremos que o vale-alimentação foi a maior delas e resultado de uma peregrinação jurídica e pessoal em várias instâncias, até chegar ao Tribunal Superior do Trabalho. Triênio, auxílio-creche, seguro de vida, complementação aos afastados pelo INSS, diversas estabilidades, auxílio aos pais com filhos especiais, direitos aos casais homoafetivos e aumentos significativos nos pisos salariais são outras vitórias. Quanto as dificuldades ficam até difícil elencar. Mas a maior delas foi a Reforma Trabalhista, uma ação espúria, sem discussão com a sociedade e com o claro objetivo de ao mesmo tempo suprimir direitos e aniquilar os sindicatos. Achamos que teríamos que fechar as portas. Mas colocamos “a faca nos dentes” como em 1991 e aqui estamos, nos reerguendo e projetando um futuro melhor.

 

Pretendemos ampliar o trabalho na base, falando e interagindo diretamente com o trabalhador e ao mesmo tempo utilizar de forma mais abrangente as redes sociais em suas variadas plataformas. Ao mesmo tempo vamos retomar projetos desenvolvidos anteriormente (e paralisados pela crise ocasionada pela Reforma Trabalhista) como os cursos de qualificação para os trabalhadores, os eventos esportivos e os educativos. O mundo do trabalho está mudando e junto com estas mudanças surgem os novos desafios para os sindicatos se manterem atuantes e atrativos. Temos esta consciência e estamos sempre abertos para assimilar e empreender.

 

Enfim, completamos 33 anos com a maturidade das experiências boas e ruins, com a consciência tranquila que sempre atuamos de forma digna na defesa dos trabalhadores das mais diversas categorias que representamos e mantendo cordialidade e respeito pelas entidades patronais e pelas empresas com quem negociamos. Vamos em frente! Trabalho, motivação e criatividade são elementos fundamentais da nossa existência!

 

Helena Ribeiro da Silva

Presidenta do SEAAC de Americana e Região

 


 

O IMPACTO DO CLIMA!

 

A mudança climática afeta mulheres intensamente - 80% das pessoas que foram deslocadas por causa de desastres e mudanças do clima são mulheres - porque aumenta as consequências da desigualdade de gênero que já existem.

 

Eventos climáticos graves, secas, colheitas perdidas e outros fatores, podem se tornar grandes desastres para quem vive na pobreza. Assim, para mulheres e meninas vulneráveis as mudanças climáticas significam desastres climáticos extremos e imprevisíveis, menos comida e acesso a água potável, além de condições de vida instáveis, culminando em novas ameaças aos direitos básicos.

 

Segudo a ONU, no mundo, 70% das 1.3 bilhão de pessoas que vivem em condição de pobreza são mulheres. Além disso, elas são 40% das chefes de família nos lares mais pobres em áreas urbanas. Já nas áreas rurais, as mulheres são predominantes na força de trabalho mundial da produção de alimentos, de 50% a 80%.

 

Nesse contexto, que tem sido ignorado, os acordos internacionais e as políticas de cada país para combater os efeitos da mudança do clima terão mais sucesso no longo prazo se levarem em conta as dinâmicas populacionais, as relações entre os gêneros e o bem-estar das mulheres e seu acesso a serviços e oportunidades.

 

Entretanto, nesse momento um cenário sombrio se forma sobre as negociações internacionais sobre o clima, uma vez que a eleição de Trump torna praticamente certa saída dos EUA dessas tratativas e o resultado dessa equação ainda é incerto, poderá resultar numa esvaziamento dos processos internacionais ou poderá também resultar em avanços significativos entre os demais participantes.

 

O tempo vai escrever essa história da qual depende o futuro do planeta, das mulheres e de todas as pessoas.

 

A Diretoria

 


 

Analfabetismo Funcional Sec. 21

 

Em pleno século 21, grande parte da população brasileira sabe ler e escrever, mas o analfabestimo funcional, ainda atinge cerca 14% (Instituto de Estatísticas da Unesco – 2021) da população com mais de 15 anos que embora tenha frequentado a escola e reconheça letras e números, não consegue interpretar e compreender textos curtos e sem complexidade.

 

Este é um problema que afeta crianças, adolescentes e pode alcançar pessoas de formação superior exercendo funções-chave em empresas e instituições tanto privadas quanto públicas. É para deixar qualquer um pasmo!

 

Este tipo de analfabetismo deixa as pessoas sem habilidades de leitura compreensiva, escrita e cálculo para fazer frente às necessidades de profissionalização e de vida sócio-cultural, provocando queda na produtividade por falta de aprendizado básico, o que resulta em perdas e danos da ordem de US$ 6 bilhões por ano no mundo inteiro.

 

As causas do analfabetismo funcional são diversas, incluindo a desvalorização da leitura na sociedade, poucos investimentos na escolarização básica e a baixa qualidade na educação, especialmente nas regiões mais atingidas pelas desigualdades sociais.

 

A solução começa em não ignorar o problema, que é tão grave quanto não saber ler ou assinar o próprio nome e só pode ser erradicado com o investimento em educação e treinamento para a qualidade. E qualidade é investimento. Não tem custo. O custo da qualidade é a despesa do trabalho errado, mal feito, incompleto, sem profissionalismo, que pode derrubar em um instante a boa imagem de uma empresa ou instituição, em qualquer parte do mundo e a educação sempre será alternativa para melhorar tanto a vida pessoal, quanto a de um país.

 

Pense nisso!

 

A Diretoria


 

POLÍTICA É UMA PALAVRA FEMININA!

 

Em 2024, são 81.809.714 eleitoras (52,5%) contra 74.097.997 eleitores (47,5%), ou seja, 7,7 milhões de mulheres a mais do que os homens para votaram nas eleições de 6 de outubro.

 

Do total de 69.346 eleitos no primeiro turno, 12.417 são mulheres. Os outros 82,09%, 56.929 eleitos, são homens.

Em 2020, segundo os dados do TSE, 10.920 mulheres foram eleitas como prefeitas ou vereadoras no primeiro turno, cerca de 16% do total. Já neste ano, 12.417 venceram seus pleitos. O aumento na taxa foi maior para o cargo de vereadora candidatas venceram nas últimas eleições municipais.

 

Em 2020, cerca de 16% das vereadoras eleitas eram mulheres, totalizando 9.371 candidatas. Já em 2024, a taxa subiu para 18% com 10.649 vereadoras eleitas.

 

Para o cargo de prefeita, também houve um pequeno aumento no número de mulheres eleitas: 656 prefeitas em 2020 (12% do total) contra 722 neste ano (13% do total). Mesmo com o aumento em relação ao total de municípios, nenhuma mulher foi eleita prefeita em nenhuma das capitais no primeiro turno, mas sete candidatas seguem na disputa no próximo dia de votação. (CNN/São Paulo)

 

Bom lembrar que a cota de gênero ainda foi descumprida em 772 municípios brasileiros (13,9%). Neste pleito, foram identificados 279.011 registros de candidaturas masculinas e 152.930 femininas, correspondendo a 64,59% e 35,41%, respectivamente. Este número mostra aumento de um ponto percentual nas candidaturas femininas em relação às eleições de 2020, ainda que o número total de registros tenha diminuído para homens (-55 mil) e mulheres (-22 mil) em relação ao pleito anterior. (ag. Câmara)

 

O fato é que a violência política de gênero, prática considerada crime pelo Código Eleitoral, afasta mulheres da política e compromete a representatividade feminina nas esferas do poder. Não há democracia sem mulheres na política. É necessário um esforço conjunto de todos os participantes do processo eleitoral – partidos, órgãos públicos, candidatos e sociedade - no combate à esse tipo de violência, que se soma a outros tantos tipos que agridem as mulheres diariamente. Essa é uma ação contínua e constante para garantir a participação feminina no poder.

 

A diretoria


 

BRASIL BONITO, POTÊNCIA PARALÍMPICA GLOBAL!

 

O Brasil fez bonito nas Paralimpíadas de Paris. Com os 89 pódios, a delegação brasileira se tornou top 5 pela primeira vez na história dos Jogos Paralímpicos. O objetivo do Comitê Paralímpico Brasileiro para 2024 foi ousado: atingir sua melhor campanha e alcançar pela primeira vez o top 5 da competição. E, com uma campanha impecável, o Brasil cumpriu o objetivo e se firmou entre as cinco maiores potências paralímpicas mundiais.

 

A delegação brasileira bateu o recorde de medalhas, com 89 pódios conquistados, alcançou o maior número de ouros, 25, e terminou em quinto lugar no quadro geral dos Jogos. Com 94 ouros, a China foi a grande campeã, seguida pela Grã-Bretanha (49), Estados Unidos (36) e Holanda (27).

 

O fato é que o esporte é uma fonte de motivação para a vida. Todas as modalidades impõem desafios e todos os esportistas encaram e são capazes de enfrentar e vencer os desafios, que para aqueles que tem alguma deficiência ou limitação são ainda maiores.

 

Por isso as paralimpíadas oferecem lições valiosas que adaptadas ao dia a dia mudam realidades em todas as áreas. São elas: empatia, igualdade, sentimento de equipe, disciplina, inclusão, habilidade, auto-estima, confiança, sempre é tempo para começar.

 

Os jogos paraolímpicos são uma fonte de boas lições, nos mostram que não existem barreiras quando seguimos um propósito, que unidos podemos mudar tudo, fazer melhor.

 

Parabéns a esse time de faz do Brasil um Brasil Bonito!    

 

A Diretoria


 

POBRES PAGARÃO A CONTA DAS QUEIMADAS

 

As mulheres correspondem a 80% dos deslocados por desastres e mudanças climáticas em todo o mundo. É o que revela o presidente da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.

 

Migração, exposição à violência, casamento infantil, evasão escolar, perda de renda, falta de oportunidades de trabalho, são problemas sociais causados pela crise do clima, que impactam diretamente as mulheres.

 

Não bastasse cuidar da casa, a maioria dos cuidados de subsistência das famílias, com as produções em hortas ou pequenos roçados, também competem às mulheres, criando uma situação de disparidade e desigualdade de gênero que, em eventos extremos como as secas e as queimadas, só tendem a piorar.

 

A trajetória crescente do número de incêndios, tanto na Amazônia quanto no Pantanal é resultado direto do recente desmonte da política de proteção do meio ambiente. Não há fiscalização e as multas ambientais não são sequer cobradas. O recado aos grupos criminosos é que podem atacar a natureza o quanto quiserem porque não sofrerão nenhuma consequência. E esses grupos estão agindo, como pode ser constatado nos incêndios criminosos no estado de SP, este final de semana.

 

Os principais biomas brasileiros estão sendo destruídos e os mais desfavorecidos massacrados com as consequências na economia, saúde, social. A omissão e negligência governamental em prevenção a desastres climáticos custará caro ao desenvolvimento do país e os pobres pagarão essa conta.

 

A Diretoria

 


 

MULHERES DO BRASIL, GUERREIRAS DE PARIS!

 

Pela primeira vez na história das Olimpíadas o número de mulheres inscritas para competir será equivalente ao dos homens nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Do total de 10.500 atletas participantes, 5.250 são homens e 5.250 são mulheres. Essa equivalência chega 124 anos depois das estreia das mulheres nas Olimpíadas, que aconteceu justamente em Paris, em 1900.

 

Paris 2024 é para o Brasil um marco importante. Na edição em que o time olímpico brasileiro é composto por mais mulheres do que homens, pela primeira vez na história, as mulheres conquistaram mais medalhas que os homens para o Brasil. Das 20 medalhas conquistadas, 12 vieram das mulheres, 7 dos homens e uma por equipe mista.

 

Assim, atletas brasileiras fazem história nos jogos de Paris 2024 como a skatista Rayssa Leal, a judoca Beatriz Souza, a judoca Larissa Pimenta, a surfista Tati Weston-Webb, as ginastas Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Júlia Soares, o time de futebol feminino, o time de volei feminino e outras brasileiras que brilharam e emocionaram os torcedores, como as meninas da ginástica rítmica, que ficaram fora da final depois de se apresentarem com uma das atletas lesionada e a skatista Dora Varella, que fez uma volta espetacular mas acabou em quarto lugar.

 

Na verdade, isso foi apenas mais uma façanha dessas incríveis “Mulheres do Brasil” que dedicam suas vidas desde muito cedo a treinamento intenso e disciplina, convivendo com inúmeras dificuldades, lutando para ter acesso a treinadores qualificados, instalações adequadas, competições para ganhar experiência, competições nacionais e internacionais para acumular pontos e visibilidade para participar do sonho olímpico, buscando apoio e patrocínio para treinar e sustentar sua vida com dignidade.

 

Parabéns a todas essas guerreiras!

 

A Diretoria


 

Cidades menores tem mais mulheres nas Câmaras Municipais

 

De acordo com o levantamento feito a partir de dados estatísticos divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), somente 45 cidades entre as 5.568 que realizaram eleições municipais em 2020 tinham maioria de mulheres na composição das câmaras de vereadores. 

 

O número não chega a 1% do total dos municípios que participaram daquele pleito. Sete em cada dez municípios onde ocorre essa maioria feminina têm população menor do que 15 mil pessoas, segundo o Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Somente um desse universo de 45 municípios tem mais de 100 mil habitantes: Araras (SP), um ponto fora da curva. 

 

As campanhas femininas na cidade grande e na pequena são marcadas por uma discrepância significativa de representatividade e de recursos disponíveis, conforme destaca a doutora em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP) Hannah Maruci.

Ela aponta que, em municípios menores, a mediana de representatividade feminina é mais alta devido às menores barreiras financeiras que as candidatas enfrentam. “Os municípios pequenos são onde elas têm a possibilidade de fazer campanha com menos dinheiro. Em municípios maiores, a desigualdade de recursos é uma barreira significativa para as mulheres”, informa Hannah.

 

Essa disparidade é agravada pelo descumprimento das cotas de gênero de financiamento de campanha por parte de partidos, o que coloca as candidatas em desvantagem, especialmente em cidades maiores, onde o custo das campanhas é substancialmente mais elevado. Percebemos que na verdade o sistema eleitoral brasileiro cria uma situação onde é eleito quem tem mais dinheiro para investir na campanha.

 

 

Assim, o espaço legislativo é formado majoritariamente por homens de uma determinada classe social e raça, assim, mais homens nas legislaturas nos darão políticas públicas que vão refletir esse grupo específico. As mulheres têm agendas, têm interesses diferentes dos interesses masculinos. É importante que essas perspectivas sejam representadas na esfera pública, no processo decisório.

 

Sempre é bom lembrar que em 2024, a conquista feminina do direito ao voto completou 92 anos. As mulheres correspondem a 53% do eleitorado nacional. São as eleitoras que mais comparecem às urnas. Nas eleições gerais de 2022, a taxa de participação do eleitorado feminino chegou a 80%, enquanto a dos homens ficou em 78%.

 

É um quadro difícil de mudar? É, mas não é impossível de mudar.

 

Fonte: TSE


 

VOCÊ VOTARIA NESSE TIPO DE CANDIDATO?

 

No inquérito enviado ao STF, a Polícia Federal afirma que o dinheiro das joias vendidas ilegalmente por assessores de Jair Bolsonaro serviu para enriquecer ilicitamente o ex-presidente. Os detalhes do suposto esquema estão no relatório que foi tornado público pelo ministro Alexandre de Moraes em 8/7/24. A investigação aponta que os valores obtidos dessas vendas eram convertidos em dinheiro em espécie e ingressavam no patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio de outras pessoas.

 

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, candidata a candidata, não foi indiciada pela Polícia Federal no inquérito sobre a suposta apropriação e venda ilegal de itens que faziam parte do acervo presidencial diante da ausência de provas de que ela tinha conhecimento sobre as negociações envolvendo as joias que foram vendidas, entretanto, desde que se tornou uma das pessoas investigadas pelo esquema, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem aparecido ironizando a situação, numa demonstração de puro pouco caso.

 

Inquérito da PF aponta ainda a participação de ministro, assessores, agência de promoção de exportação, gabinete de documentação histórica, além do uso do avião presidencial e uma tentativa de cooptar o Itamaraty em Orlando. Mesmo depois do fim de seu mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria usado membros de sua equipe e recursos estatais para assegurar que as joias recebidas de autoridades estrangeiras, cujo valor é estimado em 6,8 milhões de reais, permanecessem fora do radar oficial.

 

Enfim, estas são as pessoas que uma grande parte do eleitorado brasileiro deseja conduzir ou reconduzir aos melhores cargos oferecidos nas eleições. Pessoas que rezam pela cartilha da extrema-direita, com um interesse especial pela Bíblia e mais especificamente pelo Antigo Testamento, aquele do de olho por olho e dente por dente, da violência, do apocalíptico, nunca o do perdão, da defesa dos humildes.

 

Infelizmente a desinformação corre solta pelas mídias sociais e conseguem cooptar muitas pessoas para essa corrente de pensamento nefasta. Por isso não podemos perder nenhuma oportunidade para esclarecer e afirmar que somente o voto consciente pode manter nosso país no caminho da democracia, do coletivo social responsável.

 

Em sã consciência você votaria nesse tipo de candidato?

 

A Diretoria

 
 

Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região

Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado!