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EDITORIAIS
CORRENDO ATRÁS DA BOLA... - 25/JUL/04
Planeta Terra, ano 2004. Mais de 870 milhões de analfabetos. Gente que não sabe escrever nem ler o próprio nome. Sem falar nos que ficam paralisados diante de um computador. Todos vivem à margem da Era da Informação.
É neste cenário que a categoria trabalhadora vive. É este cenário que a sociedade precisa mudar, tratando de encontrar os meios para diminuir este número assustador de excluídos, levando o conhecimento a quem nunca teve a oportunidade de adquiri-lo.
Trata-se de um trabalho lento e constante que deve ser abraçado por todos aqueles que desejam de fato modificar a sociedade, como a categoria sindical, pois, não há liberdade ou justiça sem educação.
Educar é desenvolver habilidades. Educar exige a transformação de conceitos abstratos em atitudes concretas. Discutir a bestialidade dos terroristas é importante, tanto quanto discorrer sobre as amenidades do tempo. Um clima propício à aprendizagem pede um espaço alegre e realista, que não esconda as agruras do mundo, mas possibilite o prazer de estudar. Sem distinções.
Assim, mestre e aluno estarão em constante aprendizado, trocando informações. E não basta um diploma, nem dois, nem três. Não se pode deixar de freqüentar seminários, fazer cursos, refletir diariamente sobre o trabalho, escolhendo uma profissão digna que nos torne essenciais.
Ser um agente educador é, sem dúvida, uma das aspirações da categoria sindical, que nos últimos anos tem procurado aplicar do melhor modo possível os recursos oferecidos pelo FAT, para este fim empenhando-se em levar aos trabalhadores a oportunidade de adquirir conhecimento e torna-lo apto a exercer cidadania. A sala de aula é o lugar ideal para ensinar o que é respeito, justiça e democracia; dela sairão indivíduos conscientes, ativos, capazes de transformar o próprio destino e os rumos da sociedade.
Nós sindicalistas sabemos que propiciar educação é o melhor modo de ajudar o trabalhador, honrando-o como ser humano. Por isso tudo vamos continuar correndo atrás dessa bola!
A Diretoria
SÓ O TEMPO DIRÁ! - 10/JUL/04
Certamente você se lembra das palavras indexação, correção monetária, tablita, gatilho.... eram palavras de ordem antes do aparecimento do Plano Real, que completou dez anos em 1o de julho.
Passados dez anos, não dá mais para imaginar uma inflação de 40% ao mês. Uma loucura, que exigia malabarismos do trabalhador para sobreviver, em meio ao caos econômico que não permitia ao país pagar suas dívidas ou receber os investimentos internacionais que inundavam os emergentes.
O Plano Real foi fundamentado na articulação entre o aumento acelerado das exportações e a absorção de recursos externos, alinhados à ancora cambial, uma política de juros elevados e compressão da massa salarial.
O plano apoiou-se na sobrevalorização da taxa cambial e o impacto sobre os preços internos viabilizou a redução imediata da taxa de inflação, produzindo uma explosão das importações, mas gerando um déficit comercial crescente com o exterior e a expansão exponencial da dívida pública. Embora eficaz como instrumento de estabilização dos preços internos, o plano real engessou o crescimento, expondo a instabilidade monetária e fiscal do país. Foi necessário que a inflação mostrasse sua cara novamente, em 2002, para que nova política cambial e fiscal fosse implantada.
Resumindo, parece tudo muito simples e muito fácil de digerir. Entretanto, o país tem pago um alto preço pela estabilidade econômica e social. Apesar dos inegáveis avanços, grande parte dos benefícios iniciais para os assalariados e pobres foi perdida, a desigualdade voltou a crescer, a renda dos trabalhadores caiu e o desemprego atingiu níveis insuportáveis. A dívida pública, nestes dez anos saltou de 30% para 56,8% do PIB e cerca de 2,6 milhões de vagas foram fechadas .
Hoje, o estoque de pessoas sem trabalho é a principal ferida produzida pelo plano. Se os trabalhadores têm menos renda, consomem menos, a economia enfraquece e o desemprego cresce. Um círculo vicioso que para ser quebrado, segundo previsões otimistas, necessita de pelo menos 6 anos e meio de crescimento do PIB a uma taxa de 3,5%. Se vamos conseguir, só o tempo dirá!
A Diretoria
o grande barato! - 25/jun/04
Você se lembra em quem votou nas últimas eleições para prefeito e vereador? Você se deu ao trabalho de cobrar aqueles que ajudou a eleger?As respostas às perguntas acima significam a diferença entre votar com consciência, praticando cidadania e votar para cumprir uma obrigação.
Veja: todos os municípios brasileiros estão vivendo novamente o período eleitoral que antecede e prepara a escolha dos futuros prefeitos e vereadores. É momento para que a cidadania conheça os projetos e as propostas que os vários candidatos defendem como alternativas para organizar a vida pública do município. É momento em que cada eleitor é convocado a exercer a cidadania pelo voto. É momento de exercer o poder, com liberdade e consciência.
Na última eleição, o eleitor ouviu várias propostas de governo e aprovou aquela que lhe pareceu mais aceitável. Alguns conseguiram cumprir suas promessas, a grande maioria decepcionou seus eleitores.
Ora, sabemos que consertar 500 anos de desmandos não é fácil para nenhum partido político, mas esmorecer porque não conseguimos que nossos governantes estabeleçam atitudes concretas e transparentes rapidamente, só vai continuar emperrando a máquina político administrativa.
Portanto, neste caso, a melhor política é continuar examinado os nossos candidatos, suas histórias, seus passados, suas realizações no meio da sociedade, para tentar saber como ele se comportará depois de eleito. Na verdade, o eleitor somente poderá mudar qualquer resultado no momento da eleição, com seu voto, não devendo fazê-lo por obrigação, mas por sentimento de cidadania e de consciência, quantas vezes se façam necessárias para que possamos depurar a máquina governamental, de modo que ela funcione honesta e harmoniosamente, atendendo nossas justas aspirações de uma sociedade igualitária.
Se fosse fácil a gente resolvia já, mas como é uma tarefa muito difícil, vamos gastar um pouco mais de tempo. E, não vamos desistir, vamos continuar tentando acertar... e, finalmente, iremos conseguir, pois, somente com a sociedade organizada e participando ativamente e de maneira vigilante de todo o processo político democrático é que poderemos mudar nossa realidade, garantindo que o voto seja efetivamente exercício de um direito humano fundamental.
Voto afinal é coisa séria.... voto não tem preço, tem conseqüências!
A Diretoria
CRISE???... ESTAMOS FORA! - 10/JUN/04
Medo e crise são parceiras inseparáveis no processo de existência de seres humanos e sociedades. O efeito que causam depende de como as interpretamos e reagimos.
Vivemos em crise... nosso país vive em crise... provocada pelo medo. Medo por não possuirmos o conhecimento ou controle de situações que nos afligem. Quando o medo é coletivo a crise torna-se mais aguda.
Ora, o universo manifesta-se através de mudanças contínuas, o mesmo ocorrendo com as sociedades e pessoas. Todo processo de mudança define o estado de atuação dos componentes do universo e a facilidade de adaptação às mudanças determina o grau de competência da atuação das pessoas e sociedades.
O medo é gerado pelo desconhecimento do desfecho de uma situação que não dominamos. A crise é a falta de capacidade de nos adaptarmos as circunstâncias gerada pelo processo de mudança, que sempre irá se alimentar de transformações sociais, políticas, econômicas, profissionais e espirituais, dentro de qualquer sociedade em desenvolvimento.
Ficamos presos no meio de um círculo vicioso, convivendo com medo e crise, crise e medo! Para enfrentar essa dupla só temos um caminho: ter coragem. Deixar o medo apropriar-se de nosso espírito só retarda nosso raciocínio e nos coloca em uma posição defensiva, que faz todo obstáculo parecer intransponível.
Não há como evitar o medo, mas podemos encará-lo apenas como um momento de dúvida em nossas mentes e corações, que com habilidade, criatividade e perseverança podemos transformar em força impulsionadora de nosso desejo de modificar as situações que nos afligem.
Assim, para enfrentar a crise, bastará procurar pelas sementes da oportunidade, que ela carrega dentro de si e que cada pessoa ou sociedade precisa encontrar para tomar as rédeas de seu destino em suas mãos.
A Diretoria
A ARAPUCA DOS JUROS ALTOS – 25/MAI/04
Desde o governo Collor estamos metidos em uma arapuca, no que se refere à política econômica, que transferiu ao exterior o comando sobre o nosso destino como economia. Alegando que o Estado estava quebrado e que o capital privado brasileiro era fraco, nossos políticos atribuíram ao capital estrangeiro a tarefa de nos resgatar e promover o nosso desenvolvimento. Ledo engano, pois, o Brasil não está quebrado. Ele está, sim, sendo depauperado pela alta taxa de juros, que gera custos sociais incompatíveis com as funções de um Estado democrático.
Com a esperança de retomar o crescimento econômico, os brasileiros votaram em um novo governo, que a primeira vista nada tinha a haver com o antigo. Outro ledo engano! Passados 16 meses da posse, as taxas de juros são ainda altas, para atrair o capital financeiro especulativo, o que nos faz concluir que continuamos convivendo com uma política fiscal intolerável, na medida em que o custo da dívida pública extrapola muito o superávit, travando o crescimento econômico e impedindo geração de novos empregos e a recuperação da renda do trabalhador
Vivemos uma crise social profunda que só a reestruturação do Estado por meio da retomada de investimentos em infra-estrutura, além da restauração e ampliação de serviços públicos básicos, poderiam conter. Os recursos para esses investimentos seriam gerados pela queda nos juros, o que nos proporcionaria uma folga fiscal considerável.
Alternativas de ações que possam retomar o crescimento econômico com pleno emprego devem ser propostas, analisadas e implementadas o mais rápido possível, pois, a crise social pode transformar-se rapidamente em crise política, ameaçando o estado democrático tão duramente conquistado pelos brasileiros.
A Diretoria
O ínfimo mínimo - 10/MAI/04
Pois, o governo federal frustrou esse contingente de trabalhadores, concedendo um mínimo de R$ 260, quando o esperado oscilava entre R$ 270 e R$ 300, alegando que um aumento maior quebraria a previdência. A compensação viria pelo aumento no salário-família, que tem impacto fiscal menor. Hoje o benefício é de R$ 13,48 por criança de até 14 anos, mas pode chegar a até R$ 20.
Daí tiramos duas conclusões:
1) O governo federal parece estar dizendo aos trabalhadores de baixa renda que procriem mais, para ganhar mais;
2) A constatação óbvia de que o dinheiro público está sendo gasto desnecessariamente, enquanto a corrupção esvazia o erário e a taxa de juros, lá em cima, só beneficia os bancos, agravando o desemprego. Se a arrecadação fosse administrada com mais honestidade e consciência, milhões de brasileiros poderiam ter uma vida mais digna.
Por isso, é doloroso escutar nossos políticos e economistas, que discutem se o salário mínimo poderia ter R$ 10 a mais ou a menos. É doloroso constatar o indecente drible dado na Constituição, que torna o salário mínimo uma piada, uma vez que ele nem chega perto de atender os requisitos para o que foi criado (alimentação, moradia, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte etc). É doloroso ver justificada a tunga no reajuste dos aposentados, através do truque do aumento do salário-família. E, seria cômico, não fosse também doloroso discutir se, enfim, vão conseguir dobrar ou não o valor do mínimo até o fim do mandato do presidente Lula, conforme o prometido.
Infelizmente, o governo petista, não consegue tomar as decisões políticas/econômicas que poderiam tornar viável a recuperação do salário mínimo. Ao contrário, suas escolhas objetivas e conscientes têm tornado a vida dos trabalhadores bem mais difícil. Viver no Brasil é ter de aturar várias situações que nos envergonham todos os dias!
A Diretoria
O Dia do Trabalho e o Fim do Emprego - 25/ABR/04
Mais uma vez lembramos o Dia do Trabalho. Entretanto, embora continuemos sonhando com uma comemoração digna para este dia, ainda não será este ano que isto acontecerá. Globalização e flexibilização, palavras tão em moda na última década, continuam tirando o sossego de qualquer trabalhador. Aqueles que ainda estão pensando em preparar o filho para um bom emprego no futuro, estão vendo seus sonhos serem despedaçados.
O trabalho e o emprego estão sendo massacrados pela economia de mercado e o capitalismo. Nesta era de desenvolvimento tecnológico, o futuro atropelou o presente e não dá para acreditar nos políticos que prometem a distribuição (sempre adiada) do que existe muito pouco: o trabalho em seu formato de emprego.
A criação de novos empregos e novas profissões tem sido um falatório dos políticos e dos capitalistas. Falatório este que serve mais como uma grande cortina de fumaça política para esconder a desumanidade de um sistema, que lucra a partir da vergonha e humilhação de milhões de desempregados mundo afora.
Um desempregado, hoje, não é mais a vítima de uma marginalizarão provisória, ocasional, que atinge apenas alguns setores; agora, ele está às voltas com um fenômeno comparado a um furacão. Ele é objeto de uma lógica planetária que supõe a supressão daquilo que se chama emprego, em favor do lucro fácil.
O atual modelo econômico que se instala no mundo, sob o signo da cibernética, da automação, das tecnologias revolucionárias, da insistência num conceito de trabalho competitivo, não solidário, no qual o trabalhador é supérfluo e está condenado a passar da exclusão social à eliminação total, é simplesmente perverso.
Estudiosos afirmam que o capitalismo começa a libertar o homem do sofrimento do trabalho e que isto não significa o fim da atividade humana, mas, o trabalho que dá prazer. Isto, entretanto, só será verdade, se houver uma radical mudança de prioridades entre os donos do poder, que devem eleger como paradigmas a sobrevivência e o bem-estar das populações, para que se possa acabar com o horror econômico que hoje vivemos.
Reverter este quadro é uma luta árdua, que deve ser liderada pelos trabalhadores, sem medos ou desistências, pois, os mantenedores da situação de caos social instalado; os detentores do poder econômico, que vivem na esfera inabordável do dinheiro virtual, dos valores financeiros inverificáveis, a elite que se esforça para manter em segredo o grande ordenador do sistema: o lucro, sua forma e matriz para a "criação de riquezas", não vão desistir facilmente. Montados em sua riqueza, eles não conseguem enxergar o próprio naufrágio, pois, ninguém será poupado nesta viagem suicida, seja político, empresário ou trabalhador.
Só poderemos comemorar o Dia Mundial do Trabalho cheios de orgulho e dignidade, quando devolvermos o otimismo e a auto-estima ao trabalhador, encontrando o caminho do pleno emprego e desenvolvimento.
A Diretoria
Goela Abaixo! - 10/ABR/04
A reforma sindical e trabalhista constitui uma das diretrizes prioritárias do Governo Federal. A urgência requerida por essa reforma, decorre da necessidade de tornar as leis e instituições do trabalho mais compatíveis com a nova realidade econômica, política e social do país, de maneira a favorecer a democratização das relações do trabalho e criar um ambiente propício à geração de empregos de melhor qualidade e à elevação da renda da população."
O trecho acima abre documento elaborado pelo Ministério do Trabalho - MT, no começo do governo Lula, intitulado "Reforma Sindical, Trabalhista e Afirmação do Diálogo Social". Nele estão expostas as justificativas para a necessidade de uma reforma sindical e trabalhista, no país.
Muito bem: o projeto proposto pelo MT nem de longe reflete a opinião majoritária do sistema sindical brasileiro, que não pode ver com bons olhos uma proposta que pretende, primeiro enfraquecer o movimento sindical dos trabalhadores, num momento em que ainda convivemos com uma injusta repartição das riquezas sociais, com o trabalho escravo e informal e o desrespeito, impune, às leis trabalhista e segundo retirar do trabalhador, através do retalhamento da CLT, direitos conquistados a duras penas no último século.
Sabemos que ajustes na legislação são necessários, mas ajustes que possam garantir ao trabalhador uma representação democrática, combativa, exercida através de entidades preparadas para garantir e ampliar as conquistas sociais, fortalecendo a noção de unidade da classe trabalhadora.
A Diretoria
" Aos amigos tudo.... aos inimigos, a Lei!" - 25/MAR/04
Esta máxima dos tempos da velha República, continua sendo muito bem aceita no Brasil de hoje, traduzindo com precisão a função do sistema governamental montado no país a partir do Estado Português, cujos mecanismos foram criados para auferir lucro para aqueles que estão no poder.
A história nos mostra que existem duas formas para enriquecer: ou cria-se valor e vende-se ou apropria-se de uma valor já existente. Sabia disso um certo Pero Borges, famoso em Portugal por ter sido encarregado de construir um aqueduto e embolsar toda a verba do empreendimento. Não chegou a assentar uma única pedra. Apenas ficou com o ouro. Por conta desse caso, Pero foi denunciado e preso, mas em uma manobra bastante simples para qualquer burocrata, negociou devolver metade do dinheiro e veio para as novas terras, com um título equivalente ao de ministro da justiça, na caravela do primeiro governador geral, Tomé de Souza.
Na mesma caravela também viajou um nobre fidalgo que aqui instalando-se e empossando-se em um cargo oferecido pela coroa, apropriou-se de verba pública para construir um engenho privado. Aliás, dizem as más línguas que foram pelo menos 3 engenhos.
Daí para os dias de hoje, quando os escândalos enchem todos os noticiários diariamente, foi elaborada uma longa lista de improbidades praticadas por aqueles que participam do sistema, em todos os níveis hierárquicos.
É fácil concluir que nosso sistema governamental é perfeitamente funcional para atender todas as artimanhas arquitetadas por seus representantes, com leis frouxas e sem delimitações entre o público e o privado. Para quem tem um cargo público é possível ficar rico rapidamente, sem estudo ou trabalho, acompanhado de muitos amigos que também enriquecem, pois, a corrupção encontrou terreno fértil na iniciativa privada. Para os inimigos invoca-se o cumprimento da Lei.
Esta vocação para a malandragem que o Brasil aprimorou durante séculos, conferiu ao sistema um desvio de caráter que se não for admitido, jamais será corrigido. Moldar o caráter nacional não é tarefa fácil e exige a participação de todos os brasileiros que devem deixar de aceitar passivamente que os governantes ou a sociedade não cumpram as leis. É preciso encerrar definitivamente estes 500 anos de maracutaia institucional!
A Diretoria |
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Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado! |