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EDITORIAIS

 

FELIZ ANO NOVO!

(Dirce Correa da Costa Meyer)

 

"O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos, mas a beleza da caminhada depende dos que vão conosco!

Assim, neste novo ano que se inicia, possamos caminhar mais e mais juntos em busca de um mundo melhor, cheio de PAZ, SAUDE, COMPREENSÃO e muito AMOR.

O ano se finda e tão logo o outro se inicia, e neste ciclo do "ir" e "vir", o tempo passa - e como passa!

Os anos se esvaem e nem sempre estamos atentos ao que realmente importa. Deixe a vida fluir e perceba, entre tantas exigências do cotidiano, aquilo que é indispensável para você!

Ponha de lado o passado e até mesmo o presente. Crie uma nova vida, um novo dia, um novo ano que ora se inicia!

Crie um novo quadro para você! Crie, parte por parte, em sua mente, até que tenha um quadro perfeito para o futuro, que está logo além do presente.

E, assim, dê início a uma nova jornada que o levará a uma nova vida, a um novo lar, aos novos progressos na vida!

Você logo verá esta realidade e encontrará a maior felicidade e recompensa. Que o ano novo renove nossas esperanças, e que a estrela resplandeça em nossas vidas e o fulgor dos nossos corações unidos intensifique a manifestação de um 2008 repleto de vitórias!

Que o resplendor dessa chama seja como a tocha que ilumina nossos caminhos para a construção de um futuro repleto de alegrias! E que tenhamos um mundo melhor!

A todos vocês, companheiros, já que temos o mesmo ideal, desejo que as experiências próximas de um ano novo sejam construtivas, saudáveis e harmoniosas.

Muita paz em seu contínuo despertar!"

 

A Diretoria

 

 

SONHAR E ACREDITAR...

 

"Como é gostoso imaginar coisas boas, alegres, gostosas e divertidas. Pensar em coisas que nunca pensamos. Enxergar um lugar que sempre imaginamos. Histórias que fazem a gente sonhar.

 

Sonhar com um lugar que pode existir em alguma parte do universo. Um espaço onde cada um tenha o seu próprio espaço, um planeta onde todo mundo seja amigo de todo mundo, um continente onde as pessoas se respeitem mais, países que falem a mesma língua, cidades que nunca passaram por acidentes, endereços onde todas as casas tenham teto, casas que tenham pelo menos uma criança, que abriguem corpos com células que não fiquem doentes, com prateleiras cheias de comida, receitas e dicionários que não tenham a palavra violência.


E uma porção de livros que não tenham preço e que façam as pessoas sonhar cada vez mais. Se essas histórias podem existir na nossa imaginação é porque elas fazem algum sentido.

 

Se tem gente que acredita em Papai Noel é porque ele continua, de alguma forma, aparecendo na vida das pessoas. Quem sabe se todos acreditarmos num mundo melhor, ele comece de fato a melhorar. Vamos todos começar a fazer isso pelo menos uma vez por ano!"

 

O autor é desconhecido, mas suas palavras dizem direitinho aquilo que sentimos e queremos dividir com todos os amigos! Um FELIZ NATAL para Você!

 

A Diretoria

 

 

SEAAC: 16 anos de vida e muita história!!!

 

Nas décadas anteriores aos anos 90 os trabalhadores EAA de Americana e região, pertenciam à base territorial de Campinas, que por ser muito extensa, apesar dos esforços do sindicato dos trabalhadores, não conseguia manter regular a situação dos empregados que recebiam o salário mínimo ao invés do piso profissional de suas categorias. Muitos, sequer tinham a carteira de trabalho assinada. Assim, no dia 19/11/1991 foi realizada a assembléia de fundação do SEAAC de Americana, fruto da necessidade imperiosa de haver uma entidade mais próxima dos trabalhadores da cidade e da determinação e persistência de algumas(uns) trabalhadoras(es), entre eles Helena Ribeiro da Silva.

 

Passados 16 anos, o Seaac é hoje, conduzido por  Gislaine, Antonia, Lourdes, Eduardo, Vlaici, Edvânia, Maria, Jair, Ivani, Reinaldo, Amauri e Amélia (algumas do grupo fundador e outros que vieram depois) que estão de mangas arregaçadas, liderados por Helena, trabalhando duro pelos companheiros, que esperam muito do SEAAC e somam cerca de 10 mil trabalhadores EAA na região de Americana.

 

O Seaac conta com boas instalações, fruto do trabalho integrado de toda diretoria, para que o trabalhador pudesse contar com um lugar agradável e bem estruturado, de fácil acesso, para atender suas necessidades, esclarecer suas dúvidas, além de despertar seu orgulho e sua vontade de participar do dia a dia do Sindicato, onde ele e seus dependentes são recebidos com toda atenção. As subsedes facilitam a vida dos trabalhadores mais distantes, oferecendo serviços e benefícios aos associados. A entidade é forte e participativa, capaz de enfrentar o patronato, defendendo sempre os direitos dos empregados.

 

Durante estes anos o SEAAC participou de muitos eventos importantes para os trabalhadores, como, marchas, manifestações, campanhas, seminários, simpósios, encontros, além de ter sido forçado em inúmeras ocasiões a entrar em muitos embates com a classe patronal. Um dos pontos nevrálgicos destas diferenças tem sido o tíquete refeição. Com muita persistência e luta conseguimos sair vitoriosos destes confrontos e hoje, sociedade de advogados, locadoras de vídeo, assessoramento e contabilidades contam com o disputado benefício.

 

Participamos também ativamente na direção da FEAAC, na Secretaria Nacional da Força Sindical, na Secretaria Estadual da Mulher da Força Sindical, no conselho Municipal da Mulher de Americana, na União Sindical de Limeira e não perde nenhuma ocasião ou evento em que possa auxiliar na causa dos trabalhadores e das mulheres.

 

E, sempre é bom lembrar que o SEAAC  nasceu feminino (11 diretoras e um diretor) e, portanto, engajado nas questões de gênero, orgulhando-se de ter entendido desde sua fundação que lugar de mulher é também no seu Sindicato, rompendo com uma alienação secular de modo a transformá-lo e integrá-lo ao movimento de luta contra a desigualdade para a conquista de cidadania, autonomia e  competência. A diretoria se orgulha da entidade que está construindo junto com seus associados!

 

Parabéns a todos que têm ajudado a escrever a história do SEAAC Americana!

 

A Diretoria

 

 

DESIGUALDADE NEGRA

 

Num Brasil extremamente racista e adepto da impunidade, comemoramos dia 20 de novembro o Dia Nacional da Consciência Negra e dia 25 de novembro o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.

 

Inúmeras pesquisas realizadas nos últimos anos mostram que a situação da mulher negra no Brasil de hoje manifesta um prolongamento da sua realidade no período de escravidão, com poucas mudanças, pois, ela continua em último lugar na escala social e é quem mais carrega as desvantagens do sistema injusto e racista do país.

 

Hoje, ainda, a mulher negra apresenta menor nível de escolaridade, trabalha mais, com rendimento menor, e as poucas que conseguem romper as barreiras do preconceito e da discriminação racial e  ascender socialmente e têm menos possibilidade de encontrar companheiros para constituir família. Além disso, as mulheres negras convivem mais com a violência doméstica, sexual e racial, violências e discriminação agravadas pela exclusão econômica.

 

Não é de estranhar, portanto, que muitas destas mulheres estejam engajadas nas lutas comunitárias, nos movimentos populares, lutando ferozmente para liderar, conquistando espaços, nas universidades, como advogadas, médicas, professoras, sindicalistas, votando e sendo votadas, legítimas representantes políticas das lutas do nosso cotidiano, dando visibilidade à importância da mulher negra dentro da estrutura da sociedade, conquistando sua valorização e o reconhecimento de sua luta.

 

As condições desiguais a que as mulheres negras estão submetidas exigem do movimento de mulheres e da sociedade em geral a adoção de uma política de inclusão, que se expresse de imediato em medidas compensatórias para a melhoria das condições de vida, a erradicação do racismo, promoção da igualdade e garantia do exercício efetivo da cidadania.

 

A Diretoria

 

 

MONSTRENGO TINHOSO

 

Seja mulher ou homem, cada cidadão consciente deste país sentiu-se indignado com o teor da Sentença do juiz da 1ª Vara Criminal de Sete Lagoas (MG) Edílson Rumbeslperger Rodrigues que considerou a Lei Maria da Penha “um monstrengo tinhoso” e inconstitucional, recusando-se a aplicá-la em seu despacho.

 

Infelizmente, ele não está sozinho; em decisão tomada por unanimidade no dia 26 de setembro, mas ainda não publicada, a 2a Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul considerou inconstitucional a Lei Maria da Penha. A partir de agora, todos os maridos e parceiros agressores no Estado podem se utilizar desta decisão para requerer julgamento dentro da lei comum – e não da Lei 11.340. Traduzindo em bom português,  a Lei Maria da Penha corre perigo.

 

Ora, se existe hoje, uma ferramenta primordial para lutar contra a violência de gênero, esta é a Lei 11.340, que garante a punição àqueles que ainda vêem a mulher como um ser fraco submisso e que impõe às suas companheiras, mães, irmãs e filhas humilhações, ameaças e atos violentos.  A Lei foi um passo fundamental para inibir essas atitudes e garantir a punição dos culpados, embora ainda seja preciso ir mais adiante.

 

A forma como o juiz se refere às mulheres, atribuindo a estas a culpa pela "desgraça" humana e afirmando que o mundo é masculino, apenas evidencia o quanto ainda são necessárias a adoção de políticas públicas para proteção as mulheres, ainda que contestadas por pessoas cultas, conhecedoras da constituição e da legislação, que adotam um discurso machista, sexista, preconceituoso, transgressor  das leis brasileiras e dos tratados internacionais de direitos humanos assinados pelo país.

 

Com efeito, a Lei Maria da Penha, menos pelo seus dispositivos em si e mais por aquilo que representa na construção de uma verdadeira igualdade de gênero, é uma afronta ao status quo de um elite ainda escravocrata e patriarcal, cuja cultura machista continua presente em todos os espaços de poder, privado e público deste país.

 

Este episódio dá bem a medida do enorme desafio que o movimento de mulheres ainda tem de enfrentar para mudar a postura dos agentes jurídicos, abolindo suas práticas machistas, arcaicas e totalmente fora da realidade. E, é preciso que a reação da sociedade e, em especial, do movimento de mulheres tenha força e determinação, para conseguir desconstruir essa cultura cruel (essa sim um “monstrengo tinhoso”), pois, apesar das boas intenções do governo, pouco foi feito com referência à proteção e aplicação da lei.

 

A Diretoria

 

 

SR PRESIDENTE!

 

Passando os olhos pelo Estadão, jornal respeitabilíssino, eis que encontramos algumas palavras de um brasileiro, juiz do 2.º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo, que traduz muito bem algumas coisas que milhões de cidadãos, estão querendo dizer ao “guia” da nação. Veja só:

 

Estimado presidente, assisti na televisão, anteontem, o trecho de seu discurso criticando o Poder Judiciário e dizendo que V. Exa. e seu amigo Márcio, ministro da Justiça, há muito tempo são favoráveis ao controle externo do Poder Judiciário, não para "meter a mão na decisão do juiz", mas para abrir a "caixa-preta" do Poder.


Vi também V. Exa. falar sobre "duas Justiças" e sobre a influência do dinheiro nas decisões da Justiça. Fiquei abismado, caro presidente, não com a falta de conhecimento de V.Exa., já que coisa diversa não poderia esperar (só pelo fato de que o nobre presidente é leigo), mas com o fato de que o nobre presidente ainda não se tenha dado conta de que não é mais candidato.

Não precisa mais falar como se em palanque estivesse; não precisa mais  fazer cara de inconformado, alterando o tom da voz para influir no ânimo da platéia. Afinal, não é sempre que se faz discurso na porta da Volks. Não precisa mais chorar.


O eminente presidente precisa apenas mandar, o que não fez até agora. Não existem duas Justiças, como V. Exa. falou. Existe uma só. Que é cega, mas não é surda e costuma escutar as besteiras que muitos falam sobre ela.


Basta ao presidente mandar seu amigo Márcio tomar medidas concretas e efetivas contra o crime organizado. Mandar seus demais ministros exercer os cargos para os quais foram nomeados. Mandar seus líderes partidários fazer menos conchavos e começar a legislar em favor da sociedade. Afinal, V. Exa. foi eleito para isso.


Sr. presidente, no mesmo canal de televisão, assisti a uma reportagem dando conta de que, em Pernambuco (sua terra natal), crianças que haviam abandonado o lixão, por receberem R$ 25 do Bolsa-Escola, tinham voltado para aquela vida (??) insólita simplesmente porque desde janeiro seu governo não repassou o dinheiro destinado ao Bolsa-Escola. E a Benedita, sr. presidente? Disse ela que ficou sabendo dos fatos apenas no dia da reportagem.

 

Como se pode ver, Sr. presidente, vou tentar lembrá-lo de algumas coisas simples. Nós, do Poder Judiciário, não temos caixa-preta. Temos leis inconsistentes e brandas (que seu amigo Márcio sempre utilizou para inocentar pessoas acusadas de crimes do colarinho-branco). Temos de conviver com a Fazenda Pública (e o Sr. presidente é responsável por ela,caso não saiba), sendo nossa maior cliente e litigante, na maioria dos casos, de má-fé. Temos os precatórios que não são pagos. Temos acidentados que não recebem benefícios em dia (o INSS é de sua responsabilidade, Sr. presidente). Não temos medo algum de qualquer controle externo, Sr. presidente. Temos medo, sim, de que pessoas menos avisadas, como V. Exa. Mostrou ser,confundam controle externo com atividade jurisdicional (pergunte ao seu amigo Márcio, ele explica o que é). De qualquer forma, não é bom falar de corda em casa de enforcado. Evidente que V. Exa. usou da expressão "caixa-preta" não no sentido pejorativo do termo.


Juízes não tomam vinho de R$ 4 mil a garrafa. Juízes não são agradados com vinhos portugueses raros quando vão a restaurantes. Juízes, quando fazem churrasco, não mandam vir churrasqueiro de outro Estado. Mulheres de juízes não possuem condições financeiras para importar cabeleireiros de outras unidades da Federação, apenas para fazer uma"escova". Cachorros de juízes não andam de carro oficial. Caixa-preta por caixa-preta (no sentido meramente figurativo), sr.presidente, a do Poder Executivo é bem maior do que a nossa.


Meus respeitos a V. Exa. e recomendações ao seu amigo Márcio.


Ruy Coppola, Juiz do 2º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo

 

P.S.: Dê lembranças a "Michelle". (Michelle é cachorrinha do presidente que passeia em carro oficial)”

 

É... poderíamos dizer muito mais!

 

A Diretoria

 

 

QUEBRANDO TABÚS...

 

Com 1,60 metro, 26 anos, mãe de três filhos, Cleusa da Silva de Sousa arregaçou as mangas e encarou uma profissão na qual ainda não se tinha visto nenhuma outra mulher trabalhando. Ela é coletora de resíduos domiciliares da prefeitura de Americana.

 

Não é novidade que nas últimas décadas, a mulher tem invadido território classificado como essencialmente masculino, assumindo postos de trabalho na construção civil, nos postos de combustíveis e como motoristas de ônibus e caminhões. Agora a força de uma representante daquele que nunca foi o sexo frágil pode ser vista pelas ruas da cidade junto ao caminhão da coleta de lixo, complementando com batom e brincos o uniforme no setor de Limpeza Pública da Prefeitura de Americana. Totalmente demais!

 

E pensar que até há pouquíssimo tempo, as mulheres preferiam profissões mais "femininas", mas, agora, elas escolhem para suas vidas ocupações que suas mães sequer imaginavam, quebrando inúmeros preconceitos que as mantinham longe de atividades tidas como "masculinas" como cargos de chefe, ministros ou presidente, engenheiros, astronautas, oficiais do exército, eletricistas. Tudo um enorme tabu, quebrado pedaço por pedaço, pois, as profissões não são masculinas nem femininas e qualquer uma poder ser exercida igualmente por homens e mulheres, bastando ser competente.

 

Assim, para as  mulheres de hoje, que sabem de onde vem e para onde vão, sentem  orgulho de suas conquistas, sofrem as dores do parto e descobriram que TPM não é frescura, assumir um trabalho, onde antes nenhuma outra esteve exercendo atividades, nada mais é que destrinchar um pequeno desafio, nem fácil nem difícil, apenas mais um degrau a ser ultrapassado em sua constante luta por igualdade.

 

A Diretoria

 

 

Administração da Água

 

O problema do desabastecimento tem sido uma constante em Americana e região. Os técnicos do DAE já não sabem o que dizer para justificar a constante falta de água. A cada crise a causa anunciada na informação anterior é alterada, parece que ninguém sabe de nada e fica disparando para todo lado!

 

A primeira explicação foi de que o povo consumia em excesso. Um segundo motivo seria a falta de investimento devido à ausência de recursos de caixa. Com tal alegação, a direção da empresa conseguiu alterar a taxa de água para tarifa, o que lhe deu o direito de reajustar o preço todos os meses, ao invés de apenas uma vez por ano. Se tivesse havido uma melhora do problema por conta dos reajustes, muito bem... mas de nada adiantou o aumento da receita. Assim, os consumidores só podem sentir-se espoliados.

 

Para completar a Câmara de Americana vai formar uma frente parlamentar para investigar os sucessivos problemas de falta d'água no município. A autora da idéia, vereadora Maria de Lourdes Salvador dos Santos Ginetti (PDT), já fala em apoiar um sistema de racionamento, com rodízio no fornecimento de água entre os bairros, idéia bem ruim.... só sabe disso quem fica sem o precioso líquido!

 

Enquanto isso, atormentados pela falta de água,  uma legião de munícipes munidos com garrafas plásticas e garrafões, estão se enfileirando nos poços artesianos da cidade, à espera de oportunidade para conseguir um pouco de água para o consumo da família.

 

Até quando o problema irá persistir? Até concordamos que precisa haver uma conscientização da população para que não desperdice água, mas, certamente, só isso não resolveria o assunto.  É quase certo que o problema maior é a má gestão dos recursos por parte de seus administradores.

 

A Diretoria

 

 

MULHERES EAA SOMAM FORÇAS!

 

As mulheres EAA estão participando ativamente da construção de uma história feminina em busca de igualdade entre homens e mulheres, neste começo de século. Participamos da primeira edição da Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada em 2004, que teve como tema "Políticas para as Mulheres - Um Desafio para a Igualdade numa Perspectiva de Gênero". Aquele evento contou com a participação de quase 1800 delegadas das 27 unidades federativas do país e seu resultado deu origem ao Plano Nacional de Políticas para Mulheres - PNPM, que reafirmou o compromisso do governo brasileiro com a incorporação da perspectiva de gênero e raça nas políticas públicas. Na época, todo o processo envolveu 120 mil mulheres de diversos segmentos sociais.

 

Hoje, escrevemos mais um capítulo desta história, através de nossa participação na II CNPM que tem por objetivo fazer uma análise e propor mudanças sobre temas como a participação das mulheres nos espaços de poder e sobre a conjuntura social, econômica, cultural e política das mulheres brasileiras.

 

O evento reuniu mais de 3 mil participantes, das quais 2,8 mil eram delegadas, eleitas nas conferências regionais, estaduais e municipais e pelo menos 200 convidadas - Bancada Feminina da Câmara e do Senado, representantes de organismos internacionais, ex-presidentes do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, embaixadoras e integrantes das mesas.

 

As delegadas da II CNPM destacaram os avanços e os obstáculos na implementação do PNPM de 2004 até hoje. A sanção da Lei Maria da Penha foi considerada uma das grandes conquistas no enfrentamento da violência contra as mulheres. Outro destaque foi a criação da comissão tripartite para a revisão da legislação punitiva contra o aborto e o encaminhamento de um projeto ao Congresso. Porém, o não cumprimento das normas federais de padronização de procedimentos pelas Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), a não redução da mortalidade materna, a descontinuidade da tramitação do projeto de lei de interrupção voluntária da gravidez, além da inexistência de um orçamento de gênero no Plano Plurianual do governo federal, foram apontados como desafios a serem superados nessa nova etapa do PNPM.

 

A  II CNPM aprovou a incorporação de cinco novos eixos para o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres: desenvolvimento sustentável; direito das mulheres à terra e  moradia; cultura, comunicação e mídia  não discriminatória; enfrentamento a todas as formas de discriminação, entre elas o racismo, o sexismo e a lesbofobia; políticas que assegurem a igualdade de tratamento entre mulheres de diferentes idades e gerações.

 

A participação das mulheres trabalhadoras EAA neste processo é importante para somar forças que sejam suficientes para estabelecer a manutenção e ampliação das conquistas e contribuir com as políticas públicas voltadas para as mulheres, tornando-as uma ação permanente do Estado democrático brasileiro.

 

A Diretoria

 

 

VITÓRIA E DESAFIOS...

 

Completou um ano a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) que trata da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, mas ainda hoje boa parte da população, especialmente mulheres, não conhece este novo direito ou possui dúvidas a respeito. A lei surgiu para estabelecer mecanismos que coíbam a violência doméstica contra a mulher, casos de lesões corporais,  difamação,  calúnia, estupros, brigas, assédio sexual, atentado violento ao pudor, entre outros.

 

A violência contra mulheres no âmbito doméstico é mais freqüente do que se imagina. Um em cada 5 dias de falta ao trabalho tem como causa a violência sofrida pelas mulheres dentro de casa, segundo estudos do Banco Mundial. Precisamos virar este jogo, pois, uma sociedade justa e igualitária não pode tolerar que uma mulher seja agredida quando o amor vira ódio, ou a cada vez que o álcool provoca  a ira ou quando um sujeito tenha um dia de cão.

 

As denúncias aumentaram, mas a justiça ainda não tem estrutura para julgar com rapidez os agressores. Um ano depois de promulgada, a maior dificuldade para fazer a lei Maria da Penha ser cumprida acontece quando os processos chegam à justiça. Apenas 15 estados brasileiros têm juizados especializados em casos de violência contra mulher.

 

O combate a violência contra a mulher é uma tarefa que exige intenso envolvimento e compromisso do Estado e da sociedade brasileira, sendo necessário um urgente ordenamento jurídico adequado e coerente com as expectativas e demandas sociais, que atendam a aplicação da lei de enfrentamento à violência contra as mulheres.

 

A Diretoria

 

 

CULPA E DESCULPA

 

Entre a culpa e a desculpa o governo Lula segue, sem receio, seu principal objetivo que é cumprir o agressivo esquema de marketing político que vem sustentando a “boa imagem” do presidente em meio a tantas crises de incompetência de seus ministros e assessores, que entre algumas pérolas nos aconselham a relaxar e gozar ou afirmam que a crise aérea é sinal de prosperidade ou se regojizam ao perceber que podem jogar a culpa adiante. Seria engraçado não fosse trágico e sinal de mau caráter!

 

Na verdade o  caos aéreo de hoje é um sintoma de todo caos administrativo que vive o estado brasileiro. O espetáculo do crescimento, prometido e alardeado com grandes pompas no início do primeiro mandato, não veio, perdeu-se pelo caminho. Iniciado o segundo mandado nos prometem o PAC,  nota 10 na teoria, mas na prática, nem vai se achar, para poder perder-se depois pelo caminho. Continuamos vivendo a mesma inércia do primeiro mandato lulista, com perspectivas de escassas realizações e muito mais escândalos e suspeitas.

 

A eterna crise que os cidadãos suportam mistura problemas de gestão, incompatibilidades, interesses e precipitações das autoridades, agravada pelos gastos superfaturados e pela falta de foco na aplicação dos recursos públicos durante décadas, refletindo-se em todas as áreas da sociedade.

 

Ao invés de confiar nos amigos (que constantemente o traem), o presidente deveria entregar a administração a profissionais que possuam competência política, técnica, ética, científica, para desenvolver projetos mais eficientes, obedecendo as funções básicas da Administração: planejar, organizar, liderar, coordenar e controlar. Talvez o pessoal do marketing, o único time realmente competente desta gestão, pudesse até ajudar.

 

De qualquer modo, seria bom lembrar que “Justiça Social também é isto: cada um arca com os custos de suas ações sendo recompensado por elas. No caso de falhas, a recompensa é negativa. Nada mais justo”.

 

A Diretoria

 

 

PREVENIR É O MELHOR REMÉDIO!

 

O afastamento de trabalhadores de Limeira pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por acidente de trabalho registrou um aumento de 45% entre janeiro e julho deste ano quando comparado com igual período do ano passado. A informação é da gerência regional do INSS de Piracicaba, à qual a agência de Limeira está subordinada. Em 2006, segundo os números divulgados, durante os sete primeiros meses do ano, foram concedidos 261 benefícios de auxílio-doença por acidente de trabalho. Já em 2007, no mesmo período, este número saltou para 380. Atualmente, 400 trabalhadores são atendidos pelo benefício.

 

Acidente do trabalho, para a Previdência Social, é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Há números incríveis e alarmantes sobre a quantidade de acidentes que ocorrem por ano no Brasil, fornecidos pela OIT – Organização Internacional do Trabalho,


Para prevenir a ocorrência de acidentes, a lei prevê a criação da CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes dentro das empresas, a fim de possibilitar a fiscalização, pelos trabalhadores, de que a empresa está cumprindo as normas de higiene e segurança do trabalho.


Além dos acidentes tipo quebrar um osso, ou machucar-se em uma máquina, também são considerados acidentes as doenças adquiridas no trabalho, como a lesão por esforço repetitivo, também conhecida como LER. Transtornos neuróticos, do tipo "Neurose Profissional", que acarretem problemas relacionados com o emprego e com o desemprego; mudança de emprego; ameaça de perda de emprego; ritmo de trabalho penoso; desacordo com patrão e colegas de trabalho (como condições difíceis de trabalho), também podem ser encarados como acidente do trabalho.


Ao contratar o empregado a empresa deve responsabilizar-se pela saúde, segurança e bem-estar do mesmo, deve proporciona-lhe um espaço limpo e arejado, instrumentos de proteção, de acordo com a função exercida por cada um, além de submetê-lo a exame médico admissional e conseqüentemente a exames periódicos realizados pelo médico da empresa. Como diz o ditado popular “prevenir é o melhor remédio”.

 

Por parte dos governos também é sempre bom lembrar que é necessário haver uma política mais incisiva para a prevenção de acidentes e doenças provocados pelo trabalho.

 

A Diretoria

 
 

Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região

Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado!