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EDITORIAIS
“A melhor mensagem de final de ano é aquela que sai de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida!
E, nessas andanças pela existência, vamos aprendendo muitas coisas. Aprendemos a ser pessoas alegres, a viver em paz com as outras pessoas, a sempre falar bem delas; aprendemos a ser gente em quem se pode confiar, aprendemos a ter domínio próprio, a não fraquejar quando as adversidades da vida se abatem sobre nós, a manter sempre viva a chama da esperança e da fé no meio onde vivemos e trabalhamos. Aprendemos a ser cidadãos e cidadãs que lutam pelo bem da cidade onde vivemos.
E aprendendo, descobrimos que a mensagem que o mundo hoje precisa com urgência se resume em uma palavra: reconciliação! Com este sentimento no coração somos capazes de sair de casa e assumir a nossa cota de serviço para mudar este mundo; arriscamos reatar as relações com quem supostamente estávamos brigados; somos desafiados a renovar nossa comunidade, ultrapassando fronteiras geográficas, étnicas, sociais, culturais, etárias e capazes de sonhar com uma nova sociedade, onde as pessoas mais simples serão respeitadas. Pela reconciliação do homem, consigo mesmo, faremos o possível e o impossível para que este mundo tenha jeito!“
QUE O ANO NOVO, SEJA UM ANO, REPLETO DE RECONCILIAÇÕES!
A Diretoria
No dia 19/11/1991 foi realizada a assembléia de fundação do SEAAC de Americana. Passaram-se 15 anos, desde então, mas as lembranças continuam vivas em nossa memória. Marli, Liliana, Lúcia, Nádia, Maria Antonia, Cláudia, Mary, Alessandra, Maria de Fátima, Gislaine, Mônica, Ângela, Lucimar, Márcio e Helena eram os trabalhadores que no 1o ano de mandato acreditaram no propósito da fundação de uma entidade de classe que viesse atender aos trabalhadores de Americana, que naquela época pertencia à base de Campinas.
Com o auxílio dos companheiros do Sindicato dos Empregados no Comércio - SEC, Valdir, Roberto e em especial Cláudio, que acreditaram em nossa proposta, realizamos a primeira assembléia, na sede do Sindicato dos Têxteis. Tudo aconteceu em ordem a harmonia, realizando finalmente o desejo dos trabalhadores que há muito queriam um sindicato baseado em Americana.
Daí por diante foi uma grande luta, trabalhando em local emprestado pelo SEC, onde atendíamos aos nossos representados. Também contamos com o apoio financeiro do SEC, com a ajuda valiosa de meu ex-companheiro José Martin, que acreditou em nosso trabalho, sempre me encorajando e segurando as pontas em casa. Tivemos a colaboração dos amigos Dr. Pedro e em especial Dr. Machado, que nos assessoraram juridicamente por muito tempo, gratuitamente e sempre com atenção. Foi um primeiro mandado de muito trabalho e poucos recursos.
Em 1993, buscamos a Gislaine, que continua conosco até hoje, na Diretoria de Finanças, sempre uma grande companheira. Em seguida chegou Antonia, hoje na Secretaria Geral. Foi naquele momento que nos filiamos à Federação dos Empregados de Agentes Autônomos no Comércio do Estado de SP - FEAAC, por intermédio e ajuda do companheiro Lourival Figueiredo Melo, hoje presidente da entidade.
Chegamos ao 2o mandato conquistando por conta de nosso esforço e dedicação mais 24 e quatro cidades em nossa base territorial, incluindo Limeira e Piracicaba, com o apoio do Sindicato de Campinas, presidido pelo companheiro Severino. Nesta altura, Dr. Pedro e Dr. Machado seguiram outros rumos e veio somar-se a nós Dr. Robson Cesar Sprogis, um grande amigo preocupado com as causas dos trabalhadores, que nos acompanhou por muito tempo. A diretoria também mudou e juntaram-se ao Seaac, Silvia, Genivaldo, Vlaici, Reginaldo, Madalena e Maria Aparecida, trabalhadores com almas sindicalistas, empenhados em reivindicar melhores condições de trabalho e de vida para nossos representados. Neste 2o mandato nossa meta principal era abrir subsedes nas cidades de Limeira e Piracicaba, o que conseguimos com a dedicação de todos. Começamos a realizar Encontros Regionais da Categoria e da Mulher Trabalhadora, construindo um sindicato forte e engajado na causa feminina.
Chegamos ao nosso 3o mandato e com ele os companheiros Jair, Lourdes, Flávia, Márcia. Nosso desafio maior: não permitir a flexibilização de direitos trabalhistas que conquistamos a duras penas. Nossas responsabilidades aumentam a cada crise que assola o país. Fazemos nossas negociações, realizamos assembléias, precisamos de sabedoria para discernir e compreender o que é melhor para os trabalhadores que representamos, sem esquecer de analisar também a situação da empresa que precisa sobreviver para poder empregar.
Hoje, em nosso 4o mandato, Gislaine, Antonia, Lourdes, Eduardo, Vlaici, Edvânia, Maria, Jair, Ivani, Reinaldo, Amauri e Amélia estão de mangas arregaçadas, trabalhando duro pelos companheiros, que sabemos, esperam muito de nós e somam cerca de 10 mil trabalhadores EAA na região. Estamos instalados em uma boa sede, as subsedes facilitam a vida dos trabalhadores mais distantes, oferecemos serviços e benefícios aos associados. Somos uma entidade forte e participativa, capaz de enfrentar o patronato, defendendo os direitos dos empregados, como estamos fazendo neste momento, levando o Sescon aos tribunais para garantir salários dignos e benefícios aos trabalhadores de contabilidades e assessoramento. E vamos vencer, temos certeza. Hoje, o SEAAC participa ativamente na direção da FEAAC, na Força Sindical Estadual, no Conselho Municipal da Mulher de Americana e não perde nenhuma ocasião ou evento em que possa auxiliar na causa dos trabalhadores e das mulheres.
Temos orgulho da entidade que estamos construindo!
Helena Ribeiro da Silva Presidenta
VENCENDO A VIOLÊNCIA MASCULINA
O lavrador Moacir Tomaz dos Santos, 35, de Americana, foi o primeiro agressor preso na região em decorrência de prisão preventiva respaldada na lei federal 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha. Ele é acusado de ter agredido a companheira com socos no braço e cabeça e tapas no rosto. (Todo Dia)
De acordo com dados da Polícia Civil, de janeiro a setembro deste ano, cerca de 1,5 mil mulheres registraram queixas contra os companheiros, em Americana, entretanto, o número de ocorrências deve ser maior, pois, em muitos casos as mulheres são dependentes do homem e sentem-se amedrontadas para pedir ajuda.
Infelizmente, o medo é uma emoção que acompanha sempre o ser humano e interfere em sua conduta tanto no bom sentido, quanto também nas inclinações ruins. O medo exagerado é uma doença e precisa ser tratado, pois, o medroso é uma pessoa em constante estado de estresse e sofrimento, que tem seu julgamento da realidade prejudicado e sua evolução na vida truncada. Através do medo os homens têm mantido durante milênios a sociedade patriarcal em que ainda vivemos hoje. A prática da violência masculina tem sido passada de geração em geração, sendo absolutamente democrática: não escolhe perfil social, atingindo mulheres de todos os níveis e idades.
Em pleno século 21 muitas mulheres não têm ainda coragem de romper as barreiras da violência por causa da dependência financeira. Mas esse jogo está virando, graças a um importante trabalho de conscientização feito junto a elas pelos governos e organizações não governamentais para demonstrar que podem se defender. E tem dado certo! As mulheres que vão à delegacia denunciar a violência doméstica vencem o medo e o preconceito e descobrem que não estão sozinhas.
Nossa comunidade também está se mexendo para dar um basta nisso. O Conselho Municipal de Defesa da Mulher, em conjunto com a Delegacia Seccional de Americana e o apoio do Seaac promoveu fórum para debater a lei, com o objetivo de discutir a viabilização de sua aplicação efetiva em nossa cidade.
Desse modo, passo a passo, vamos assumindo - suavemente e não sem fortes resistências - uma forma mais feminina de organizar a sociedade e dar um rumo novo ao mundo em que vivemos!
A Diretoria
RESPEITANDO AS DIFERENÇAS!
Em 20 de novembro de 1695 foi assassinado Zumbi, um dos últimos líderes do Quilombo dos Palmares, que se transformou em um grande herói da resistência negra ao escravismo e da luta pela liberdade no Brasil.
Nesta data é comemorado o “Dia Nacional da Consciência Negra” um chamamento para todos os brasileiros e brasileiras que lutam por uma sociedade de fato democrática, igualitária, unindo toda a classe trabalhadora num projeto de nação que contemple a diversidade embutida no nosso processo histórico.
A cada ano que passa, essa data tem sido reconhecida e relembrada com mais intensidade, não apenas no dia 20, mas durante todo mês de novembro, quando acontecem, em todo país, diversas celebrações, manifestações e momentos de resgate da história e da cultura afro. Escolas, universidades, igrejas, comunidades, aos poucos começam a aderir a essa nova consciência e novos espaços estão sendo abertos para uma reflexão afirmativa sobre esse tema.
Nada mais justo, afinal o negro é o elemento que maior contribuição trouxe à formação da cultura brasileira. “Nos porões dos navios negreiros, já vinham os germes do samba, do frevo, do candomblé, do carnaval, do culto à Iemanjá, do sabor quente e forte de nossa comida, além de crenças e hábitos os quais nos acostumamos tanto, que nem paramos para pensar de onde vêm. Mas hoje, mais de um século depois de outorgada a abolição da escravatura, ainda podemos acompanhar a luta das ONGs com a questão racial para mudar a imagem social do negro no País.“ (Simoneuza Oliveira)
Respeitar as diferenças, sejam elas religiosas, culturais, étnicas ou raciais, é fundamental para a construção de uma sociedade justa e igualitária. A diversidade étnico-racial é uma das grandes riquezas brasileiras e precisa ser preservada e valorizada.
A Diretoria
Atmosfera de boa vontade!
Falta pouco mais de dois meses para a noite de Natal, mas muitos lares da região já se movimentam para o que a festa tem de mais bonito - as luzes. Artistas e comerciantes iniciam as compras e a confecção de lâmpadas e enfeites que a partir do mês que vem irão enfeitar as fachadas e as ruas, como a aposentada Aurora do Amaral Lejne, de 92 anos e seu filho, Francisco Carlos Lejne, que todos os anos dedicam várias horas e pelo menos 32 mil lâmpadas à montagem do presépio caseiro que já se tornou ponto turístico na Rua Xavantes, no bairro Nova Americana. (O Liberal)
Ah, como a época do Natal é linda! A atmosfera de boa vontade envolve a todos, tornamo-nos mais sensíveis, procuramos abraçar mais, somos mais gentis, somos todos tocados de uma forma ou de outra por esta data tão especial.
Isto nos lembra que “a boa vontade é o único bem que é somente bom e ao qual não cabe nenhuma restrição... se a boa vontade não for atitude prévia a tudo que pensarmos e fizermos, será impossível criar uma base comum a todos. Se malicio tudo, se tudo coloco sob suspeita e se não confio mais em ninguém, então será impossível construir algo que congregue a todos. Dito positivamente: só contando com a boa vontade de todos posso construir algo bom para todos. Em momentos de crise é a boa vontade o fator principal de união de todos para uma resposta que supere a crise.
É por isso que devemos estender a todos os dias do novo ano, o mesmo clima de boa vontade que sentimos à época do Natal!
A Diretoria
SEU DIA-A-DIA EM JOGO!
Seria engraçado, não fosse triste!. O Brasil está parecendo uma grande piada. Embora o grande General francês tivesse suas razões para dizer que este não é um país sério, é lamentável que uma nação seja assim rotulada, quando na verdade apenas a elite governamental é que merece tal pecha.
A contínua crise política que temos vivido nos dois últimos anos, deixou desiludido um povo que apostou em um outro modelo de governo, que no final das contas mostrou-se pior que seus antecessores.
Conclusão, no pleito de 1º de outubro, políticos notoriamente envolvidos em assuntos de corrupção foram novamente eleitos, enquanto aspirantes amparados apenas na sua fama artística também conseguiram embarcar no trem da alegria, por conta da ignorância e desilusão de alguns milhares de eleitores. Ainda nos resta o 2º turno da eleição, momento de grande importância uma vez que vamos escolher o condutor da locomotiva. Se a escolha for boa, os vagões andarão nos trilhos.
A esta altura é impensável achar que “isso não tem nada a ver comigo”. Tem isso, somos os donos deste país e precisamos deixar de sentir vergonha de nossos governantes. Se por um lado escolhemos errado e nossos “funcionários” abalam o país gerando escândalos, por outro lado a crise política nos sacode e nos tira da zona de estupor, nos impelindo a repensar nossas escolhas.
Neste contexto um voto pode fazer a diferença, pois ele é decisivo em nossas vidas. “Não o desperdice com quem não merece, não o anule nem se omita nesse momento de convocação nacional. O que está em jogo é o seu dia-a-dia, o dia-a-dia de todos os brasileiros. É o preço do pão, dos remédios, do transporte; é a qualidade do ensino, da saúde, de segurança pública. Com o seu voto, você decidirá se pagaremos mais ou menos impostos, se haverá moradia e emprego para quem precisa”.
A Diretoria
Desafios da mulher no “Clube do Bolinha”
Os desafios enfrentados pelas mulheres para que possam atuar no meio sindical são extremamente difíceis de vencer, mas elas são persistentes, sabem o que querem, onde desejam chegar, sabem qual é sua importância no mercado de trabalho, sabem qual fator irá fazer com que sejam reconhecidas pelo mérito que realmente têm e por conta disso, arregaçam as mangas e saem para a luta....
Quebrar preconceitos e incentivar novos comportamentos; conciliar a dupla, tripla ou até quádrupla jornada; conquistar espaço e credibilidade; possuir determinação para auto-formação educacional, sindical e política; incentivar a inserção de mais mulheres no movimento sindical; preparar-se para discutir sobre política partidária; não perder a sua identidade; conseguir a compreensão e o apoio familiar; administrar conflitos pessoais e sociais; manter a qualidade de suas vidas; conquistar espaço e visibilidade são alguns destes desafios.
O meio sindical sempre foi considerado de e para os homens, um verdadeiro “Clube do Bolinha” mas hoje, as mulheres somam 52% da população mundial, sendo 40 milhões de brasileiras economicamente ativas ao lado de 52 milhões de homens; portanto, como reafirmar que o meio é só para homens? Ora, se o movimento defende os direitos do trabalhador e sua qualidade de vida, temos de quebrar estes preconceitos, refazer paradigmas e abrir espaços para que a mulher possa inserir-se cada vez mais no segmento e lutar pelos seus direitos de trabalhadora e cidadã.
Assim, torna-se preemente para as mulheres engajadas nesta luta sensibilizar os dirigentes sindicais homens em relação às questões de gênero; dominar as temáticas que dizem respeito à organização sindical e as condições estruturais e conjunturais políticas e econômicas do país; conhecer sobre negociações coletivas e seus instrumentos normativos; dominar o conteúdo sobre a reforma sindical; lutar pela efetiva participação de uma bancada feminina na discussão dos temas sindicais, sociais e políticos, sedimentando deste modo sua credibilidade junto a homens e mulheres.
Apesar de todas as dificuldades, hoje na sociedade não existe um grupo mais preparado que as mulheres que estão do meio sindical, que mostram competência, capacidade para desenvolver um trabalho, conhecimento de suas causas, poder de argumentação e defesa em relação à sua participação efetiva nos diversos segmentos da sociedade. Cada uma destas mulheres lutadoras entende que para vencer e convencer precisa saber defender sua causa, ter conhecimento de sua causa... sentir paixão pela sua causa!
A Diretoria
AMEAÇA CHINESA...
A manifestação em defesa do setor têxtil, realizada na entrada de acesso a Americana, na Via Anhangüera foi pacífica e reuniu trabalhadores empresários, e autoridades representantes de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara e Sumaré.
Durante muitas décadas, os países ricos do mundo apostaram nas grandes corporações neles sediadas para fortalecer o jogo da globalização neoliberal. Agora, este jogo, pelas suas próprias regras, está se revelando um grave risco contra governos e trabalhadores. Isto porque as empresas transnacionais neles originadas mostram lealdade apenas com seus acionistas: para elas é indiferente se oferecem seus empregos "em casa" ou em algum país distante. O importante é vender pelo melhor preço e realizar o máximo lucro.
Entre os perdedores da globalização neoliberal estão países emergentes como o nosso e trabalhadores que exercem profissões que podem ser deslocadas de região, devido a competitividade maior de outras áreas do mundo.
Neste cenário emerge no mercado internacional, como grande ameaça e com um vigor imprevisto, o país mais populoso do mundo: a China, que cresceu 10,9% nos primeiros seis meses do ano, aumentando a produção industrial em 19%. Infelizmente estes números magníficos são artificiais. Parte desse crescimento é exportação e parte da exportação é resultado da falsa competitividade que dá o câmbio fixado artificialmente. A moeda deles deveria já estar bem mais valorizada se os manuais econômicos valessem lá: eles terão esse ano 130 bilhões de dólares de superávit comercial e já acumulam 900 bilhões de dólares de reservas. Se flutuasse, a moeda teria que estar bem mais alta em relação ao dólar e isso reduziria suas exportações.
Infelizmente, o crescimento chinês é a maior ameaça ao meio ambiente natural, econômico e social do planeta. O carvão é a principal fonte de energia, as regras de proteção ao meio ambiente não são respeitadas, a força de trabalho é barata e com pouca regulação. O crescimento chinês ameaça e não apenas a indústria de têxteis do Brasil, ameaça o planeta!
A Diretoria
UNIR E FORTALECER PARA TER ATENÇÃO!
As cidades de Americana, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré, Nova Odessa e Monte Mor devem integrar o consórcio municipal que vai estudar as alternativas técnicas para a instalação de uma Usina de Processamento de Lixo e Co-geração de Energia. A usina seria responsável pela transformação do lixo orgânico e hospitalar dos municípios em energia elétrica e créditos de carbono, substituindo os aterros sanitários. A proposta de criação do consórcio intermunicipal foi feita durante o encontro de autoridades das cidades interessadas, realizado no plenário da Câmara de Americana, com a presença do especialista em política de saneamento ambiental.
Com o crescimento rápido dos centros urbanos, o lixo produzido nas 19 cidades que integram a Região Metropolitana de Campinas (RMC) passou a causar grandes problemas. As lideranças estão se conscientizando de que é necessária uma articulação regional em torno desta questão.
Apesar de algumas providências do Governo Federal e prefeituras de várias cidades, alguns municípios da região ainda continuam com a prática tradicional de deposição do lixo, sem qualquer cuidado sanitário, causando poluição em áreas significativas, bem próximas às moradias. Vale ainda lembrar que os 19 municípios da RMC, produzem diariamente mais de mil toneladas de lixo doméstico.
E... são inúmeros os problemas ambientais e de saúde provocados pelo excesso de lixo que há anos contamina solo e água subterrânea, gerando um empobrecimento social que afeta a população vizinha aos aterros, causando danos para a saúde, desnutrição, consumo de comida estragada, alto índice de utilização de crianças nas atividades, falta de documentação e acesso aos serviços públicos, além de outros conflitos vivenciados em nossa região.
Hoje temos modernas técnicas que permitem que todo o lixo seja reciclado de forma economicamente viável, mas para isso, é fundamental que haja o entrosamento entre as entidades públicas e a iniciativa privada, pois a viabilização econômica passa pelo uso de verbas que, de outra forma, seriam destinadas à correção de vários problemas ambientais, manutenção dos aterros sanitários e gastos com saúde pública, entre outros.
Também é preciso uma postura de entendimento, confiança e suprapartidarismo dos prefeitos dos 19 municípios que compõem a RMC, pois, só a gestão metropolitana tem forças para obter maior atenção junto ao governo do Estado, até porque a RMC é a segunda região mais industrializada e populosa de São Paulo.
Esperamos que esta iniciativa da usina de processamento de lixo, seja forte bastante para sair do campo das idéias, tornando-se prática comum, onde necessária.
A Diretoria
Não gostamos de falar de violência, mas ela instalou-se no nosso dia-a-dia. Pior, está se tornando normal, incorporando-se aos inúmeros problemas que o brasileiro já está acostumado a empurrar com a barriga.
Neste começo de agosto, passamos pela 3ª onda de violência deflagrada pelo PCC, no Estado de SP. O caso mais grave em nossa região ocorreu no 3º Distrito Policial de Sumaré, onde um veículo derrubou a porta de entrada e, em seguida, marginais jogaram uma bomba. Bombas atingiram duas agências bancárias em Santa Bárbara d’Oeste, o portal de entrada de Sumaré e duas bases das Guardas Municipais, em Americana e Nova Odessa.
Uma vergonha paulista, exportada para o Paraná e Mato Grosso, que nosso governo não tem competência para erradicar. O crime organizado está de fato organizado, enquanto o governo desorganizado se torna presa fácil dos mafiosos de plantão.
Enquanto isso, a violência doméstica também continua fazendo inúmeras vítimas, estimulando crianças e adolescentes a viver nas ruas, opção menos ruim que os maus-tratos corporais, castigos físicos, violência sexual e conflitos domésticos. As mulheres também sofrem violência em ambientes domésticos e familiares e, segundo as estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada quatro mulheres é vítima de abusos sexuais cometidos por seu parceiro ao longo da vida.
Os animais também não escapam desta onda maligna, sendo maltratados por seus donos que, além de não fornecer alimentação adequada, os agridem, sujeitando-os a situações penosas e inacreditáveis, pois a maldade sem punição é infinitamente degenerada e criativa.
Como explicar satisfatoriamente esse caos de violência que vivemos? Qualquer tentativa de explicar o que está acontecendo passa infalivelmente por causas sociais, econômicas e falhas políticas monumentais, mas não são suficientes para explicar como pode o ser humano trazer dentro de si tanta violência e maldade. Na verdade, diante da violência cotidiana, nossos sentidos ficam embotados, tudo torna-se normal e a tendência do ser humano é responder violência com mais violência, permitindo que este mal que está à sua volta, se instale dentro de si. E neste caso, estamos mesmo perdidos!
A Diretoria
A conquista do voto pelas mulheres, fruto da coragem, tenacidade e sacrifícios, é uma demonstração admirável do quanto elas podem realizar, quando se dispõem a lutar.
O poder para decidir o rumo do país nas eleições de 2006 está nas mãos das mulheres, fato confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que divulgou em 11/7/06 o número final de eleitores aptos a votar nas próximas eleições: são 125.913.479. Do total, 64.882.283 (51,53%) são mulheres e 60.853.563 (48,33%) são homens.
Nunca o eleitorado feminino teve tanta expressão política. Em cerca de 10 das 27 Unidades da Federação, as mulheres estão em maioria. Se quiserem se eleger, os candidatos precisarão dar atenção redobrada às eleitoras de Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rio de Janeiro, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Sergipe. No Nordeste, as mulheres são praticamente absolutas.
Assim sendo, apesar de sabermos que as mulheres são mais exigentes, cobram muito mais e não perdoam promessas não cumpridas... ainda assim precisamos lembrar que votar é coisa muito séria, votar corretamente é um dever cívico. É um exercício de liberdade e responsabilidade. O voto deve ser dado de forma consciente e consciência não se compra, não se vende.
O voto é uma procuração: damos ao eleito poderes para agir em nosso nome. Por isso é preciso saber escolher. É vergonhoso votar em um amigo incompetente ou em quem compra o seu voto. Nosso apoio eleitoral deve chegar aos candidatos que tenham, de fato, compromisso com nossas reivindicações e nossos ouvidos devem estar bem atentos para nos prevenir de discursos falsos e promessas fáceis.
É de suma importância o exercício do voto consciente por parte das(os) trabalhadoras(es) EAA, para a defesa de seus interesses e direitos.
A Diretoria
SAÚDE DA SAÚDE
Os sete aparelhos de eletrocardiograma de Sumaré estão sucateados e constantemente quebrados. No começo de julho/06, dos sete equipamentos da Secretaria de Saúde, apenas três funcionavam. A quebra constante dos equipamentos obriga os usuários a aguardarem na fila de espera para fazer o exame ou percorrerem outras unidades à procura de aparelhos em funcionamento.
O Brasil é um país com grandes desigualdades econômicas e sociais e com altos níveis de exclusão social para determinados setores de nossa população. Estas desigualdades ocorrem não somente entre as grandes regiões do país, mas também a nível local. Os reflexos dessas desigualdades se fazem sentir em todos as dimensões da vida dos brasileiros e em particular na área da saúde. Uma parte destas desigualdades se deve a disparidades no acesso e utilização dos serviços de saúde pública.
No caso do Brasil, com o alto grau de descentralização das ações na área de saúde e social e com a possibilidade de criar mecanismos de pressão para dirigir as políticas nacionais na direção da igualdade, é importante criar “observatórios da saúde pública” a nível dos municípios e no caso da Região Metropolitana de Campinas, para desenvolver técnicas de avaliação do impacto das políticas públicas e orientá-las com o objetivo de diminuir os problemas que a área enfrenta diariamente. Este é um projeto desenvolvido dentro da Unicamp. A teoria, como sempre é muito boa, está faltando só a prática.
A Diretoria |
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Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado! |