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OLHO NO OLHO
MENSAGEM
PARA VOCÊ!
Se pudesse deixar algum presente à você deixaria
aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo afora.
Lembraria os erros que foram cometidos pra que não mais se repetissem.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:
Além do pão... o trabalho.
Além do trabalho...a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo:
o de buscar no interior de si mesmo
a resposta e a força para encontrar a saída.
(Mahatma Ghandi)
Desejamos a todos um Feliz Natal e um próspero
Ano, repleto de justiça social!
A Diretoria
INTERATIVIDADE
Hoje, apesar dos problemas de inclusão digital que ainda existem no país, a
internet é considerada o meio de comunicação mais democrático da atualidade. Seu
alcance supera a tiragem dos jornais diários no Brasil.
Os
telecentros, as
lanhouses
e os programas de financiamento de computadores aliados a políticas municipais
de abertura de sinais sem fio gratuitos estão permitindo que a Internet avance
em direção à maioria da população.
Tudo
pode e deve ser discutido através da internet. A credibilidade da web vem da
reputação dos sites e blogs que garantem uma diversidade de informações e
opiniões sem precedentes, todos comprometidos com a manutenção de uma reputação
honesta, único item que lhes garante audiência.
Portanto, hoje, uma entidade que não está conectada com seu público na web, está
completamente fora de sintonia com o cenário de comunicação no qual vivemos. E,
a tendência é de uma comunicação que caminha em uma via de mão dupla, ida e
volta de informações, falando e recebendo respostas e questões. A rede digital
hoje, exige interatividades e este é um caminho sem volta.
As
entidades tem de se abrir para atuar através de sites, blogs e redes sociais,
sem medo de enfrentar questionamentos e sempre com respostas claras quando
confrontadas. Nem pensar em enganar o leitor, uma reputação perdida na internet,
dificilmente pode ser recuperada!
A
diretoria
SINDICATO FAZ
ANIVERSÁRIO?
Há 20 anos comemoramos no dia 19 de novembro a
existência de uma idéia, que nasceu de um grupo de pessoas em um determinado
momento na sua relação de trabalho. Idéia pautada na necessidade de ser
representado nas questões trabalhista de “outra maneira”.
Essas pessoas se reuniram, encontraram outras com o
mesmo desejo e foram em busca daquilo que consideravam mais adequado em relação
aos direitos conquistados e aqueles que ainda estavam por vir. Esta idéia
coberta de vontades, cercada de muito suor e dedicação gerou frutos. E são
exatamente os frutos plantados, cuidados e colhidos por essas pessoas que
comemoramos a cada ano.
Momentos como as datas comemorativas que marcam a
nossa jornada histórica, servem para refletir sobre as escolhas e aprofundar as
buscas. O conjunto de razões que nos guiam desde o início, antes mesmo do nome
“SEAAC” existir, é nossa bússola, incluindo desde o mais simples
atendimento telefônico até a mais complexa negociação de direitos para os
trabalhadores.
Este ano temos muitos frutos desse ideal para
festejar. Como sabemos, os sindicatos assumem atualmente um papel primordial na
nossa sociedade face às graves crises econômicas e políticas que assistimos; é
vital no equilíbrio de duas forças: trabalho e capital. E faz tudo isso a partir
da sua atuação na sociedade e nas negociações de direitos.
Portanto, o SEAAC de AMERICANA e REGIÃO se
considera vitorioso no âmbito das negociações individuais e coletivas, por fazer
valer os direitos conquistados, quando necessário através das ações de
cumprimento, ainda que muitas vezes, por isso, algumas armas se voltem contra a
organização dos trabalhadores.
Como entidade sindical sabemos da necessidade de
participar ativamente da sociedade e, ampliando nosso olhar, defender políticas
públicas adequadas em todas as áreas, participando da construção de uma lógica
social na qual nossas conquistas tenham de fato eficácia, por isso participamos
dos Conselhos de Direitos.
Além de um atendimento humanizado, o SEAAC oferece
parceria com Salões de Beleza de alta qualidade; mantém todo ano na “volta às
aulas” o fornecimento de material escolar paras os filhos dos associados e
associadas; participa de Campeonato de Futebol, além de muitas outras atividades
de formação e qualificação.
E é exatamente o aniversário deste ideal que
comemoramos, o aniversário da associação de trabalhadores que tem como função
defender os seus interesses e direitos. Assim sendo, é claro que um sindicato
faz aniversário, sim!
Helena Ribeiro da Silva
Presidenta
Completamos 20 anoS
DE CONQUISTAS!
Dia 19 de novembro é o dia do
aniversário de fundação do SEAAC de Americana e Região e temos motivos para
comemorar!
O SEAAC AM, por si só, já é uma
grande conquista, pois, foi forjado pela necessidade dos trabalhadores de terem
uma representação sólida frente aos patrões e a sociedade. Nossa luta, em
todos estes anos, para representar tantos trabalhadores com dignidade e defender
a qualidade de trabalho e de vida das categorias que assumimos tem sido
constante embora algumas vezes os avanços sejam lentos. Mas avançamos!
Hoje, representamos 14
categorias profissionais e aprendemos a duras penas a negociar em mesas
inflexíveis. Temos nos preparado a cada ano com afinco para alcançar nosso
melhor desempenho frente aos patrões. Os resultados se confirmam através de
convenções coletivas que melhoram paulatinamente a vida do trabalhador e
melhorando a vida do trabalhador estamos melhorando a vida de nosso país.
Temos trabalhado também para
fazer de nosso Sindicato uma entidade cidadã, preocupada não somente com os
problemas do trabalho, mas também com os problemas sociais que atingem os
trabalhadores. Estamos engajados em campanhas de prevenção à aids, de combate à
violência contra a mulher, distribuímos kit escolar para nossas crianças,
informamos os assuntos de interesse direto do trabalhador e sempre que possível
pensamos no lazer, pois ninguém é de ferro.
Participamos também das grandes
manifestações em defesa do emprego, da redução da jornada de trabalho, pelo fim
do fator previdenciário, pelo aumento do salário mínimo e das discussões com
integrantes dos governos, fortalecendo desse modo a luta dos trabalhadores por
uma sociedade mais justa e igualitária.
Assim, após 20 anos de
existência, temos um sindicato forte e participativo, que sabe como deve ser sua
postura política no âmbito das negociações e sabe utilizar os instrumentos de
luta no seu devido momento.
Você trabalhador e os membros do
sindicato, que se dispõem voluntariamente a lutar pelos interesses da categoria,
seja na base, seja na diretoria, seja frente à sociedade, estão de parabéns por
esses significativos 20 anos!
A Diretoria
A CONTABILIDADE
DOS DIREITOS TRABALHISTAS
O SEAAC de Americana e Região encontra-se
hoje em um momento confortável, em que pode
dividir com os trabalhadores as conquistas
da categoria de Contabilidade e
Assessoramento. Acreditamos que quando o
Sindicato conquista algo importante através
da Convenção Coletiva de Trabalho está
alterando as vidas dos trabalhadores e
trabalhadoras para melhor, mas, além disso,
está mudando a história do país.
É difícil computar quanto nas últimas
décadas os direitos trabalhistas avançaram,
mas é exatamente com estes “cálculos”
em mente que nós sindicalistas entramos numa
negociação coletiva. As escolhas feitas
frente aos nossos opositores, quando o
assunto é debater direitos do trabalhador,
estão pautadas na história construída por
todos nós, pelo trabalhador no seu local de
trabalho e pelo sindicato na hora de se
relacionar com o trabalhador.
E relacionar-se significa além dos momentos
de encontro, em que ouvir as demandas e
orientá-las de maneira correta são
essenciais para que o trabalhador transforme
as leis que estão no papel em direito de
fato, também a hora de mediar frente ao
patronal a luta pelos direitos de um grupo
de pessoas.
É exatamente pensando em melhor
representá-los que ano após ano o SEAAC de
Americana e Região adota critérios
considerados rígidos por alguns, mas que na
verdade revelam a preocupação com questões
que estão além de individualidades. Por
isso, a Convenção Coletiva de Trabalho
2010/2011 ainda se encontra no Tribunal para
julgamento, por conta da necessidade que
tínhamos de ampliar as conquistas,
fazendo-nos buscar outras saídas.
Dentro do que nos dispomos a fazer, podemos
dizer que houve um grande avanço com relação
a 2011/2012, haja vista que nas negociações
podemos nos considerar vencedores, uma vez
que no piso salarial o reajuste foi em
média de 17% e no vale-refeição conseguimos
um aumento considerável em relação aos anos
anteriores. Observem os números na convenção
disponível no site do sindicato; eles são
mais eloquentes do que qualquer palavra que
possamos dizer.
Nossa auditoria mostra que estamos
contabilizando corretamente nossos esforços
para melhorar a qualidade do trabalho e da
vida dos trabalhadores que representamos.
Helena Ribeiro da Silva
Presidenta SEAAC AM
HERANÇA
DE CONQUISTAS
Os
eventos que exigem a presença das mulheres
engajadas nos movimentos sindical e sociais
estão acontecendo intensamente neste segundo
semestre.
Dia 6 de julho manifestação em Brasília para
defender a redução da jornada de trabalho
para 40 horas semanais, uma reivindicação de
todos os trabalhadores deste país ; 3 de
agosto uma histórica manifestação em SP em
favor da Pauta Unificada do Trabalhadores,
combatendo também a idéia de que os ganhos
salariais atingidos nos últimos anos estão
por trás da inflação mais salgada em 2011;
9 de agosto entrega da Pauta dos
Trabalhadores para o presidente da Câmara
Federal, 9 de agosto importante palestra do
Ministro do TST, em Brasília, que discorreu
sobre a terceirização ilegal que agride a
dignidade humana; 17 de agosto Marcha das
Margaridas em Brasília, a maior mobilização
organizada de mulheres do mundo; lançamento
do Programa Mulheres Mil que pretende formar
e inserir 100 mil mulheres no mercado de
trabalho até 2014, entre outros tantos
eventos.
No
âmbito regional estamos iniciando o caminho
para participar da 3ª Conferência Nacional
de Políticas para Mulheres, com a realização
de uma pré-conferência, para debater e
escolher os itens que serão levados à
Conferência Municipal de Políticas para
Mulheres de Americana e Região. Reunião de
sindicatos de diversas categorias de nossa
região para buscar a construção/reativação
do Conselho Regional Sindical, organismo que
possa dinamizar a atuação das entidades
sindicais em parceria com a DRT.
Os
compromissos que nos unem aos trabalhadores
que representamos, são inúmeros, como as
diversas mesas de negociação das quais temos
de participar, uma vez que representamos 14
categorias profissionais, por isso não
podemos participar pessoalmente de tantos
eventos, mas a luta das mulheres
sindicalistas brasileiras é a nossa luta e
se nem sempre estamos presentes fisicamente,
estamos presentes com nosso apoio moral,
dispostas a arregaçar as mangas e ajudar da
maneira que nos for possível.
O
caminho da emancipação da mulher
trabalhadora é árduo, mas nossa disposição
para percorrê-lo e pavimentá-lo é férrea.
Haveremos de deixar como herança inúmeras
conquistas para aquelas que virão depois de
nós!
A
Diretoria
REFLEXAO SOBRE O CICLO ECONÔMICO DAS
MONTADORAS DE
AUTOMÓVEIS
O problema
atual documentado na mídia sobre o momento
das montadoras de carros no Brasil nos
remete a um problema histórico do
capitalismo como um todo. Um dos principais
teóricos do capitalismo Adam
Smith fez uma metáfora
sobre a
condição do capitalismo e disse que
existiria uma “MÃO INVISÍVEL” no
mercado, ou seja,
o auto-interesse de uma sociedade livre
proporcionaria a forma mais rápida de uma
nação alcançar o progresso e o crescimento
econômico. Na sua LIBERAL
opinião o maior obstáculo a esse
progresso econômico seria o intervencionismo
do Estado na economia; pois, para ele,
existiria uma “MÃO INVISÍVEL” que
auto-regularia o mercado.
Assim sendo, para Adam Smith, se o mercado
fosse deixado em paz pelos governos ele se
manteria sempre em equilíbrio. Entretanto,
na prática, as condições normalmente não são
as ideais. Por exemplo, a competição não é
completamente livre, os consumidores não são
perfeitamente informados e a produção e o
consumo desejáveis podem gerar custos e
benefícios sociais.
E por isso, o capitalismo vive de ciclos
como o apontado nas notícias sobre as
montadoras, onde, entre outros itens, vemos
citados: a desaceleração do consumo e o
aumento dos estoques, além de um impasse na
negociação do imposto sobre produtos
industrializados - IPI, negociado com o
governo. Bem, estes também eram assuntos de
Adam Smith lá nos anos de 1776, na
Inglaterra, no período da revolução
industrial.
Ora, não é de hoje que o excesso de estoque
estabelece uma relação nova de trabalho. O
mesmo trabalhador que somente a muito custo
consegue ter um carro montado por ele
(dividindo em suaves parcelas, pagando por
muitos anos, gastando o valor de uns três
carros), exatamente porque a luta sindical
demanda tempo, é aquele que será “encostado”
nas tais férias coletivas e nas demissões
que ocorrem via de regra pela falta de
consumo.
É certo que é o próprio capitalismo que
produz os ciclos que engendram suas crises.
Mas, é evidente que somente alguns pagam,
literalmente, pelas crises. Pensando dentro
desta lógica, com muita liberdade, podemos
dizer que quando um sindicato luta por
melhores salários e por condições dignas de
trabalho, está lutando para o capital
manter-se em pé, afinal, quem comprará o
produto produzido?
Senão houver consumidor os pátios ficarão
abarrotados de carros. E aí a produção
deverá ser reduzida para que o preço não
caia; são os efeitos da “MÃO
INVISÍVEL” do mercado ao
contrário, produzindo muito diferente do que
dizia Smith, isto é produzindo a pobreza das
nações. (referência ao nome do livro do
Smith: “Riqueza das nações”).
Pára que isso não aconteça entra o Estado,
intervindo para que o capital se reproduza
da melhor forma, abrindo mão dos impostos
fazendo programas; vamos relembrar de um
evento histórico: Getúlio Vargas queimou
tulhas de café, em 1929 ano da crise da
bolsa valores de Nova York, para que o preço
do café não caísse. É o mesmo que jogar no
mar os carros já produzidos para que os
estoques parados não prejudiquem aquilo que
dá lucro.
E o que sindicatos têm a ver com isso? Na
verdade os sindicatos devem lembram ao
mundo: “QUE NÃO É SÓ DE LUCRO QUE VIVE
O HOMEM”, mas também de
direitos e garantias que ao longo da
história o movimento sindical tenta
equilibrar de uma maneira nada mágica, mas
através do diálogo, mantendo uma mão de duas
vias na relação histórica entre o capital e
o trabalho.
Helena Ribeiro da Silva
Presidenta SEAAC Americana e Região
o Futsal e o
trabalhador
Nossa
Federação - FEAAC nos últimos anos tem
transformado o Torneio Estadual de
Futsal, que ocorre na cidade de Peruíbe,
em uma tradição. Os sindicatos durante o
ano aguardam com expectativa este
encontro: preparando os times, revivendo
lembranças dos jogos anteriores e
organizando-se através dos treinos, que
são motivos, na verdade, para estreitar
um vínculo entre sindicato e
trabalhador.
No
Brasil o futebol teve seu início,
segundo Nicolau Sevcenko, por dois
caminhos: "um foi dos trabalhadores das
estradas de ferro, que deram origem às
várzeas, o outro foi através dos clubes
ingleses que introduziram o esporte
dentre os grupos de elite.” Alguns
estudiosos do futebol afirmam que o
esporte serviu muitas vezes como meio
para controle dos corpos dos
trabalhadores fazendo-os disciplinados e
observadores de regras.
Podemos
dizer que o futebol é um jogo onde
aprendemos regras comuns para
disciplinarmos nosso convívio, além de
ser um esporte que mantém os corpos
saudáveis. Isso para quem joga. Para o
torcedor, aquele que assiste, é uma
festa que se apresenta de maneira a
interagir através das intenções que são
gritadas, cantadas, para incentivar o
seu time a ganhar.
Então,
vamos pensar um pouco o que significa
para os Sindicatos se reunirem em um
lugar como a Colônia de Férias,
tradicionalmente reservado para momentos
de diversão com as famílias, em um
torneio de futebol. Aparentemente não
passa de mais um momento de diversão,
onde todos estarão longe das
dificuldades diárias e dos conflitos
enfrentados no trabalho. Mas será que é
só isso? Reflitamos: a Colônia de Férias
é um lugar de encontro de trabalhadores
e trabalhadoras para debater questões
relacionadas à busca por direitos, um
espaço de lutas travadas ao longo da
história da categoria por melhores
condições de trabalho.
A busca por reunir trabalhadores para
debater e promover cidadania no trabalho
e na vida encontra muitas dificuldades
que refletem a história do movimento
sindical brasileiro, mas que estão
entrecortadas também pela dificuldade de
construção da cidadania no Brasil. Estar
próximo dos trabalhadores para ouvi-los
é parte de um processo de fortalecimento
dos sindicatos e, por conseguinte da
ampliação de direitos pelos
trabalhadores.
Assim
reunir-se para jogar futebol e pensar
questões cotidianas, que englobam
comportamentos, atitudes, posturas que
permeiam nossas vidas e, muitas vezes só
vivenciamos no âmbito privado das nossas
relações, é estabelecer um vínculo entre
representantes e representados.
Isso se revela nos momentos de descanso
entre os jogos, em que a
confraternização, regada a samba ou não,
fortalece e põem em pauta todas as
questões debatidas nos Encontros da
Categoria.
Helena Ribeiro da Silva
Presidenta SEAAC
LUGARES DE
PARTICIPAÇÃO POLÍTICA
Este ano teremos
conferências nacionais em várias áreas, como Saúde, Assistência Social, passando
pelo Trabalho Decente, e por fim, a III Conferência de Políticas Públicas para
Mulheres. Esta terá como um dos eixos o combate à miséria e à pobreza, uma vez
que as mulheres são partes majoritárias do setor mais empobrecido, especialmente
as mulheres negras; e autonomia econômica, social e política das mulheres. O
evento acontecerá no período de 12 a 15 de dezembro, com a participação de cerca
de três mil mulheres e será antecedida por uma grande mobilização em todas as
regiões que acolherá as mais diferentes formas de organização com a participação
das mulheres urbanas, do campo, das florestas, ribeirinhas dos povos e
comunidades tradicionais.
Entendemos que
este processo de participação na construção de políticas públicas através de
conferências é tão, ou mais importante que eleições, o direito ao voto. Ele
consolida a força da cidadania, pois, é neste momento que nós, enquanto sujeitos
de direitos, apontaremos qual caminho queremos seguir naquilo que serão
políticas de Estado.
Portanto
precisamos estar presentes nestes “lugares” sociais, onde existe o diálogo de
grande parcela da sociedade sobre temas específicos, afinal, tomar parte disso é
construir um futuro onde todos serão ouvidos e no qual não haverá espaço para
críticas vazias.
A III Conferência
de Políticas Públicas para Mulheres dentro deste contexto, vem confirmar o
caminho de construção destas propostas, começando aonde elas serão aplicadas,
muito perto de nós, das nossas casas, perto do serviço onde a mulher vítima de
violência é atendida, perto do sindicato que briga nas negociações das
convenções coletivas, por igualdade salarial entre homens e mulheres, ou seja, o
caminho começa em nós para chegar às resoluções coletivas que apontarão caminhos
que nos mesmos trilharemos.
Basta lembrarmos
da II Conferência de Políticas Públicas para Mulheres, na qual debatemos a
participação política da mulher nas eleições, tendo como resultado daquele
processo, a eleição da primeira mulher presidenta do Brasil. Prova que nossa
participação altera de maneira muito relevante o futuro de todos. Então,
companheira, mãos à obra! Vamos participar das Conferências Municipais, Estadual
e Nacional e nos fazer protagonistas desta história.
Helena Ribeiro
da Silva
Presidenta do
Seaac de Americana e Região
FORTALECER O TRABALHADOR É FORTALECER O SINDICATO
Dentre tantas lutas que o movimento sindical está
travando neste momento, como a aprovação da jornada de 40 horas sem redução de
salários, o fim do fato previdenciário; regularização da terceirização para que
sejam garantidos benefícios iguais para todos trabalhadores; regulamentação das
convenções 151 (servidores públicos) e 158 (contra demissão imotivada) da OIT;
que são bandeiras nacionais, existem também as lutas regionais, travadas
diretamente por cada sindicato.
Em nossa região, o SEAAC está batalhando arduamente
contra a terceirização indiscriminada, as insuportáveis condições de trabalho
dos empregados em lotéricas, a insensibilidade dos patrões de algumas categorias
profissionais na hora de negociar, a reativação do Conselho Sindical Regional, o
fortalecimento do Conselho Municipal de Direitos da Mulher.
São várias frentes que exigem comprometimento de
toda a diretoria e funcionários do sindicato. Avançamos e retrocedemos, mas tudo
é ganho e aprendizado. O principal é que não esmorecemos frente aos obstáculos
que encontramos. Continuamos buscando sempre resultados positivos que possam
melhorar a vida do trabalhador, respeitar sua dignidade e reconhecer sua
importância e valor.
Estamos á sua disposição, trabalhador para ouvir,
sigilosamente quando necessário, e providenciar soluções que possam ajudá-lo.
Nosso departamento jurídico é competente, funciona na sede e subsedes.
Fortalecer o trabalhador é fortalecer o sindicato.
A Diretoria
MULHERES PERSISTENTES
Ao longo dos
últimos anos a diretoria do SEAAC Americana tem se empenhado com grande afinco
na luta pela causa das mulheres. Nada mais coerente, uma vez que o SEAAC tem
sido, desde sua fundação, um sindicato administrado por uma diretoria composta
por maioria feminina.
Assim, neste anos,
temos quebrado preconceitos, incentivado novos comportamentos, conciliado a
dupla e tripla jornada, conquistado espaço e credibilidade, incentivado a
inserção de mais mulheres no movimento sindical. Para tanto, temos assumido em
todas as ocasiões que se apresentam nossa parcela de responsabilidade social,
dirigindo as ações do sindicato e seu potencial para solucionar dificuldades e
desafios inerentes às necessidade coletivas, num esforço de participação que
colabore com a sociedade na qual estamos inseridos.
Participar do Conselho
Municipal de Direitos da Mulher de Americana é uma consequência desta postura. Os conselhos municipais, formados por
representantes da Prefeitura e da sociedade civil, contribuem para a definição
dos planos de ação da cidade, através de reuniões periódicas e discussões,
atuando de acordo com a realidade local e com a sua especificação.
Procuramos dar nossa colaboração ao órgão municipal fiscalizador e defensor dos direitos das mulheres,
contribuindo para torná-lo democrático, autônomo, representativo, operativo e
apartidário.
Nossa diretora da
Secretaria Geral, Antonia Vicente Gomes, é a atual vice-presidenta do CMDM de
Americana; seu papel será
fundamental na luta pelas políticas de gênero e sua persistência será duramente
testada, pois, trata-se de um trabalho sem remuneração, nem sempre valorizado.
Mas as mulheres são muito persistentes!
A Diretoria
UMA EPIDEMIA CHAMADA VIOLÊNCIA
Pesquisa sobre
violência doméstica divulgada, em junhode 2011 pelo Instituto Avon e pela Ipsos,
revela que 47% das mulheres confessaram que já foram agredidas fisicamente
dentro de casa.
O levantamento
"Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil" revelou ainda
que, na região Centro-Oeste do país, o medo de ser morta é o principal motivo
das mulheres agredidas não abandonarem os seus agressores. O motivo foi apontado
por 21% das entrevistadas na região.
Nos estados do
Sudeste, o medo de ser morta caso rompa a relação chega a 15%. No Sul, 16%. O
Nordeste tem o menor índice: 13%. O estudo também mostrou que o alcoolismo e o
ciúme são os principais motivos da agressão à mulher.
A violência dentro de casa continua sendo um fato sem controle desde tempos
imemoriais. Hoje, quatro em cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de
violência doméstica e o medo o maior inibidor para a denúncia.
E, a violência
não discrimina pobres e ricos, negros e brancos, cultos e incultos. É
extremamente grave; inúmeras são as tragédias e danos surgidos em decorrência
dela.
E não é um problema brasileiro, é universal, ocorre em todos os países, das mais
diversas culturas, em todos os pontos do planeta. É como uma epidemia que não
conseguimos conter embora existem grandes esforços para tentar resolvê-la.
Talvez a grande raíz da violência seja a falta de estrutura moral do ser humano,
uma vez que todas as leis servem apenas para conter através de punições os
desmando e impulsos das pessoas, mas não as fazem entender de fato a tragedia de
sua falta de compaixão, caridade e bom senso.
Uma boa estrutura familiar, uma boa base moral, poderiam minimizar bastante a
questão da violencia, mas esta é, sem dúvida, uma tarefa quase impossível,
afinal, como podem os pais ensinar aquilo que não tem?
A diretoria |
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