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EDITORIAIS
VIVER BEM!
Um novo ano se aproxima e nele os riscos não serão menores, os obstáculos não terão desaparecido, os desafios continuarão a surgir. Vamos precisar enfrentar os riscos, saltar os obstáculos e transformar os desafios em vitórias.
Mas o que importa realmente neste novo ano é conseguir crescer buscando novas idéias, novas soluções, novos projetos, trabalhando e lutando por um sonho, um objetivo, um mundo melhor, um ajudando o outro, compartilhando e deixando a inveja e a cobiça de lado, sempre pensando em somar, em construir uma vida melhor.
O passado não nos pertence, o presente é agora, vamos viver bem o presente com amor, com respeito ao próximo, pois daqui alguns minutos ele será passado e ficará marcado por boas ações... ou não, isso dependerá do coração de cada um, o futuro não sabemos, mas podemos projetar boas ações.
Portanto, estejamos prontos para nos aventurar na difícil, mas fascinante tarefa de viver BEM, ao lado dos amigos, das pessoas que amamos, daqueles que admiramos, dos que nos ensinam, que aprendem conosco... que 2011, que está nos sendo dado de presente - afinal, estamos vivos - nos chegue repleto também de cheiros, gostos, cores e olhares de amor e de esperança para todos!
A Diretoria
DEZEMBRO É TEMPO DE RECOMEÇAR!
Não importa onde você parou... em que momento da vida você cansou... O que importa é que sempre é possível e necessário recomeçar e...
"Recomeçar e dar uma nova chance a si mesmo... é renovar as esperanças na vida e o mais importante... acreditar em você de novo. Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado... Chorou muito? Foi limpeza da alma... Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia... Sentiu-se só por diversas vezes? É porque fechaste a porta até para os anjos... Acreditou que tudo estava perdido? Era o inicio da tua melhora... Pois é... agora e hora de reiniciar... de pensar na luz... de encontrar prazer nas coisas simples de novo. Que tal um corte de cabelo arrojado... diferente? Roupas novas? Um novo curso... ou qualquer outra coisa. Olha quanto desafio... quanta coisa nova nesse mundo te esperando. Está se sentindo sozinho? Besteira... tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento”... tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu para "chegar" perto de você. Quando nos trancamos na tristeza... ficamos horríveis... o mau humor vai comendo nosso fígado... até a boca fica amarga. Recomeçar... Hoje é um bom dia para começar novos desafios. Onde você quer chegar? Vá alto... sonhe alto... queira o melhor do melhor... se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor... o melhor vai se instalar na nossa vida. E é hoje o dia da faxina mental... jogue fora tudo que te prende ao passado... ao mundinho de coisas tristes... fotos... peças de roupa, bilhetes de viagens... e toda aquela tranqueira que guardamos... jogue tudo fora... mas, principalmente... esvazie seu coração... e fique pronto para a VIDA! Porque você é do tamanho daquilo que sente, que vê e que faz... não do tamanho que os outros o enxergam." (Carlos Drummond de Andrade)
A Diretoria
SEAAC 19 ANOS
No dia 19 de novembro nosso Sindicato completou 19
anos de idade! Uma entidade que nasceu pequenina mas cheia de vontade de viver e
tem aprendido e crescido ao longo de sua existência.
Como é gratificante olhar para trás e ver quantas
coisas boas e qualitativas conseguimos conquistar nestes 19 anos. Buscamos metas
difíceis de atingir, mas a cada passo, construímos o Sindicato que sempre
imaginamos. Realizações que fazem a gente sonhar em conquistar muito mais.
Sonhamos com um Sindicato fortíssimo, ao qual todos os
trabalhadores de nossas categorias sejam filiados; um sindicato 100%
representativo, ativo, com todos os recursos necessários para lutar por mais
postos de trabalho, mais qualidade de vida, mais justiça social.
Sonhamos participar de muitos eventos importantes para
os trabalhadores, como, marchas, manifestações, campanhas, seminários,
simpósios... e evitar embates com a classe patronal ou política.
Sonhamos que cada trabalhador possa ter sua casa
própria, numa rua arborizada com saneamento básico, saúde, educação, esporte,
lazer, segurança. Sonhamos que todos os seres humanos sejam iguais, homens e
mulheres com as mesmas oportunidades.
E o primeiro passo para o sonho se tornar realidade é
acreditar nele de olhos abertos. Assim, comemorar o aniversário do SEAAC é uma
forma de balanço, uma coluna aponta o trabalho feito e outra coluna aponta
aquilo que temos de fazer. O balanço está equilibrado.
Muito já foi realizado e temos orgulho da entidade que
estamos construindo, com a organização e conscientização dos trabalhadores.
Desde que fundamos o SEAAC, temos buscado administrar com responsabilidade,
seriedade e transparência, único modo de nos unirmos ao trabalhador e conquistar
sua confiança. O desafio que aceitamos há 19 anos continua e não tem hora para
terminar. Venha juntar-se á nós!
A Diretoria
SIM, UMA MULHER PODE ESTAR NO
PODER!
O
que representou a eleição que colocou no poder uma mulher como presidenta da
república? Sem dúvida é um marco na história do país, pois, pela primeira vez,
uma mulher estará ocupando o cargo mais importante do país.
Isso nos faz refletir e quero dividir com vocês um pouco do que vivenciei nos
últimos anos, como sindicalista e mulher e, em minha opinião, ajudou a formatar
a sociedade em que vivemos, abrindo para as próximas gerações outras
possibilidades de olhar para política através da perspectiva de gênero.
Relembro a história recente da qual fiz parte. A última Conferência Nacional de
Políticas Públicas para as Mulheres teve como tema a participação da mulher na
política. Não discutimos somente (e eu e minha companheira Antonia Vicente Gomes
estávamos lá) as cotas para as mulheres nos partidos políticos, mas sim, uma
reforma política centrada em uma perspectiva de gênero, que incluiria repensar
os partidos e superar sua estrutura pautada no patriarcado. Trouxemos na mala,
nesta ocasião, um sonho de sentar junto com as companheiras e tratar de refletir
sobre o porquê nós mulheres estamos sub-representadas nos espaços de poder.
Como já escrevi há alguns anos atrás, cabe a nós, através do nosso voto,
produzir uma mudança nos quadros políticos, ampliar o espaço feminino na vida
pública, para que as políticas públicas tenham a “cara” das necessidades da
mulher, que anseia por uma vida mais digna em um mundo cujas divisões de tarefas
entre os sexos promovam a justiça e a igualdade, tanto na vida familiar quanto
na política.
No entanto, reproduzimos o contrário e somos minoria nos espaços públicos e
quando estamos nestes espaços nos são conferidos cargos de menos expressividade.
Um exemplo: quando nos chamam para compor a mesa nos espaços sindicais, quase
sempre não a presidimos.
Na realidade quando um partido político apresenta a sua cota de 30% de mulheres
em geral é um “catadão” de candidatas, só para cumprir tabela e obedecer à lei;
veja a participação das filhas e mulheres dos antigos políticos, que na verdade
representam um braço do homem no poder.
Então, nestes anos organizamos um trabalho voltado para pensar e preparar
mulheres para ocupar, se assim acharem viável, o lugar que lhes cabem no espaço
público. E aí pensamos tanto nos espaços sindicais quanto nos partidos
políticos.
O
nosso trabalho neste último ano foi reunir mulheres na nossa base, interior de
São Paulo, através de oficinas para discutir a participação das mulheres nos
espaços de poder; além é claro de pensar em temas como violência doméstica e
desigualdade de gênero no trabalho.
Podemos demonstrar através de todo o material levantado em nossos encontros
argumentos que responderiam facilmente e nos faria refletir sobre o que queremos
para as nossas futuras gerações em relação à igualdade de gênero. O foco tem
sido o porquê de não participar da vida política nas suas cidades e também o
porquê não votar em mulheres. Um entendimento entre as companheiras ficou bem
marcado: “não é que devemos, por força de uma regra absoluta, os 30% de cotas
nos partidos, participar destes, mas precisamos da certeza da liberdade em
escolher participar ou não caso seja nossa vontade”.
A
última eleição foi coberta de chacotas e mensagens deselegantes que circularam
via internet e que tinham como alvo a candidata eleita,
Dilma Rousseff. Não faziam
referências ao perfil da candidata, às suas qualidades ou defeitos, que, aliás,
todos os candidatos têm, mas referia-se diretamente ao fato de uma mulher estar
fora de “seu habitat social” aquele para o qual somos jogadas sempre que
tentamos abrir nossas asas. E sofremos um julgamento social quando não
obedecemos e retornamos à esfera privada, lugar, com raríssimas exceções, onde
passamos os últimos séculos.
Lembro agora de um discurso que fiz na posse da diretoria do PMDB Mulher; na
ocasião fui inúmeras vezes interrompida, ouvindo de meus pares, homens que
participavam junto comigo dos quadros partidários, que eu não deveria ressaltar
tanto o fato de ser sindicalista e mulher. Ora, o mais interessante é que minha
identidade sindicalista fica clara quando no meu discurso além de utilizar a
palavra “companheiros e companheiras” deixo ressaltado que não sou rebarba
política de antigos “coronéis”. E fico orgulhosa de dividir a minha história com
homens que também recontam as suas próprias histórias, como os médicos, os quais
compunham a mesa junto comigo e na ocasião vestiam branco para identificar sua
profissão naquela reunião política.
Após relembrar nossas andanças e a forma como crescemos, queremos enfatizar
nossa proposta, ou melhor, nosso desafio de reunir mulheres trabalhadoras para
discutir política e poder. A vitória de uma mulher para presidência da república
representa a vitória da tal “Igualdade” tão cantada no artigo 5º da Constituição
Federal do país, mas que não existiria simplesmente por força deste, ela é, na
verdade, uma construção de todos nós.
Helena Ribeiro da Silva
Presidenta Seaac de Americana e Região
OS TRABALHADORES EAA E O ASSÉDIO MORAL
O 6º encontro Estadual de Trabalhadores EAA aconteceu nos dias 23 e 24 de
outubro na Colônia de Férias EAA em Peruíbe e foi proveitoso, debatendo o tema
Assédio Moral - um inimigo invisível no trabalho. Como qualquer encontro deste
tipo o intuito do evento foi esclarecer, conscientizar e fortalecer o
trabalhador para enfrentar este mal e garantir seus direitos.
A cartilha de propostas elaborada pelos encontros regionais realizados ao longo
do ano formaram a base para as discussões do evento estadual, gerando um
documento aprovado pela plenária, contendo propostas de ações para o combate ao
assédio moral, que será encaminhado aos órgãos competentes, que
lidam com este assunto.
Entretanto, um dos grandes lances que vem embutido no Encontro é o
reconhecimento e o relato por parte do trabalhador da humilhação ou degradação
que possa estar acontecendo em seu ambiente de trabalho, uma forma de romper a
barreira do silêncio, também um forma de violência.
Assim, mais esclarecido e tendo a certeza do respaldo e apoio de seu Sindicato e
das autoridades competentes, o trabalhador terá forças para começar a
reagir e procurar meios de evitar o assédio, aprendendo como se comportar diante
desta situação tão sofrida.
A Diretoria
MAIS UMA VEZ LOTÉRICOS SOFREM COM GREVE DOS
BANCÁRIOS
Mais uma vez a greve dos bancários está provocando uma correria das pessoas com
contas a pagar às casas lotéricas. As filas estão enormes. A greve,
iniciada na dia 29/10 pegou a virada do mês, tempo de pagar muitas contas. Quem
usa internet vai se arranjando, do mesmo modo que ajudam os caixas eletrônicos,
farmácias e supermercados que aceitam pagamentos de boletos, mas
no quarto dia útil após iniciada, a greve
já começa a atingir de maneira mais intensa a população. Começou a faltar
dinheiro nos caixas eletrônicos desde o domingo de eleição e o comércio, aos
poucos, sente o peso da redução da circulação da moeda.
Para piorar a mega sena acumulada leva ainda mais pessoas e dinheiro para
as lotéricas que andam lotadas, sendo um convite para os desajustados que gostam
de se aproveitar desse tipo de situação para praticar assaltos, que muitas das
vezes acabam em morte. Os bandidos, ultimamente, nem se preocupam em esconder o
rosto; eles anunciam o assalto, sacam as armas, pegam o dinheiro dos caixas na
frente dos clientes e pronto.
Vale lembrar que as casas lotéricas hoje funcionam como se fossem bancos,
oferecendo vários serviços. O problema é que a segurança não é a mesma das
agências. Não há porta com detector de metal, as lojas são pequenas e muitas
vezes os clientes ficam na fila no meio da rua mesmo. Além disso, quase todos os
pagamentos e jogos são feitos em dinheiro, que com a greve não é depositado nos
bancos. É notória a sobrecarga das inúmeras lotéricas espalhadas pelo Brasil,
que não conseguem suprir a demanda de todos que necessitam utilizar os serviços
habitualmente oferecidos pelos bancos.
Por conta dessa situação, hoje aguda, mas ordinariamente crônica, vemos um
massacre aos empregados em Casas Lotéricas, que vivem e trabalham em condições
degradantes, apesar de nossos esforços ao longo dos últimos anos para negociar
melhores salários e condições dignas de trabalho para a categoria.
A Diretoria
APESAR DAS DIFICULDADES....
"MULHER,
AGORA, NO EPICENTRO POLÍTICO -
Pela primeira vez na historia política do Brasil, a presença feminina e predominante entre os principais nomes que concorrem à Presidência da Republica. No reduzido grupo aqueles que entraram na disputa para valer, ou que podem ter influência decisiva no resultado eleitoral, estão Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PV), contra Jose Serra PSDB). Tal fato constitui sem duvida um reflexo da crescente participação da mulher na ida pública nacional, em posições de primeira linha e não mais secundarias ou de caráter coadjuvante. Entretanto, apesar de crescente, essa participação, quantitativamente, ainda se da em pequena porcentagem, pois os homens continuam a ter presença bem maior e ate a comandar o cenário, como e fácil de constatar pela simples observação dos titulares dos cargos oficiais importantes, nos níveis federal, estadual e municipal. Trata-se de uma flagrante anomalia, ate porque as mulheres constituem a maioria do eleitorado, com 52 % do total, contra 48% dos homens.
Na presente campanha eleitoral - segundo os diferentes institutos de pesquisa - Dilma, que começara inferiorizada a Serra nas intenções de voto, virou 0 jogo e, hoje, a avaliação e de que esta praticamente eleita. 0 fator principal, como se sabe, e 0 apoio ostensivo do presidente Lula, que nela esta apostando todas as suas fichas, mas pesou igualmente a decisão de sua equipe de propaganda de a candidata dar a ênfase a assuntos do especifico interesse feminino. Com isso, passou a liderar as pesquisas também entre as mulheres, uma área. onde ate então o concorrente oposicionista estava em vantagem na maioria dos Estados brasileiros. Serra, por sua vez, voltou a destacar os temas vinculados à saúde e outros comuns à rotina familiar, porem, sem o mesmo resultado. Pelo visto, depois de feita, a opção pró-Dilma consolidou-se. Já Marina Silva, com sua imagem de lutadora, de mulher do povo que saiu no nada para se tomar uma figura nacional, conquista, para o futuro, um vasto potencial de crescimento eleitoral. De qualquer forma, já representa uma liderança respeitável, uma voz que não pode deixar de ser ouvida no debate das grandes questões do país.
Por outro lado o que os técnicos em marketing político ressaltam é que o voto da mulher, ainda que obviamente sujeito a equívocos, costuma ser um voto pensado: A mulher e mais questionadora e, por isso, tende a examinar com mais cuidado as promessas dos candidatos, para ver se são realmente viáveis, e se merecem fé. No conjunto, isto faz diferença, e muita eleição pode ser decidida ai. Sem alarde, mas de maneira inapelável. Enfim, o papel da mulher no processo eleitoral, como candidata ou simples votante, se eleva a cada pleito e, ao dar maior guarida à lúcida e aguçada visão feminina sobre matérias que a todos dizem respeito, o país só tem a ganhar com isso."
A Diretoria
Dificuldades para participar do jogo masculino do poder
Embora as mulheres estejam avançando gradativamente na conquista de igualdade e mudando a mentalidade da sociedade, ainda existem setores que se fecham hermeticamente à sua presença, como o religioso, militar e o político que tentam resistir historicamente para manter o domínio machista.
Assim, quatro décadas após a revolução sexual, um marco na história recente de luta das mulheres pela igualdade, a arena política continua sendo um reduto masculino, fazendo do Brasil um dos países com a menor participação de mulheres na vida política.
Muitos dizem que as mulheres não gostam de política, mas a verdade é que a mulheres não gostam do jeito como se faz política no Brasil, elas não se sentem bem com o estilo de atuação que predomina nos círculos do poder, não compactuam com alianças esdrúxulas, rasteiras nos companheiros, falta de reconhecimento a algo bom feito pelos adversários, verdades que se moldam às circunstâncias, ética que se ajusta aos objetivos do momento.
Isto, aliado a todas as dificuldades que encontram para entrar neste jogo masculino, como por exemplo, enfrentar um relacionamento interno, seja em partido de esquerda, centro ou de direita, extremamente difícil, suportar a pressão psicológica e o sentimento de culpa, uma vez que para exercer o direito de participar da vida política, têm de abrir mão da vida pessoal e do que na sociedade patriarcal instituiu lhe impor como tarefa, o cuidado com a família, muitas desistem.
Mas a luta continua, mesmo com todas as dificuldades. A participação da mulher na política é fundamental para a consolidação da democracia. E esta luta tem muitas faces, pode ser ajudando numa campanha política, pode ser se interessando pelo que os governantes estão fazendo, pode ser cobrando ações de seus vereadores ou até mesmo acompanhando o que acontece no seu bairro. Tudo isso é participar da política. Desse modo os passos necessários para virar esse jogo continuarão a ser dados e o caminho para a igualdade ficará cada vez menor.
A Diretoria
ASSÉDIO MORAL ATINGE GRANDE PARTE DA FORÇA DE TRABALHO
O número de casos de assédio moral no Brasil está crescendo e impulsionando mudanças na legislação. Segundo especialistas na área, os casos de denúncias de assédio moral se tornaram bastante freqüentes nos últimos cinco anos. Apesar do Brasil não possuir legislação própria sobre o tema, existem atualmente cerca de 80 projetos de lei para serem votados no sentido de prevenir e coibir o assédio moral.
Segundo pesquisa inédita realizada pela médica do trabalho Margarida Barreto, em sua tese de mestrado, cerca de 42% dos trabalhadores brasileiros já foram vítimas de assédio moral. De acordo com a especialista, o assédio moral caracteriza-se pela exposição do trabalhador a situações humilhantes e constrangedoras, de forma repetitiva e prolongada durante a jornada de trabalho, com o objetivo de desestabilizar a relação dele com o ambiente de trabalho e com a própria empresa.
Um trabalhador que esteja sofrendo assédio moral em seu ambiente de trabalho deve procurar relatar o acontecido a um médico, ao sindicato de sua categoria e também a um advogado. A vítima de assédio moral possui o amparo de diversos órgãos que prestam assistência nesses casos como o Ministério Público, a Justiça do Trabalho, a Comissão de Direitos Humanos e o Conselho Regional de Medicina.
Apesar da situação difícil para o trabalhador é importante que ele providencie um laudo médico atestando danos da saúde física e/ou mental, além de possuir testemunhas que possam relatar seu sofrimento, assim como todo tipo de documento que possa atestar os males sofridos para demonstrar que foi assediado moralmente. Infelizmente, ainda é vítima que tem de comprovar o delito. Se você estiver passando por esta situação procure imediatamente seu Sindicato.
A Diretoria
VIOLÊNCIA INSUPORTÁVEL
Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. Entre 1997 e 2007, 41.532 mulheres morreram vítimas de homicídio – índice de 4,2 assassinadas por 100 mil habitantes. Elas morrem em número e proporção bem mais baixos do que os homens (92% das vítimas), mas o nível de assassinato feminino no Brasil fica acima do padrão internacional.
A violência contra a mulher começa a romper o muro de silêncio que a cercava. Ferida que não pode cicatrizar sem marcas na luta das mulheres, a rotina de tapas, socos, chutes e xingamentos e morte ainda é enfrentada por muitas em pleno século 21. Aos poucos a agressão contra as mulheres deixa de ser secreta, graças aos novos mecanismos, como a Lei Maria da Penha, e a coragem delas para enfrentar seus carrascos.
Mas a nova lei não impede que novos assassinatos sejam cometidos diariamente. Ainda são raros os estudos de casos que analisam as motivações dos assassinos que matam mulheres, geralmente homens próximos, como maridos, namorados ou companheiros, guiados por motivos passionais e torpes. São casos como discussões domésticas, negativas de fazer sexo ou manter a relação.
Infelizmente, embora os mecanismos de proteção tenham melhorado, as denúncias não recebem o tratamento adequado, principalmente por uma questão cultural. "As mulheres ainda são tratadas como se estivessem provocando o homem , porque policiais e juízes ainda convivem com os próprios preconceitos .
Para mudar esse quadro é necessário que as mulheres reconheçam os próprios direitos e denunciem qualquer abuso, assim como os homens devem saber que as mulheres têm os mesmos direitos que eles.
A Diretoria |
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Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado! |