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EDITORIAIS
FESTANÇA JUNINA!
Um grupo de 24 pessoas foi flagrado no Jardim Colina 2, em Monte Mor, soltando balões. O flagrante foi feito pela Polícia Ambiental, que intensificou patrulhamentos na Região devido aos inúmeros registros de ocorrência envolvendo balões, principalmente nesta época do ano.
A ameaça representada pelos balões de ar quente não-tripulados é irrestrita. Atinge instalações industriais, como as refinarias de petróleo, onde provocam perigosos incêndios em tanques e áreas adjacentes.
A incidência de balões nas zonas de controle de tráfego aéreo também é muito grave, pois, durante as decolagens e pousos, a carga de trabalho da tripulação é elevada, atraindo a atenção para dentro da cabine. Aliado a isso, a dinâmica de vôo nas modernas aeronaves faz com que os pilotos voem por instrumentos mesmo sob condições de céu claro, aspecto que torna o risco de colidir com um balão ainda mais elevado.
O alcance dos grandes balões é espantoso. Têm sido avistados a 15.000 pés de altitude e sua permanência no ar é prolongada, percorrendo grandes distâncias. Os balões têm apresentado dimensões cada vez maiores, ultrapassando 40 metros de altura e peso total superior a 100 quilos. São verdadeiras “minas” voadoras.
Este mês, quando comemoramos as festas juninas, uma das mais importantes festas populares do país, todos já sabem, é hora de preparar as roupas coloridas, os chapéus de palha e as bandeirolas, convidar compadres e comadres para dançar quadrilha, acender a fogueira, soltar rojão e se esbaldar de tanto comer pipoca, cocada e pé-de-moleque, transformando o Brasil num enorme arraial, mas... sem brincar com fogo, o que nem sempre traz um final feliz para tanta animação e lembrando que é crime ambiental inafiançável fabricar, vender, transportar ou soltar balões que apresentem riscos a florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou em qualquer tipo de assentamento humano, e que a pena pode chegar a três anos de detenção.
Divirta-se e não estrague a festança!!!
UMA CHAGA INADMISSÍVEL...
Pesquisa realizada pela Universidade Metodista de Piracicaba-Unimep junto às escolas estaduais de Limeira e região identificou que pelo menos 6 mil crianças e adolescentes trabalham para as indústrias de bijuterias da cidade. A maioria dessas crianças e jovens trabalha com pais ou irmãos na montagem de folheados brutos, que abastecem as 450 empresas do setor existentes na cidade. O ramo de bijuterias fatura anualmente no país cerca de 220 milhões de dólares, 60% dos quais em Limeira (Estudante Net)
A questão do trabalho infantil é complexa. O problema está associado, embora não esteja restrito, à pobreza, à desigualdade e à exclusão social existentes no Brasil, mas outros fatores de natureza cultural, econômica e de organização social da produção respondem também pelo seu agravamento. Há, de forma regionalmente diferenciada no país, uma cultura de valorização do trabalho que insere crianças na força de trabalho com o objetivo de retirá-las do ócio e da possível delinqüência.
Por outro lado, existem fatores vinculados a formas tradicionais e familiares de organização econômica, em especial na pequena produção agrícola, que mobilizam o trabalho infantil. Ademais, as oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho urbano influenciam sobremodo a participação das crianças na força de trabalho que, a despeito dos direitos que lhes asseguram as leis, continuam à margem da rede de proteção, quer na esfera dos direitos humanos, quer na esfera social e trabalhista. (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República 1998)
O fato é que a combinação de uma crescente demanda por mão-de-obra barata, tímida mobilização do movimento sindical brasileiro, omissão de responsabilidade das grandes corporações com a cadeia produtiva e as causas acima citadas propiciam um terreno fértil para que cerca de 3,8 milhões de crianças no Brasil (dados da Unicef) percam sua infância enfrentando jornadas de trabalho.
Infelizmente, no Brasil definiu-se que a questão do trabalho infantil deve ser tratada na esfera dos municípios, o que dispersa esse gravíssimo problema e dificulta o seu combate, pois, muitas das prefeituras brasileiras e dos governos estaduais não têm condições de arcar com o custo de uma boa educação e mecanismos que possam coibir esse abuso.
Enquanto o problema estiver disperso, não será resolvido. É preciso federalizar este assunto, criando um órgão central encarregado de agir e resolver essa vergonhosa situação, trabalhando em conjunto com estados e municípios, que estabeleça programas e metas de combate ao trabalho infantil, essa chaga inadmissível em um país decente, em pleno século XXI.
A Diretoria
NÃO SE OMITA!
Assistindo aos noticiários da tevê, acompanhando os sites de notícias da internet ou através da imprensa escrita temos acesso a matérias, números e estatísticas cada vez mais alarmantes.
Veja só: um bebê de apenas dez meses recebeu o porte de arma em Chicago, nos Estados Unidos. O cartão de identificação chegou na casa com a foto da criança. Bubba Ludwig, que ainda não sabe andar e usa fralda e pesa pouco menos de dez quilos, já tem direito a ter uma arma graças ao pai Howard Ludwig. Ele pagou US$ 5 (cerca de R$ 10) e obteve a licença. O pai Ludwig, de 30 anos, que é de Chicago, disse que foi atrás da licença depois que o pai dele (avô do bebê) deu ao garoto uma “bereta” (espécie de revólver) de presente.
A notícia é estarrecedora! Seria cômica, não fosse verdade! Como compreender essa atitude de um pai e um avô? Que mundo será esse em que estamos vivendo no qual os valores estão completamente subvertidos? Ao invés de um brinquedo, uma poupança para o futuro, o presente hoje é uma arma, para matar!
Esta atitude parece ser o fruto da violência que bate à nossa porta todos os dias, especialmente nos grandes centros urbanos. O número de assassinatos é alarmante, assaltos e roubos então nem se fala. Mata-se por nada, morre-se por menos ainda. Como entender a morte de uma menina de 13 anos, com um tiro na cabeça apenas porque tentou proteger sua câmera fotográfica? Como entender um adolescente que mata mais de 30 pessoas na sua escola? Como entender um garotinho de 6 anos arrastado no asfalto? Difícil, muito difícil. Faltam educação, valores, justiça.
Precisamos combater a violência com justiça, que se trata de reconhecer, respeitar e resgatar o direito de todos, sobretudo, o de viver dignamente. Precisamos também construir a paz com urgência. É nossa missão. A paz e harmonia entre as pessoas e estados dependem da forma de pensar, ser e agir de cada um, sendo o modo mais civilizado de combater a violência. Precisamos aprender a respeitar e conviver com as diferenças.
Como pessoa de bem não permita que a violência produza tantos frutos amargos e se sobreponha à árvore da vida. O combate a este mal depende de nossas ações. Não se omita!
A Diretoria
Endurecer é preciso!
A violência sexual contra crianças e adolescentes é um problema mundial. Por ser ilegal, clandestina e em grande parte doméstica, é uma questão ainda pouco visível e difícil de ser combatida.
Caracteriza-se pela exploração da prostituição infantil, sedução de menores, crime de abuso sexual, atentado violento ao pudor, shows eróticos com exibição ao vivo de atos sexuais envolvendo menores de idade, pornografia filmagem ou fotografia de atos sexuais ou sensuais envolvendo menores, corrupção para prática de atos de sexualidade ou convencimento da criança a praticá-los ou presenciá-los. São violações tão preocupantes que a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1999, decidiu incluir a exploração sexual de crianças e adolescentes entre as piores formas de trabalho infantil.
Segundo dados de um estudo realizado pela Unicef e Universidade de Brasília (UnB), a exploração sexual de crianças e adolescentes é uma realidade presente em, pelo menos, 930 municípios brasileiros. A maior parte deles fica em regiões onde o turismo tem grande participação na economia.
Dia 18 de maio é o dia nacional de luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, uma excelente oportunidade para debater, informar e entender bem o que isto significa para a sociedade, deixando claro que esta exploração é crime e que os responsáveis serão punidos. É de extrema urgência que a legislação brasileira endureça as punições para estes delitos que se traduzem em manifestações do uso do poder do adulto em relação às crianças e adolescentes, seja pela sua superioridade emocional, persuasiva, física ou econômica. Também é de extrema urgência que a sociedade entenda que este é um problema de todos nós e que ignorá-lo porque ele não está acontecendo com nossos filhos, não irá nos conduzir à sociedade decente que desejamos habitar.
A Diretoria
Os frutos da coragem feminina!
No início do século XX, uma brasileira que estudou na Europa, Jerônima Mesquita, ao retornar ao Brasil, trouxe consigo a coragem de enfrentar situações contrárias às mulheres. Uniu-se a um grupo de senhoras combativas e tornou-se feminista, assistencialista e sufragista; lutou por inúmeras causas. Era mineira de Leopoldina, nascida em 30 de abril de 1880. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, onde morava, em 1972. Em homenagem a ela, na sua data de aniversário,um grupo de feministas trabalhou para que este dia se tornasse o Dia Nacional da Mulher. Isso ocorreu pela lei nº 6.791/80, sancionada pelo Presidente João Figueiredo.
Vale lembrar que durante a ditadura militar no Brasil, 1964-1984, foi proibida a comemoração do Dia Internacional da Mulher, 8 de março e por isso, o 30 de abril, Dia Nacional da Mulher, tornou-se a única data na qual as mulheres brasileiras podiam comemorar e te
Hoje as mulheres conseguiram conquistar muitos espaços, aberturas num oceano de injustiças e preconceitos, frutos da coragem, tenacidade e sacrifícios, além de demonstração admirável do quanto elas podem realizar, quando se dispõem a lutar. “O Dia Nacional da Mulher, 30 de abril, é mais uma ocasião para continuar a investigação sobre a condição feminina no Brasil e a busca incessante de soluções.”(Catarina Cecin Gazele)
A Diretoria
SITUAÇÃO ABSURDA...
Trabalhadores adoecidos recebem alta e são convocados pelas empresas para voltarem ao trabalho. Perdem o benefício do INSS e não têm condições de retomar as atividades profissionais. Esta situação absurda é causada pelo Programa Cobertura Previdenciária Estimada (Copes), conhecido pelos trabalhadores como Altas Programadas, em vigor desde agosto de 2005. Não bastasse isso, ainda recebem humilhações na forma de negligência, falhas na perícia médica, falta de avaliação dos exames.
Acusado, o que o INSS se defende colocando a culpa nos 30 milhões de trabalhadores informais que não contribuem com a Previdência (mas que também não se utilizam dela) e desconversa para não responder, se a chuva de negativas dos médicos peritos às demandas dos trabalhadores, que tem redundado até mesmo em ataques violentos a esses profissionais – em função de seus diagnósticos –, não passa de uma determinação do governo para reduzir o déficit da Previdência Social.
Admitir que o rombo homérico nas contas do INSS possa ser provocado pelos inúmeros furtos que a entidade tem sofrido ao longo dos anos, praticados por criminosos de colarinho branco, nem pensar! Punir estes escroques e prevenir novos furtos também é tarefa muito difícil. Mais fácil é tirar do bolso dos trabalhadores doentes que não têm como se defender.
É por isso que mais uma vez o trabalhador é obrigado a unir forças em todo o país para tentar reverter esse quadro cruel, uma violação aos direitos dos trabalhadores que gera uma série infindável de injustiças. As manifestações começam a pipocar por todo o Brasil, pois, é de extrema urgência que os critérios das Altas Programadas sejam revisados. Luiz Marinho, um trabalhador acaba de assumir a pasta da Previdência. Todos os olhos trabalhadores estão voltados para suas ações.
A Diretoria
RACIONALIZAR PARA NÃO FALTAR!
Embora ultimamente a mídia venha dando destaque aos problemas ambientais, como a grave mudança de clima que começamos a enfrentar, o problema da escassez da água ainda não foi bem assimilado pela sociedade urbanizada e classe média, que utiliza esse bem tão precioso, como se o acesso a ela fosse infinito.
Não é! A falta de acesso à água limpa atinge mais de um bilhão de pessoas, de acordo com alerta feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, 2,6 bilhões de pessoas – metade da população dos países em desenvolvimento - vivem em locais sem condições básicas de saneamento. Os problemas relacionados à falta de acesso à água adequada matam mais de 1,6 milhões de pessoas todos os anos.
Relatório anual das Nações Unidas faz terríveis projeções para o futuro da humanidade. A ONU prevê que em 2050 mais de 45% da população mundial não poderá contar com a porção mínima individual de água para necessidades básicas. Estas mesmas estatísticas projetam o caos em pouco mais de 40 anos, quando a população atingir a cifra de 10 bilhões de indivíduos. A partir destes dados projeta-se que a próxima guerra mundial será pela água e não pelo petróleo.
Ficar alardeando que existe um falso alarmismo sobre os assunto é querer esconder o sol com peneira, do mesmo modo como até agora foi feito em relação ao clima que tem castigado todos os cantos do planeta e não poderá ser totalmente contido, pois os estragos foram enormes.
É sempre bom lembrar que pequenas atitudes como racionalizar, não significam ficar sem água, mas apenas utilizá-la de forma mais adequada para que ela não venha a faltar um futuro bem próximo.
A Diretoria
Isto ainda acontece!
"Infelizmente, a história das mulheres nem sempre foi marcada por conquistas. Em muitos lugares do mundo ainda falta mudar muita coisa para que a mulher tenha seus direitos respeitados. Reunimos alguns fatos para que você tome conhecimento, veja só:
Mutilação genital feminina Alguns grupos étnicos praticam a mutilação genital feminina, ou seja, a retirada total ou parcial dos órgãos sexuais femininos (clitóris e lábios da vagina). Essa prática só vem afirmar o desrespeito à mulher nessas comunidades, pois a mutilação é praticada geralmente entre os 4 e 8 anos, quando a criança nem sabe do que se trata e muito menos tem o direito de rejeitar o ato, e seu objetivo é fazer com que a mulher já adulta não sinta prazer no ato sexual. Como se não bastasse o desrespeito, ainda há agravantes: a mutilação é feita sem qualquer anestésico, porque fazem parte do ritual o sofrimento e a dor; pode provocar hemorragia, infecções muito graves e até mesmo a morte. Além disso, a utilização dos instrumentos em várias meninas pode provocar a transmissão da AIDS.
A mutilação é praticada em mais de 28 países africanos, em populações muçulmanas, na Indonésia, Sri Lanka, Malásia, Índia, Egito, Omã, Yemem e Emirados Árabes Unidos. Cerca de 135 milhões de meninas e mulheres em todo mundo sofreram a mutilação genital feminina. A Organização Mundial da Saúde calcula que são mutiladas 6.000 mulheres por dia – 41 por minuto.
Ultrassonografia a serviço do aborto Em Bangladesh, país localizado na Ásia, a ultrassonografia não vem sendo usada simplesmente como um recurso para garantir o melhor acompanhamento da gravidez e da saúde da mulher. Como o método permite saber o sexo do bebê bem antes do nascimento, muitas vezes as famílias, ao saber que a criança é do sexo feminino, decidem fazer o aborto. Isto porque nessa sociedade a mulher é vista como inferior e o filho tem mais valor que a filha.
Controle de natalidade cruel Na China, devido à superpopulação e à conseqüente dificuldade em sustentar os filhos, o governo estabeleceu que as famílias só poderiam ter um filho. Como nesse país a mulher não é vista com bons olhos - eles preferem os homens, que têm força para trabalhar e lutar - é sabido que quando nasce uma menina não é raro a criança ser morta, pois não terá utilidade para a família e será desvalorizada pela sociedade. Como só podem ter uma criança, é melhor então que seja menino.
Violência extrema Na Índia as mulheres têm sempre que ser submissas e obedientes aos seus maridos. E as autoridades fazem vista grossa às maiores atrocidades cometidas, como por exemplo, o fato de o homem cobrir com líquido inflamável e atear fogo à esposa. Ele é como se fosse dono dela. E a mulher é como se fosse uma mercadoria, um objeto, que ele pode utilizar como bem entender e do qual pode se desfazer, se por algum motivo não a quiser mais.
Crenças que aumentam a possibilidade de risco Algumas crendices são comuns principalmente entre povos africanos. Estas idéias partem de princípios preconceituosos, que subjugam o gênero feminino e resultam em problemas de saúde física e psicológica para as mulheres. Aí se inclui a contaminação pelo HIV, muitas vezes corroborada por estas crenças infundadas.
Uma delas é a idéia de que ter relação sexual com uma mulher virgem curaria o homem do HIV. Daí é fácil imaginar o resto: muitas meninas novas acabaram sendo forçadas a fazer sexo sem proteção com homens contaminados.
Outro pensamento comum, desta vez no Senegal, é de alguns homens que acreditam que a circuncisão feminina seja positiva porque "racionaliza" o desejo das mulheres. Embora soe muito agradável para uma cultura machista, a prática da extirpação do clitóris da mulher aumenta, e muito, o risco de contaminação pelo HIV.
Do mesmo modo, as meninas que se casam muito cedo, de acordo com o costume de algumas tribos, têm mais chances de contrair AIDS. Forçadas a terem relações sexuais sem estarem preparadas, o risco de ferimentos é maior - o que aumenta o risco de contágio.”
Muito ainda há por fazer! Fonte: IBGE Teen
A Diretoria
O DIREITO A UMA VIDA SEM Violência!
Estima-se que no Brasil a cada dia uma mulher é assassinada pelo seu companheiro. De cada três mulheres do mundo, uma já sofreu espancamento ou abuso sexual, segundo dados da ONU, 70% das mulheres vítimas de assassinato no mundo foram mortas por seus próprios companheiros. “A violência é o flagelo global melhor dividido, existe em todos os países, em todos os continentes e em todos os grupos sociais, econômicos, religiosos e culturais, em tal grau de brutalidade que deveria ser considerada pelos governos uma violação importante dos direitos humanos, assim como um problema prioritário de saúde pública”.
Às mulheres estes números não surpreendem, mas estatísticas são boas para lembrar aos machos adultos, inseguros com o processo revolucionário de emancipação das mulheres, que não podemos varrer para baixo do tapete o que acontece por aí, e que este é um processo sem volta da cultura contemporânea, gostem disso ou não.
Infelizmente a maioria dos casos de violência contra a mulher ou menina começa dentro do lar, entre quatro paredes, acobertada pela vítima, pela família e pela sociedade. As mulheres envolvidas em casos de violência doméstica, são freqüentadoras assíduas de pronto-socorros e hospitais da rede de saúde, passam por ambulatórios de saúde mental, onde o medo faz com que permaneçam em silêncio. Sua autoconfiança e auto-estima estão doentes e elas não têm forças para pedir ajuda.
Devido ao silêncio a maioria dos casos não chega a ser denunciada à polícia, mas quando a violência alcança a delegacia de mulheres, já vem acontecendo há anos e envolve tentativa de assassinato.
A violência contra a mulher tem sido considerada pelos organismos internacionais uma das principais moléstias da sociedade que não consegue superar esse problema que submete a mulher a uma situação deprimente e olhe que isto não é algo que acontece lá longe e com outras pessoas; acontece aqui, com você, suas amigas e sua família e não vai parar até que todos nós, homens e mulheres, digamos: não, basta!
E agora, finalmente, já existem os meios necessários para que efetivamente as mulheres possam tentar defender-se. Trata-se da lei nº 11.340, DE 7/8/06, já em pleno vigor. A lei que torna mais rigorosa a pena contra quem agride mulheres foi batizada com o nome de Maria da Penha, em homenagem a uma vítima da violência doméstica: Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica, que em 1983, levou um tiro nas costas e, aos 38 anos, ficou paraplégica. O autor do disparo foi seu marido, o professor universitário Marco Antonio Heredia Viveros, que após a primeira tentativa ainda tentou matá-la por eletrocução. Julgado após 9 anos, foi condenado a 8 anos, ficando preso apenas 2; hoje está livre.
Considerada bastante abrangente, a nova lei conta com medidas preventivas, assistenciais, punitivas, educativas e de proteção à mulher e aos filhos, trazendo um avanço importante ao englobar, além da violência física e sexual, a violência psicológica, que ocorre quando o agressor tenta controlar as ações da mulher, seus comportamentos, crenças e decisões por meio de ameaças, humilhação, isolamento ou outros meios; a violência patrimonial que ocorre quando a vítima perde bens, valores ou recursos econômicos por coação, chantagem ou manipulação; e o assédio moral, quando a vítima sofre repetitivamente atos de humilhação, desqualificação ou ridicularização.
Além disso, a lei reconhece, de forma inédita, que a violência contra a mulher pode ocorrer entre pessoas do mesmo sexo, em relacionamentos homossexuais e em quaisquer casos onde haja vínculos afetivos entre a vítima e o agressor, não importado se moram juntos ou não. A lei Maria da Penha também apresenta diretrizes de políticas e ações integradas do poder público para diversas áreas.
Sem dúvida é um grande avanço conquistado pelas mulheres deste país, que finalmente cumpre a Convenção para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher - Convenção de Belém do Pará, aprovada pela OEA e ratificada, em 1995, pelo Brasil. Cabe a todos nós, mulheres e homens de bem, defendê-la, exigindo a sua efetiva aplicabilidade, afinal todas as mulheres têm direito a uma vida sem violência!
A Diretoria
Pesquisa do Ibope, encomendada pela Transparência Brasil e pela União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle, retratou a relação entre eleitores e candidatos nas eleições do ano passado. Em todo o Brasil o número de eleitores que admitiram ter recebido oferta de vantagens em troca do voto praticamente triplicou em relação a 2002. Foram mais de 8,3 milhões casos – 5% nas regiões Norte e Centro-Oeste, 10% no Nordeste, 6% no Sudeste e 12% no Sul. “Essa quantidade é suficiente para alterar o rumo de uma eleição. Se pode imaginar que centenas de políticos brasileiros, entre governadores, senadores, deputados estaduais e federais foram eleitos comprando votos”, disse o diretor da Transparência Brasil, Cláudio Abramo. (fonte: Jornal Nacional)
Gente.... isso é assustador! É gravíssimo! E apesar do Congresso saber que precisa mudar as regras que regem o processo eleitoral, o legislativo não está nem um pouco interessado em mudar alguma coisa, uma vez que a moralização do sistema há de prejudicar os políticos profissionais que lá estão instalados e viriam a perder as inúmeras falhas da lei que os beneficiam. Muitos maus políticos que deveriam até estar na cadeia, acabam sendo eleitos pela compra de votos e ganham um escudo, que é a imunidade parlamentar, para escapar das mãos da justiça.
Aliás, os grupos políticos contrários às mudanças, aqueles que atrasam qualquer ação em relação ao assunto, não possuem qualquer legitimidade e devereiam ser vistos como integrantes do crime organizado, pois degeneram a vida social, banalizando a corrupção. O eleitor precisa estar bem atendo a este tipo de político e exigir que as mudanças aconteçam. Mudanças como, por exemplo, o financiamento público de campanha e a adoção da lista fechada de candidatos que eliminariam de cara dois tipos de fraudes: o primeiro combateria o caixa dois, o segundo, evitaria a compra porque os votos seriam sempre destinados ao primeiro candidato da lista.
A prática da corrupção eleitoral não pode ser encarada de forma condescendente pela sociedade democrática, O candidato que compra votos hoje, venderá posteriormente o seu mandato e desviará os recursos aos quais tenha acesso para garantir as eleições futuras. Qualquer cidadão brasileiro ligeiramente consciente deseja o aperfeiçoamento da democracia brasileira que hoje é obrigada a conviver com um sistema de representação política inescrupuloso. É preciso que a sociedade civil organizada arregace as mangas para exigir o combate efetivo à corrupção, o maior obstáculo ao desenvolvimento.
A Diretoria
PAC: MARACUTAIA À VISTA!
Aprovado no dia 22 de janeiro, o Plano de Aceleração do Crescimento – PAC, não passa de um pacote de marketing, que conseguiu apenas trazer preocupação aos trabalhadores ao invés de esperanças concretas de desenvolvimento.
Tímido e sem ousadia, as iniciativas que visam o crescimento são importantes, mas é necessário que se somem a essas, outras medidas e profundas reformas com reflexos a curto prazo; o PAC não resolve as questões estruturais do país. Uma eficiente e profunda reforma tributária e fiscal, queda drástica na taxa básica de juros, melhorias na segurança pública e investimentos maciços na educação não foram incluídos no Plano. O plano revelou-se um esboço de boas intenções, mas precisamos de um projeto com uma ampla agenda voltada para o crescimento sustentável.
Não bastasse, a principal novidade é a tentativa de avanço no patrimônio dos trabalhadores, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, do qual o governo pretende retirar inicialmente R$ 5 bilhões para financiar obras públicas, passando o risco de crédito das transações para um “comitê de comissários”. Se o negócio der certo, daqui a dois anos os trabalhadores poderão investir uma percentagem de seu saldo do FGTS, no fundo; se não der certo, o Tesouro (leia-se os contribuintes) arcam com os prejuízos. Fica então uma questão rondando nosso pensamento: se é um bom negócio, porque não pode ser voluntário desde já?
Como sindicalistas não podemos concordar com essa canetada que pode abrir um precedente muito perigoso, pois todos os grandes ataques aos cofres públicos são praticados em nome do desenvolvimento. Nada nos garante que não haverá grandes riscos que possam desestruturar o FGTS, deixando o trabalhador desempregado com uma mão na frente e outra atrás. Toda cautela é necessária para avaliar esta questão e nós trabalhadores estamos nos mobilizando.
A Diretoria
SEMPRE AS CHUVAS DE VERÃO!
Cerca de R$ 50 mil já foram contabilizados em prejuízos desde que a chuva forte começou em Americana, há aproxi-madamente 15 dias, segundo dados divulgados pela Secretaria de Obras e Serviços Urbanos. Em Sumaré a Defesa Civil decretou estado de atenção por conta das chuvas e segue monitorando áreas de risco em Americana e Pedreira. Em Hortolândia, o estado é de alerta. Além dos transtornos costumeiros, as fortes chuvas já estão provocando aumento nos preços dos produtos hortifrutigranjeiros na região. Entre os mais prejudicados por causa do mau tempo estão a cenoura, abobrinha e as alfaces. A variação entre o aumento de preços vai de 5% a 30%.
Não bastasse perder os bens materiais e ficar exposto a doenças, o cidadão também tem de enfrentar um gasto maior para alimentar-se. São as chuvas de verão, que entra ano, sai ano, continuam prejudicando a comunidade, uma vez que poder público parece não conseguir conviver bem com o meio ambiente.
Sabemos que a suscetibilidade da região em relação aos temporais mais pesados, ocorre em virtude da falta de planejamento territorial, como a expansão desordenada da área urbana e a ocupação de áreas de risco, entre outros. Essa conjugação de fatores potencializa os impactos causados por chuvas intensas. Além disso, são necessários estudos na área de climatologia que podem ajudar a prevenir ou pelo menos minimizar ocorrências como essas.
Sabemos que esforços são feitos, mas a cada ano os problemas (e tragédias) continuam acontecendo. Algo está faltando para que este quadro possa ser revertido. Talvez um pouco mais de respeito com a natureza que cobra seu preço a cada agressão sofrida.
Assim sendo não adianta ficar culpando o tempo instável pelas enchentes e mortes que ocasiona. É preciso que o poder público tome, de fato, as medidas necessárias para corrigir as causas dessa “epidemia” de verão, identificando os pontos frágeis, evitando a ocupação desordenada e estudando a fundo o clima e as alterações climáticas que vêm ocorrendo ao longo dos anos. Só com trabalho persistente e ininterrupto poderemos reverter esse quadro. Cabe a sociedade mobilizar-se, empurrando o poder público para o cumprimento de suas obrigações.
A Diretoria |
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Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado! |