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EDITORIAIS
Aids: Assunto Político...
Americana está entre as cidades que mais notificam casos de HIV no Estado de São Paulo. Por esta razão, a população da cidade que depende do tratamento para doenças infecto-contagiosas, em especial de DST/Aids (Doenças Sexualmente Transmissíveis/Aids), conta com um espaço específico para o atendimento. Foi inaugurado ontem o Serviço de Atendimento Especializado em Infectologia, com intuito de oferecer aos pacientes um atendimento qualificado.
A Aids continua sendo uma epidemia que afeta de maneira mais cruel as pessoas das camadas mais pobres e desinformadas da população, em conseqüência da má distribuição de renda do país, onde os índices sociais, como educação, habitação, saúde etc, são relegados a um quinto plano.
Por isso, vivemos uma contradição: pacientes que pertencem a classes sociais mais altas, têm condições de tomar o remédio perfeitamente, entendem a necessidade do uso dos medicamentos, disciplinadamente, enquanto que as pessoas que moram em baixo da ponte, moradores de favelas, de extrema pobreza, extrema miséria, apesar de terem acesso gratuito a medicação que é muito cara, não evoluem tão bem, justamente por falta de condições intelectuais para entender a importância do tratamento e sua complexidade. É muito difícil colocar na cabeça de um morador da periferia que ele têm que tomar vinte ou vinte e cinco cápsulas por dia, em horários diferentes com situações de jejuns diferentes e com uma disciplina absolutamente rigorosa.
Assim urge a necessidade mudar as condições políticas e sociais do país, de modo que as áreas críticas tenham os meios e recursos para educar e conscientizar os menos favorecidos não tem acesso às informações sobre o vírus, não tem condições de fazer uso dos meios preventivos e conseqüentemente se infecta mais, uma vez que a curto e médio prazo não haverá uma cura para doença. Urge que nossos governantes entendem que a Aids é um assunto político que deve estar sendo sempre repensado, de maneira que as ações propostas alcancem aqueles que mais precisam.
A Diretoria
E teja dito!!!
Bem, este mês estamos completando um ano de mensalão, o responsável por desmacarar o PT como símbolo da ética e nos mostrar como a impunidade corre solta pelos labirintos do Congresso!
Só que, neste mês de junho, nós também temos Copa do Mundo e vamos buscar mais uma estrela para ser colocada com orgulho em nossa camisa verde amarela. Alguns dizem que o futebol embota nossos sentidos e nossa memória, mas não acreditamos que esta pausa vá fazer o brasileiro esquecer de tudo aquilo que aconteceu nestes últimos meses e não há cristão que agüente tanto escândalo, todos os dias.
Por isso, vamos fazer uma pausa para curtir um pouquinho desta paixão nacional que faz 180 milhões de brasileiros calçarem suas chuteiras durante o mês da Copa. E, como essa paixão brota através da disputa de uma simples pelada, nada melhor que conhecer bem as regras para disputar um bom joguinho! Preste atenção:
Regras para uma boa partida de Futebol de Rua "1. A BOLA A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do irmão menor.
2. O GOL O gol pode ser feito com o que estiver à mão: tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, chinelos, os livros da escola e até o seu irmão menor.
3. O CAMPO O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e, nos clássicos, o quarteirão inteiro.
4. DURAÇÃO DO JOGO O jogo normalmente vira 5 e termina 10, pode durar até a mãe do dono da bola chamar ou escurecer. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.
5. FORMAÇÃO DOS TIMES Varia de 3 a 70 jogadores de cada lado. Ruim vai para o gol. Perneta joga na ponta, esquerda ou a direita, dependendo da perna que faltar. De óculos é meia-armador, para evitar os choques. Gordo é beque.
6. O JUIZ Não tem juiz.
7. AS INTERRUPÇÕES No futebol de rua, a partida só pode ser paralisada em 3 eventualidades: a) Se a bola entrar por uma janela. Neste caso os jogadores devem esperar 10 minutos pela devolução voluntária da bola. Se isso não ocorrer, os jogadores devem designar voluntários para bater na porta da casa e solicitar a devolução, primeiro com bons modos e depois com ameaças de depredação. b) Quando passar na rua qualquer garota gostosa. c) Quando passarem veículos pesados. De ônibus para cima. Bicicletas e Fusquinhas podem ser chutados junto com a bola e, se entrar, é Gol.
8. AS SUBSTITUIÇÕES São permitidas substituições no caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer lição ou em caso de atropelamento.
9. AS PENALIDADES A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar o adversário dentro do bueiro.
10. A JUSTIÇA ESPORTIVA Os casos de litígio serão resolvidos na porrada. (fonte: http://www.sitedoescritor.com.br/sitedoescritor_cronica_00006_futebol_de_rua.html)"
Depois da Copa, com ou sem a sexta estrela, certamente os brasileiros continuarão a ter boa memória e o melhor futebol do planeta! E... teja dito!!!!
A Diretoria
Os cidadãos paulistas já começam a sussurrar o 15 de maio como uma data fatídica! A perplexidade dos primeiros dias da onda de ataques deflagados pelo PCC, evoluiu para a insegurança e o medo que conseguiu paralisar São Paulo, a maior e mais rica cidade do país, na segunda-feira, 15 de maio.
Em Americana e cidades vizinhas, infelizmente, não foi diferente. Tomada por boatos a região foi invadida pelo caos que fechou escritórios, órgão públicos, shoppings, escolas, prejudicou o trânsito e tornou inúteis os celulares por longos períodos devido o excesso de demanda.
O PCC mostrou a fragilidade do sistema de segurança pública, a boataria mostrou a fragilidade das comunidades diante de situações incomuns como esta. Só uma mudança radical na legislação brasileira poderia resolver o grave problema da segurança pública, mas isso, definitivamente, não é do interesse dos políticos que nos representam, alguns dos quais estão no mesmo nível dos bandidos que espalham terror nas grandes cidades do país.
Colocando o dedo na consciência é fácil deduzir que governo e sociedade têm sua parcela de culpa no fortalecimento do crime organizado. Os poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, por não aplicarem um basta nesta situação (o Brasil precisa, pra ontem, de reformas em suas leis e de ações efetivas de combate ao crime organizado, precisa investir massivamente em educação de base, além de acabar com a corrupção política e investir em segurança), e a sociedade por não exigir uma tomada de atitude séria e digna por parte dos governantes que elege sem qualquer critério.
O momento é decisivo para todos, é reagir ou reagir, iniciando uma ofensiva contra o crime organizado sem precedentes na história do país – caso contrário todos os nossos dias se transformarão em 15 de maio!
A Diretoria
LEVA UM POUCO MAIS DE TEMPO...
Mais uma vez o Ministério Público mostrou serviço trazendo à tona o cambalacho das ambulâncias, que envolve o congresso, o ministério da saúde, do desenvolvimento e o setor privado.
A operação batizada de “sanguessuga” num primeiro momento prendeu 46 pessoas, entre elas os ex-deputados Carlos Rodrigues (PL-RJ), o Bispo Rodrigues e Ronivon Santiago (PP-AC), assessores de 8 deputados e do líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), funcionários dos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento e empresários, todos suspeitos de participar de uma quadrilha que desde 2001 fraudava processos de licitação e de venda de ambulâncias para municípios a partir do desvio de verbas do Orçamento-Geral da União. As ambulâncias eram entregues superfaturadas e sem condições de atendimento. O dinheiro desviado, R$ 110 milhões contabilizados até agora, ia para o bolso de toda essa gente. Já se fala em cerca de 150 parlamentares envolvidos no cambalacho.
Pois é... crise após crise escandalosa nosso congresso vive uma seríssima crise institucional, que leva o cidadão comum a deixar de acreditar e confiar na instituição com a qual não se identifica, uma vez que a esperança depositada nos candidatos não corresponde à ação dos representantes eleitos.
Eleitor desalentado, representante questionável, relações viciadas entre os poderes... crise.... uma ciranda da qual parece impossível escapar. Mas... dizem por aí que impossível e apenas uma coisinha que leva um pouco mais de tempo para se realizar.
Portanto, é não perder a esperança de eleger representantes dignos, que consigam elevar a moral e a dignidade do Congresso, através de ações honestas. Esse dia há de chegar!
A Diretoria
TRABALHO E EMPREGO
É bom lembrar que existe uma clara diferença entre trabalho e emprego. Hoje, fala-se muito em emprego (a possibilidade conquistada por um contrato para desenvolver um trabalho) e pouco em trabalho (ação de fazer que requer preparo, competência, qualidade, responsabilidade, honestidade, para atingir resultados de produção).
A sociedade parede preocupar-se apenas com as altas taxas de desemprego, sem preocupar-se com a criação de novas alternativas para o trabalho e a educação para novas atividades.
Muitos analisam o assunto, fazendo previsões, enquanto governos e entidades conduzem a política de acordo com os seus ideais e poucos analisam as necessidades das pessoas, com suas preocupações e anseios individuais. Todos acham que têm todas as soluções, mas estão esquecendo que a pré-existência de um tipo de trabalho é o requisito gerador do emprego e, portanto, não pode existir emprego sem trabalho.
Se tem uma coisa que todos nós gostaríamos de saber é qual será o futuro do trabalho! Que direção tomará, quais tecnologias serão mais utilizadas e como devemos nos preparar. Quando a sociedade conseguir educar para o desenvolvimento do trabalho, certamente o problema do desemprego será insignificante!
A Diretoria
NEPOTISMO EMPREGA PARENTES E COMPANHEIROS!
Os vereadores Paulo Sérgio Vieira Neves, o Paulo Chocolate (PSB), e Flávio Biondo (PSB) protocolaram ontem na Câmara de Americana projeto de lei de combate ao nepotismo no serviço público. O projeto proíbe a contratação e nomeação de parentes de ocupantes de funções públicas, tanto no Poder Legislativo quanto no Executivo. Desta forma, ficaria vedado aos agentes públicos, na administração direta, indireta, autárquica ou fundacional a contratação sem concurso de parentes consangüíneos até terceiro grau, colaterais até quarto grau ou por adoção.
Apesar de toda a celeuma que o assunto tem provocado nos últimos anos, continua sendo muito fácil encontrar aquele cidadão que acabou de receber um cargo público e já arrumou emprego para toda a família. Graças a Deus, alguns ainda tentam combater o empreguismo desenfreado que assola prefeituras, câmaras, assembléias e tribunais brasileiros.
Essa prática constitui, na verdade, a chave de nossa organização política, porque é em torno delas que se desenvolve, no dia a dia, a atuação do governo, ensejando a corrupção, a ilegalidade, o autoritarismo, o exercício discricionário do poder, a injustiça e a impunidade. É bom lembrar também que, recentemente, a imprensa noticiou a existência de mais de 40 mil cargos de confiança, que são preenchidos não por parentes, mas por “companheiros”, uma outra vertente do nepotismo.
A prática, infelizmente, já está institucionalizada, do que é exemplo o mau hábito de se outorgar às primeiras damas a atribuição de conduzir instituições sem fins lucrativos, não raro dotadas de vultoso patrimônio e de enorme importância para determinadas classes da população.
Os argumentos que procuram para justificar o nepotismo são inconsistentes, uma vez que a confiança e a competência profissional podem ser encontradas também na massa de servidores que se submetem aos rigorosos concursos públicos, aos quais podem e devem se submeter os parentes que desejarem ingressar no serviço público em igualdade de condições, como manda a boa prática democrática da república.
Assim, é bom que o projeto de lei provoque mais uma vez a discussão sobre o assunto, lembrando ao legislativo o quanto o cidadão comum reprova este tipo de conduta em seus eleitos.
A Diretoria
RACIONALIZAR PARA NÃO FALTAR! Uma série de ações marcou o Dia Mundial da Água, 22 de março. A Prefeitura de Americana fez o lançamento do projeto “Água, sinônimo de Saúde e Educação” e da segunda fase do programa “Desmistificando o uso da Água de Torneira”. Uma pesquisa realizada pelo DAE (Departamento de Água e Esgoto) revelou que 60% dos professores da rede municipal têm problemas nas cordas vocais por causa de alguns fatores, sendo um dos principais a falta do consumo suficiente de água. Acredite se quiser! Para piorar a disponibilidade hídrica per capita anual na Bacia PCJ (dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) que atende 4,5 milhões de moradores do interior mais 10 milhões da Região Metropolitana de São Paulo, através do Sistema Cantareira, soma uma densidade demográfica das maiores no Brasil, o que torna a disponiibilidade de água semelhante à disponibilidade no sertão da Paraíba ou no deserto da Arábia Saudita. (Fonte: O Liberal). Fica óbvio que frente à ameaça do colapso dos recursos hídricos, a água está se transformando no ouro do 3º milênio. Hoje, para aqueles que podem usufruir de uma rede de distribuição de água potável, gastar cerca de 250 litros por dia é o normal. Não paramos para pensar que entre todos os recursos naturais renováveis do planeta, a água é o único elemento indispensável para nossa sobrevivência. Como a possuímos ao abrir de uma torneira, nem nos damos conta do quanto a desperdiçamos e poluímos. É comum ouvirmos notícias de que a água está faltando: as represas estão secando, os mananciais estão poluídos, a população aumenta e a rede de distribuição continua a mesma, mas não damos muita atenção. O crescente agravamento da falta de água deve levar as pessoas a estabelecer uma nova forma de pensar e agir, inclusive mudando seus hábitos, usos e costumes. Essa nova forma de pensar e agir deve visar o crescimento econômico respeitando a capacidade dos recursos do meio ambiente, sobretudo a água. A consciência ambiental precisa ser despertada em todas as camadas da sociedade. Pequenos cuidados já são de grande valia, como usar a mesma água para diferentes finalidades, por exemplo, a água usada para lavar roupa é depois usada para lavar o quintal; evitar vazamentos; regar jardins e plantas na parte da manhã ou no final da tarde; lavar o carro eventualmente; não lavar calçadas, apenas varrer; não instalar válvulas de descarga nos vasos sanitários e sim caixas de descarga, que são mais econômicas e produzem o mesmo resultado e conforto. Recurso natural de valor econômico, estratégico e social, essencial à existência e bem estar do homem e à manutenção dos ecossistemas do planeta, a água é um bem comum a toda a humanidade. A conscientização e a educação do povo, do consumidor, dos políticos que fazem as leis são fundamentais. Racionalizar o uso da água não significa ficar sem ela periodicamente. Significa usá-la sem desperdício, considerá-la uma prioridade social e ambiental, para que a água tratada, saudável, não falte para ninguém.
A Diretoria
SÓ MESMO SANGRANDO O BOLSO...
A Diretoria de Trânsito do município de Sumaré está preocupada que a notícia da falta de fiscalização pelos radares estáticos, que não funcionam desde janeiro na cidade, caia definitivamente na boca dos motoristas, aumentando o índice de acidentes nas vias públicas. Os radares só serão reativados a partir de abril, se não houver contratempos nos processos licitatórios.
Desde a instalação destes equipamentos nas grandes cidades brasileiras, o número de acidentes vem caindo ano a ano. É bom lembrar que estudos comprovam que o Brasil responde por um terço do total de cem mil mortes/ano por acidentes de trânsito na América Latina e no Caribe. Talvez, por esse motivo, o Brasil tenha criado o maior programa urbano de fiscalização eletrônica do mundo. As cidades que já adotaram tal sistema somam 42 milhões de habitantes e dois terços da frota nacional de veículos.
Comparados os números de acidentes no trânsito, antes e depois da colocação dos radares, de 24 cidades brasileiras, além de trechos de rodovias estaduais e federais, estes provaram que quando os equipamentos são colocados corretamente, há uma diminuição de 30% dos acidentes e de 60% do número de mortes, resultando em uma economia de US$ 150 milhões de despesas hospitalares.
Pena que os condutores de veículos tenham de ser convencidos a respeitar as normas de trânsito apenas através da vigilância constante e aplicação de multas! Os acidentes de trânsito que sempre resultam em danos aos veículos e suas cargas, geram lesões graves nas pessoas e são ruins para todos, trazendo sofrimento, morte, seqüelas físicas, prejuízos financeiros, perda de renda, afastamento do trabalho, constrangimentos legais, processos, prisão, parecem não comover nenhum motorista. Só mesmo a possibilidade de uma sangria no bolso consegue diminuir o peso do pé no acelerador!
E dizer que os radares são fábricas de multas é tomar uma posição muito simplista... É fácil demais fugir desta suposta fábrica de multas... basta respeitar os limites e lembrar que o trânsito é feito pelas pessoas e como em qualquer atividades humana, exige dignidade, igualdade de direitos, participação e co-responsabilidade para que haja um convivência social harmoniosa!
A Diretoria
PROJETANDO UMA NOVA ERA COM AS PRÓPRIAS MÃOS!
Dia Internacional da Mulher 2006... Muito conquistamos, mas muito ainda há por fazer, pois, leis não são respeitadas... enfrentamos discriminação no trabalho por sermos MULHERES e MÃES. Somos mais atingidas pelo desemprego; nossos salários são mais baixos que os dos homens para a mesma função; acumulamos a dupla jornada e não temos as mesmas oportunidades de qualificação... estamos entre os mais pobres!
Apesar disso, ajudamos a construir este Brasil, com nosso trabalho, esforço e dedicação, Estamos em maior número no mercado de trabalho, nas estatísticas do desemprego e nas situações de desigualdade que o processo de globalização cria e, ainda assim, continuamos defendendo o que conquistamos e mudando as regras patriarcais do capitalismo e da receita neoliberal que implica em redução dos serviços públicos, altas taxas de juros, liberalização dos movimentos de capitais, privatizações que atingem as mulheres com o aumento da pobreza, do desemprego, do trabalho doméstico e comunitário, cobrando a implementação de leis e políticas para erradicar a pobreza. Com nossa luta ainda ajudamos as minorias mais fragilizadas!
Temos lutado por uma sociedade igualitária, humana e justa e para isso, hoje cobramos a realização de um projeto nacional comprometido com a emancipação da mulher e por políticas públicas que efetivem nossos direitos no dia a dia. Continuamos na luta pela igualdade de oportunidades e por condições de trabalho; pelo fim da violência de gênero e racial, pela erradicação do assédio moral e sexual; por uma saúde integral que considere as singularidades de gênero, de etnia, de geração e de classe; por uma imagem social que reflita a condição da mulher como cidadã e trabalhadora, parte fundamental do progresso desta grande nação.
Temos demonstrado nos últimos cem anos força, garra e muita esperança, apostando direto no compromisso social de construir um mundo livre da opressão, sem esmorecer apesar dos revezes... exigindo nossos direitos e o respeito que merecemos. Deixamos definitivamente de ser a bonequinha, construída no imaginário coletivo com linda, sem rugas, sempre sorridente e pronta para o sexo, para ser a cidadã que trabalha, estuda, concebe, grita, ri, faz ginástica, cozinha, brinca e anda de bicicleta, dirige caminhão ou legisla, sabendo como ninguém ser a mulher que está projetando uma nova era, com suas próprias mãos!
A Diretoria
GESTÃO CRISTALINA!
Moradores de Nova Odessa criticaram os vereadores que aprovaram o projeto de lei que autoriza a contratação de nove assessores legislativos. Todos os entrevistados tem opinião parecida com a do comerciante Paulo Bartolomei. “Os vereadores desta cidade trabalham pouco para contratarem assessores. Nova Odessa é uma cidade pequena e não havia necessidade de se criar uma lei como esta”. Fatos como este são comuns em vários municípios do país, sendo mais um motivo para que a sociedade desacredite dos políticos. Esta situação não é boa para o futuro da democracia, porque faz com que o povo perca a esperança de conquistar, através dos parlamentares que elege, a justiça social que tanto almeja.
Sabemos que a corrupção nasce de fraquezas institucionais e da ineficiência da gestão administrativa, através da ausência de uma regulamentação do direito constitucional, do acesso à informação privilegiada, na liberdade de nomeação de pessoas para ocupar cargos de confiança, na forma de elaboração dos orçamentos, na debilidade dos mecanismos de controle do gerenciamento público, nas difíceis condições de monitoramento social, além de outros fatores.
A reversão deste quadro está intimamente ligada à uma reforma política eficiente e à vigilância permanente da sociedade quanto aos negócios públicos, exigência de transparência na condução dos governos e maior participação popular na tomada das decisões. Um bom exemplo do caminho a seguir é o mecanismo dos orçamentos participativos, nos quais a comunidade discute o que será feito com o dinheiro dos impostos que arrecada.
Assim, também as mesas legislativas deveriam discutir mais cristalina e participativamente suas diretrizes, à luz da ética e dos princípios de justiça social, afinal, valores morais existem nas vereanças e deveriam ser aplicados através de ações. Como quase não tem sido convidado a participar do legislativo ou do executivo, o cidadão deverá demonstrar no próximo pleito o seu desejo de renovação e de maior qualidade nas mudanças que as urnas determinarão.
A Diretoria
de olho no voto!
Não é muito difícil analisar 2005 do ponto de vista do eleitor: um ano de muitos escândalos e pouca ação que nos mostrou a máquina executiva aparvalhada entre sacolões assistencialistas, varejão político, gerenciamento ineficiente e muito discurso eleitoral embutido na verborragia presidencial. Sobressaíram-se também a inflexível política “pallociana” que impediu investimentos, paralisou o governo, emperrou o crescimento, tudo isso somado ao lodaçal no qual se atolou o partido do governo!
Terminamos o ano com a convocação extraordinária do Congresso, mais uma vergonha que garantiu aos parlamentares o pagamento extraordinário de quase um salário-mínimo e meio (R$ 443) por cada dia de convocação, o que custará ao nosso bolso quase R$ 100 milhões, além de carimbar nossos parlamentares como homens de pouca ou nenhuma seriedade, sem compromisso com seus eleitores ou a nação, que demonstram sua amoralidade ao receber um dinheiro que não merecem, para discutir e votar temas que já deveriam ter votado há muito tempo.
Claro que o eleitor, através da mídia extravasou sua revolta com tanta desfaçatez por parte daqueles que foram eleitos para representar pessoas que nem imaginam o que seja embolsar tanto dinheiro para não fazer nada e até mesmo furtar quem lhes deu o voto. Pressionada ao limite por causa de tantos escândalos, a ilustre Câmara dos Deputados finalmente votou projeto para extinguir o pagamento do salário dobrado na convocação extraordinária... mas, não sem a chiadeira de alguns deputados que afirmaram PRECISAR do dinheiro extra! Mais um vexamezinho que poderia ter sido evitado.
E, de olho no voto do eleitor, a Câmara também aprovou a mudança na Constituição que reduz as férias dos parlamentares de 90 dias para 55 dias (você conhece alguma categoria profissional que tenha 55 dias de férias anuais?). Fica no ar a pergunta que não quer calar: será que podemos crer no futuro deste país e ter alguma esperança?
A Diretoria
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Relatório de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, ferramenta criada para que o país acompanhe o desenvolvimento dos seus indicadores sociais, aponta evolução positiva em todo o Estado de São Paulo, da década de 90 até o ano de 2003, conforme estudo divulgado no mês passado.
Índices como os níveis de pobreza e indigência, taxas de mortalidade infantil, materna e por HIV/Aids, bem como a diferença entre homens e mulheres tiveram queda significativa. Na região, as cidades de Americana, Santa Bárbara, Nova Odessa e Sumaré registraram desempenho satisfatório, com destaques para a educação, longevidade e acesso à infra-estrutura de saneamento básico. (O Liberal)
Entretanto, muito ainda precisa ser feito, pois, as condições de vida ainda são bastante desfavoráveis no país. A conjuntura brasileira continua marcada pela desigualdade com alto risco social; altos níveis de desemprego, deficit na geração de empregos no setor formal e crescimento no informal; baixos salários; deterioração redistributiva; violência urbana e no campo; elevados níveis de corrupção na administração pública; precariedade do acesso pela população a bens e serviços públicos. Nas áreas urbanas e periferias a maioria dos pobres viva onde as condições ambientais encontram-se deterioradas.
Para haver melhorias profundas precisamos de ações corajosas de governo, de fatores internacionais favoráveis, de uma política econômica justa e inteligente, de competência administrativa e da pressão da sociedade.
Prestação de serviços de saúde, fácil acesso aos documentos pessoais, vagas nas escolas, condições favoráveis à integração (permanência) da criança/adolescente na escola, condições favoráveis à integração familiar, geração de renda, condições de prover o sustento da família, acesso à moradia são alguns dos itens básicos do processo de desenvolvimento sustentável (esforços e movimentos em prol de ações voltadas para a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida) que praticado regularmente poderá trazer os resultados que toda a sociedade tanto deseja.
A Diretoria |
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Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado! |