Home
SEAAC Blog
Olho no Olho
Base/Atendimento
Presidenta
Diretoria
Categorias
Acordos por Empresa
Acordos PPR
Jurídico
Homologações
Seaac Acontece
Currículos
Parcerias
Info da Hora
Associe-se Já!
Cadastro Empresa
Convenções Coletivas

 

OLHO NO OLHO

militante sindical!

 

Militar na área sindical não é uma tarefa fácil, uma vez que qualquer sindicato é um órgão essencialmente de lutas. O primeiro grande desafio que enfrentamos é encontrar novos e eficazes meios para unir os trabalhadores da base territorial sob a bandeira de sua entidade, associando-os, para que o sindicato possa, de fato, representar o maior número de trabalhadores; afinal a entidade embasa seu poder, fundamentalmente, em sua capacidade de aglutinar a partir do velho postulado  “a  união faz a força”.

 

Outro desafio é fazer sempre evoluir as reivindicações, possivelmente o objeto central de todo sindicato, canalizadas por meio do direito de petição coletiva e o exercício da negociação coletiva. Precisamos buscar os meios, para criar condições salariais e de trabalho homogêneas entre os trabalhadores, conquistando a igualdade para todos, associados ou não, pertencentes ou não ao sindicato.

 

Mas ainda não basta. Precisamos também fazer do sindicato um órgão de colaboração ou cooperação, que enquanto instrumentaliza os meios de auto defesa para respaldar os direitos e interesses dos associados e dos trabalhadores em geral, ainda possa ajudá-los a conquistar cidadania.

 

Assim, desse modo, aquele que acredita ter vocação para a militância sindical deve estar plugado ao cenário político econômico social brasileiro, atento a todas as discussões sobre os impactos da reestruturação produtiva no mercado de trabalho e na organização coletiva dos trabalhadores, que passa necessariamente pelas constantes modificações  estruturais do sindicalismo brasileiro, descobrindo neste contexto novas estratégias para militar neste efervescente cenário.

 

O exercício da representação sindical embute uma forte responsabilidade social, que cobra dos militantes, soluções coletivas que não se descuidem das questões individuais. Decididamente não é tarefa fácil!

(Fonte de consulta: A Organização Sindical do Século XXI - Mario Pasco Cosmópolis)

 


 

SER MAIS E TER MENOS!

 

Segundo estudo da Editora Abril, “As poderosas da classe média”, realizado em 2011, as novas consumidoras brasileiras são responsáveis por 80% das decisões de consumo das casas: dos alimentos ao vestuário, do carro  ao apartamento, dos bens culturais às viagens de férias, são elas que estão decidindo as regras do consumo e, consequentemente, o futuro da produção.

 

Por isso, a responsabilidade para educar essas mulheres para o consumo deve ser compartilhada entre todos os setores, de modo a tirá-las do piloto automático, no qual o consumo é sinônimo de felicidade e identidade pessoal, chamando a atenção delas para a escolha de produtos que tenham embutidos valores como a saúde, a educação, o futuro dos filhos, o meio ambiente, que sejam produzidos através de trabalho decente... ou seja, produtos do bem.

 

Na verdade, no dia a dia o conceito de sustentabilidade ainda é difícil de ser entendido e por isso se fazem necessárias ações que traduzam em termos familiares o conceito, informando e conscientizando por meio de campanhas, que valorizem o papel das mulheres nesse processo.

 

As mulheres precisam tomar ciência do seu poder de compra num mercado que está atendo às mudanças de atitudes do consumidor e estabelecer um padrão de consumo mais responsável, que cuida da sociedade e do meio.

 

“Ser mais e ter menos, essa é a mensagem”, afirmou Lucia Barros, editora da revista Máxima e uma das integrantes da Rede Brasileira de Mulheres pela Sustentabilidade. Na sua simplicidade é um axioma difícil de ser colocado em prática, mas elas querem, podem e devem torná-lo realidade.

 

A Diretoria


 

DIA DE LUTA PELA SAÚDE DA MULHER

 

Pesquisas revelam que as mulheres vivem mais que os homens porque cuidam melhor da saúde, fazem mais consultas e exames preventivos. Porém, a atenção à saúde da mulher, na história das políticas de saúde no Brasil e no mundo, tem sido reduzida, em grande parte, aos parâmetros da atenção materno-infantil e, mesmo assim, frequentemente, relegada a segundo plano.
 

O Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher – deve sempre ser uma ação permanente de defesa da saúde integral e direitos reprodutivos das mulheres em todas as fases da vida. No Brasil, a data historicamente marcada pela busca da redução contra a mortalidade materna, se traduz no fim das mortes por abortos inseguros e pelo crescente abandono de recém-nascidos e pela violação ao direito à saúde nas prisões femininas, revelada em relatório especial.
 

A data é fruto da ação de mais de duas décadas do movimento pela saúde das mulheres e feministas que decidiu ter um dia de ação mundial para tornar visível um fenômeno – a mortalidade materna – considerado banal nas sociedades cuja cultura naturaliza a entrega da vida das mulheres em nome da maternidade.

 

O Dia Internacional de Ação pela Saúde da Mulher -28 de maio – foi definido no IV Encontro Internacional Mulher e Saúde (1984, Holanda), durante o Tribunal Internacional de Denúncia e Violação dos Direitos Reprodutivos, ocasião em que a morte materna apareceu em toda a magnitude de sua crueldade como parte do cotidiano das mulheres em quase todo o mundo. Desde 1988, no Brasil, o 28 de maio também é Dia Nacional da Redução de Morte Materna. (Blogueiras Feministas)

 

Engajado firmemente na luta feminista o SEAAC AM está constantemtente lembrando os direitos e as batalhas travadas pelas mulheres para garantir o equilíbrio entre os gêneros e conquistar justiça social para todos, principalmente, para as minorias desprotegidas.

 

A Diretoria

 


 

TRABALHO DE LONGO PRAZO

 

A nova edição do Mapa da Violência mostra um problema antigo: em trinta anos a taxa de homicídios de mulheres no Brasil oscilou em torno de 4,4 vítimas a cada 100 mil mulheres. Foram assassinadas, entre 1980 e 2010, 91.932 mulheres. Quase a metade dos casos, 43.486 mortes, ocorreu na última década.

 

Segundo o documento, até os 14 anos de idade os pais são os principais responsáveis pela violência. O papel de agressor, porém, vai sendo substituído progressivamente pelo parceiro ou ex-parceiro, a partir dos 20 anos de idade, situação que se mantém até a idade de 60 anos. Depois dos 60 anos os filhos preponderam na geração de violência contra a mulher.

 

Os números são incontestáveis, deixam um traço amargo na alma do movimento de mulheres que tem lutado bravamente para mudar este quadro. Apesar das mudanças na legislação, da criação da Secretara Especial de Políticas para Mulheres, das Delegacias Especializadas, de mais rigor na punição, ainda assim a violência persiste.

 

O fato real é um só: a violência tem sido companheira do homem por milhares de anos, parece estar impressa no DNA das pessoas. Não se muda isto em uma geração. Precisamos, portanto, lançar mão de todos os recursos disponíveis para alterar esta realidade. Precisamos do cumprimento integral da lei Maria da Penha, além de educação e prevenção, fatores primordiais para a diminuir deste tipo de crime.  

 

É imprescindível educar as crianças, através de programas de sensibilização nas escolas, de modo a diminuir a incidência do problema nas próximas gerações; incentivar debates na sociedade, introduzir alterações nas linguagens sociais associadas ao fenômeno da violência familiar. É necessário reconsiderar o lugar da mulher dentro da própria família, onde ela ainda é considerada inferior ao sexo masculino.

 

Quem deseja mudanças, tem de mudar. Cabe às mulheres reformularem sua posição frente aos homens, através da força e união do movimento feminista, em todas as esferas da sociedade, buscando o equilíbrio entre os gêneros. Não é trabalho para apenas uma geração, é um trabalho de longo prazo, mas que será realizado.

 

A Diretoria


 

LIÇÃO DE CASA BEM FEITA!

 

Este ano os trabalhadores estarão comemorando o Dia do Trabalho cheios de alegria e otimismo, além da compreensão clara da necessidade de reforçar a organização que as Centrais Sindicais tem conseguido agregar ao movimento sindical brasileiro.

 

Graças a esta unidade das categorias profissionais, que sedimenta a base dos trabalhadores, muitas conquistas, como a recuperação do salário mínimo, o fortalecimento institucional dos sindicatos, a redução das taxas de desemprego, o acesso ao crédito, aos bens de consumo, entre outros, estão se tornando realidade expressiva.

 

Para as Centrais as comemorações do 1º de maio tem sido um momento único para dialogar com a sociedade, levando informações e esclarecimentos sobre as demandas dos trabalhadores, conquistando o apoio social para sua luta, que na realidade é a luta de cada cidadão por justiça e equidade.

 

Vale lembrar, que as demandas são inúmeras, principalmente em relação a direitos não respeitados, sendo os trabalhadores vítimas de muitas injustiças históricas, que precisam ainda ser sanadas, mas os avanços também são históricos e merecem ser festejados, gerando impulsos para um aglutinamento ainda maior de trabalhadores, aposentados, servidores públicos, e movimentos populares e estudantis, que desenvolvem mobilizações importantes para o exercício da cidadania, buscando mudar nosso país para melhor.

 

As Centrais Sindicas brasileiras tem tido uma atuação exemplar e digna da confiança do trabalhador, estabelecendo relações solidárias entre si, articulando-se nacionalmente, realçando a importância do trabalhador como ponto central para o desenvolvimento do país, que deve ser baseado na garantia e ampliação dos diretos, no combate a todas as formas de precarização e na distribuição de renda e justiça social. Estão fazendo direitinho sua lição de casa!

 

A Diretoria


 

ADMINISTRANDO O NAMORO NO TRABALHO

 

As pessoas permanecem cerca de oito horas nos locais de trabalho, então as chances de encontrar um par afetivo tornaram-se maiores, pois elas passam grande parte do seu dia entre os colegas e começam a ter relações mais estreitas com as pessoas, o que facilita o envolvimento; elas partilham  alegrias, projetos, elogios, pressões, confissões, amizades a todo instante.

 

Apesar de não serem incentivados pelas empresas são poucas as que vetam os relacionamento e menos ainda as que têm alguma política sobre o assunto. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, não há legislação que proíba o romance no ambiente de trabalho. O que pode haver são regras determinadas pela própria empresa. Bom senso é o que vale.

 

Apesar disso, entretanto, algumas empresas proíbem o namoro e até mesmo a permanência de parentes ou cônjuges no trabalho. As empresas também podem  proibir condutas inadequadas no ambiente de trabalho, tanto entre namorados como entre colegas.

 

Em qualquer caso, uma regra comum é manter a discrição para não cair na “boca do povo”. Evite contar a todos o relacionamento, não use o telefone em demasia, não utilize qualquer forma interna de comunicação para trocar recadinhos, não se permita olhares amorosos ou manifestações de carinho. Uma postura de seriedade é fundamental.

 

Mas, não esqueça, uma coisa é ser discreto com os colegas de trabalho, outra é mentir ou enganar seu chefe. Caso a empresa proíba o namoro, o mais correto a fazer é conversar diretamente com seu superior, abrir o jogo e decidir o melhor pra todos.

 

Se o relacionamento for aprovado e concreto, começam então os desafios diários da relação, que não pode interferir com o andamento diário do trabalho. Não deixe problemas pessoais transparecerem, permitindo que seu rendimento seja afetado. Manter a harmonia no desenvolvimento das tarefas é fundamental para qualquer carreira.

 

Não é uma situação simples para aqueles que desejam levar suas carreiras a sério e ao mesmo tempo encontrar o equilíbrio na vida amorosa, mas também não é impossível de conciliar. Separe sempre as duas coisas, seja responsável, não ceda a tentação. Conseguindo isto, administrar o relacionamento e o trabalho fica fácil.

 

A Diretoria

 


 

FELICIDADE INTERNA BRUTA

 

O capitalismo acostumou o mundo moderno a medir a riqueza de suas nações através do Produto Interno Bruno (PIB), que considera a soma de tudo (de origem material) o que é produzido no país, mas ignora dados como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ou o nível de segurança das cidades.

 

Portanto, listar o desempenho dos países pelos bilhões acumulados com a produção industrial e comercial, por exemplo, é, para muitos especialistas, uma distorção da realidade.   Por conta disso, a Fundação Getúlio Vargas de São Paulo-FGV/SP, uma instituição privada e isenta de interferências governamentais, está empenhada na elaboração de metodologia para um novo índice, com a intenção de fornecer resultados mais próximos da realidade ao governo federal e assim auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas.

 

O primeiro passo do desenvolvimento da metodologia da Felicidade Interna Bruta – FIB já foi dado pela FGV e mostra que a riqueza econômica não é o principal fator de felicidade da população. Esta, sem dúvida, é uma iniciativa muito bem vinda e interessante, afinal, quanto mais próxima da realidade foram nossas estatísticas, melhores podem ser as ações e correções necessárias para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros.

 

Um ponto a favor da FGV é o entendimento de seus pesquisadores de que elaborar tal índice é algo complexo. São muitos dados subjetivos que variam de Estado para Estado e em um país do tamanho do Brasil, com regiões diferentes entre si, a tarefa fica ainda mais complicada. Mas a instituição é capaz e vai elaborar a pesquisa “sob medida” para cada uma das regiões, desta forma atingindo melhores resultados, que reflitam a situação real do Brasil.

 

Assim, vamos aguardar para ver o resultado desta nova medida, ao invés de utilizar um índice inchado com custos ambientais, gastos com crimes, atendimento médico, divórcio e até desastres naturais, itens que decididamente não nos tornam mais ricos.

 

Ah... não pense que a idéia é original... não é, ela já existe em outros países.

 

A Diretoria


 

MULHERES MUDANDO SUA REALIDADE

 

O SEAAC de Americana nasceu como um sindicato fortemente engajado na luta feminista e sempre refletiu junto com as trabalhadoras sobre a causa representada no dia 8 de março, data que marca a comemoração do Dia Internacional da Mulher, um momento para recordar a história de luta das trabalhadoras por condições de vida e trabalho decente.

 

O período é marcado por muitos eventos e nestas ocasiões de troca de experiências, além de levar nosso trabalho, buscamos ouvir as demandas das mulheres, que em geral são sempre as mesmas, só mudam de formato. Dos vários encontros que participamos destacamos dois: um em Praia Grande, com as Comerciárias e outro na Câmara de Vereadores em Piracicaba, prestigiando uma trabalhadora EAA homenageada.

 

Durante estas interações, quando falamos que o mês de março é um tempo para reflexão, estamos também destacando o diálogo que construímos nos Encontros Regionais e Estaduais da Mulher EAA, eventos onde discutimos os rumos das trabalhadoras dentro das nossas categorias e também tratamos de questões mais amplas como a autonomia da mulher na sociedade em que vivemos.

 

Este diálogo com as trabalhadoras, faz parte de um processo que decide as diretrizes seguidas pela FEAAC E SEAAC´s na luta pela igualdade de gênero e tem três momentos de suma importância.

 

O primeiro foi a elaboração da cartilha com as justificativas das cláusulas de gênero, com a qual buscamos avançar nas negociações coletivas, unindo forças junto às companheiras dirigentes sindicais do Estado de São Paulo.

 

O segundo momento foi à preparação para o 6º Encontro da Mulher Trabalhadora EAA, no qual dialogamos sobre a importância de repensar a participação da mulher nos espaços públicos - cabe destacar que durante esse processo elegemos uma presidenta para o país.

 

O terceiro momento foi à participação das dirigentes sindicais da FEAAC e SEAAC’s no Congresso da CNTC, que nos conduziu a um debate nacional sobre as questões da mulher e o seu papel na sociedade atual, no movimento sindical e a questão de gênero.

 

Assim, temos procurado refletir sobre o descompasso entre o aumento significativo da mulher no mercado de trabalho e a dificuldade de acessar direitos trabalhistas de forma a deixar equânime a situação entre os sexos. Neste processo de luta que as mulheres EAA estão desenvolvendo, a próxima etapa é encontrar o caminho a seguir para transformar essa realidade! Vale ainda notar que este é um processo irreversível, que demanda apenas tempo para se ser concretizado.

 

Helena Ribeiro da Slva

Presidenta SEAAC


 

O SIGNIFICADO DO DIA 8 DE MARÇO

 

Apesar de vivermos em um mundo “plugado e informado” é espantoso que muitas pessoas ainda não entendam o real significado do Dia Internacional da Mulher. Não se trata de um dia marcado aleatoriamente no calendário para que o comércio possa vender mais, ou um dia no qual elas desejam ser paparicadas, muito menos receber prendas ou parabéns.

 

Trata-se de um dia de reflexão, de aglutinação, de reforço à luta por justiça social e direitos humanos. Trata-se de construir um sentimento coletivo de ação nesse dia que rememora os primeiros protestos de mulheres no mundo.

 

Em 8 de março de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres que reivindicavam o direito de uma jornada de 10 horas diárias, a polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as operárias se refugiassem dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs.

 

No início do século 20, as trabalhadoras protestavam contra as más condições de trabalho na indústria do vestuário em Nova York, Berlim, Viena e São Petersburgo, com jornadas de 16 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais.  

 

Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro.

 

Entretanto, com o passar dos anos a data começou a perder seu caráter político reivindicatório tornando-se uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres com ofertas de prendas e flores. A data chegou a ser ridicularizada pelo cinema e televisão e quase caiu no esquecimento, sendo recuperada pelo movimento feminista, na década de 1960 e finalmente adotada pelas Nações Unidas, em 1977.

 

Hoje, após inúmeras conquistas que o movimento de mulheres conseguiu realizar nos últimos anos, o Dia Internacional da Mulher deve reforçar a luta feminista, promovendo um diálogo com a sociedade sobre a realidade das mulheres, que ainda é dura, e cobrar do poder público medidas e políticas que promovam a igualdade entre homens e mulheres. Este é o real significado do dia 8 de março.

 

A Diretoria


 

LEI MARIA DA PENHA TERÁ MAIS FORÇA CONTRA AGRESSORES IMPUNES

Maria da Penha

“O grau de civilização de um povo se mede pelo grau de proteção à mulher”, proferida pelo ministro Carlos Ayres Britto deu o tom à sessão do STF, dia 9 de fevereiro de 2012, que declarou, por unanimidade, a constitucionalidade de três artigos da Lei Maria da Penha que tratam do regime diferenciado criado pela norma para punir os agressores de mulheres, com a criação de juizados de violência doméstica contra a mulher.

 

Com nove votos a favor e um contra, o STF ainda eliminou a representatividade da vítima em processo criminal contra o agressor, isto é, a partir de agora, o Ministério Público passará a ter a prerrogativa de denunciar agressores, assim como qualquer outra pessoa, e a queixa não poderá ser retirada posteriormente. O julgamento foi um marco, uma vitória para a causa das mulheres brasileiras e de todos aqueles que enfrentam a violência para garantir os direitos humanos.

 

É bom lembrar que as denúncias de violência física contra a mulher, em 2011, corresponderam a 61,28% das 74.984 ligações relacionadas à violência na Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. O serviço totalizou 667.116 ligações, com uma média de 1.828, ao dia, segundo balanço divulgado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), ligada à Presidência da República. As situações de cárcere privado, chegaram, surpreendentemente, a 343 casos, quase um caso por dia.

 

Quase 99% das ligações são feitas por mulheres adultas (98,97%), em período economicamente produtivo e biologicamente reprodutivo, a maioria entre 30 e 39 anos (32,08%). A conclusão óbvia é que isso atinge a economia e o desenvolvimento do país. Mulheres entre 20 e 29 anos correspondem a 31,19%, 17,88% entre 40 e 49 anos e 8,64% entre 50 e 59 anos. Foram registradas 3.402 ligações feitas por homens.

 

Interessante notar que, segundo balanço da SPM, 59,51% das vítimas não dependem financeiramente do agressor, evidenciando que estas mulheres têm dependência afetiva com os agressores.

 

Para enfrentar esta vergonhosa estatística, cultivada por uma cultura machista e patriarcal são necessárias políticas públicas que possam atuar retirando o manto de invisibilidade, mêdo e silêncio que envolve muitas das vítimas. Neste aspecto a lei Maria da Penha será dúvida o “divisor de àguas”, tornando-se mais protetora e rigorosa para punir.

 

Para finalizar, não podemos deixar de citar solidariedade do Ministro Luiz Fux, que esperamos possa alcançar mais mentes esclarecidas: “Quando uma mulher é atingida, todas são atingidas. Me solidarizo e digo que nós, homens de bem, também nos sentimos atingidos quando uma mulher sofre violência doméstica”; e o nome do presidente do Supremo, Ministro Cezar Peluso, único voto contra nove a favor da ação.

 

A Dretoria


 

TAREFA PARA AS MULHERES!

 

O movimento de mulheres estará presente ao Fórum Social Temático – FST 2012, em Porto Alegre, uma vez que sua presença é de fundamental importância neste espaço de discussão aberto e plural.

 

O Fórum Social Temático é parte do processo do Fórum Social Mundial e é uma etapa preparatória para a Cúpula dos Povos na Rio+20 que será realizada no Rio de Janeiro em junho/2012. O tema do FST nesse ano é a Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental embasado nos acontecimentos mundiais de mobilizações sociais impulsionados pela insatisfação do sistema financeiro atual que fortalece a injustiça social e desrespeita os direitos.

 

Sensível, o movimento de mulheres está extremamente preocupado com o modelo de sociedade atual, baseado na exploração dos seres humanos e da natureza, no qual a riqueza é exclusividade de poucos, construída por meio do trabalho e da exploração de muitos, degradando a natureza e inviabilizando a vida sustentável para as futuras gerações. Uma consequência disso é que as mulheres hoje vivem as piores condições de exploração, pobreza e discriminação.

 

Assim as mulheres do século 21 lutam contra a mercantilização da natureza, de suas vidas e corpos, contra a exploração pelo trabalho; pela transformação do mundo, integrando a construção de igualdade e liberdade das mulheres às lutas por transformações globais na sociedade

 

O Fórum Social temático é a oportunidade de procurar novas alternativas e caminhos, através do compartilhamento de perspectivas, conhecimentos e práticas de desenvolvimento sustentável; identificação de condições favoráveis e desfavoráveis para o desenvolvimento dessas alternativas; divisão de experiências na luta em defesa dos direitos e bens comuns e incentivo à cooperação entre organizações e movimentos da sociedade civil; transformando as participantes em multiplicadoras, em suas respectivas cidades. Uma tarefa e tanto!


A Diretoria


 

MULHERES TRAÇAM SEU CAMINHO POLÍTICO

 

Em sua incessante luta por justiça social, mais de 200 mil mulheres que participaram dos encontros municipais e estaduais da 3ª Conferência de Políticas para Mulheres, durante o ano de 2011, que culminou em dezembro com o encontro nacional em Brasilía, decidiram que a construção de mais creches, formalização do trabalho, ampliação da licença maternidade, atenção ao aborto seguro e garantia da participação das mulheres na política, capacitação, 40 horas semanais, igualdade entre mulheres e homens no mercado, implementação efetiva da lei Maria da Penha são algumas de suas principais demandas, centradas em 4 eixos principais: autonomias econômica, pessoal, cultural e política.

 

A conferência reuniu 2,5 mil delegadas de todas as partes do País e resultou de um processo democrático que envolve as mulheres engajadas, organizações e órgãos de governo.

 

A 3ª Conferência foi um encontro intenso de debates. Todos os grupos de trabalho, rodas de conversa e plenárias estiveram, o tempo todo, com uma altíssima participação e todos os temas propostos foram exaustivamente esmiuçados.

 

O balanço foi positivo, uma vez que as próprias mulheres estão discutindo e apontando suas principais necessidades e indicando o caminho para um programa nacional que venha a satisfazer suas principais demandas. Deram um show de organização, determinação e boa vontade.

 

O trabalho pela frente é intenso e espinhoso, mas o caminho está traçado. Assim que estiverem compilados os resultados da conferência, eles serão enviados para todos os órgãos estaduais, municipais e federais e as “mãos deve ser por à obra”.

 

2012 é ano de eleições e a reforma política também foi tema de discussão na conferência. As mulheres apoiaram a reforma política, sendo favoráveis a mudanças na legislação eleitoral brasileira, com lista proporcional, fechada e pré-ordenada e paridade de candidaturas e lembraram que só com sua participação efetiva no poder se pode falar em democracia verdadeira.

 

A Diretoria

 
 

Sindicato dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio de Americana e Região

Trabalhador Conscientizado, Sindicato Transformado!