No Brasil -
e mundialmente - são os homens os que mais matam e mais morrem por armas de
fogo. No entanto, as mulheres são também afetadas, direta e indiretamente,
por este tipo de violência:
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Nas
capitais brasileiras, 44,4% das mulheres vítimas de homicídios em 2002
foram mortas com armas de fogo (ISER, 2005: com dados do Datasus, 2002).
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Em 2004,
2.130 mulheres foram internadas por ferimentos com armas de fogo no Rio
de Janeiro (ISER, 2005: com dados do Datasus).
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As
mulheres também são as principais responsáveis pela prestação de
cuidados a pessoas feridas com armas de fogo, incluindo apoio
psicológico e econômico em famílias e comunidades devastadas pela
violência. Embora o número de mulheres que ficam viúvas como
conseqüência dessa violência cresça todo ano, mulheres brasileiras
ganham, em média, 58,6% do salário recebido pelos homens (IBGE, 2003).
Os dados
comprovam: Armas não te protegem!
Armas exacerbam problemas como a violência contra mulheres:
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Mundialmente, 40% a 70% dos homicídios de mulheres são cometidos pelos
seus parceiros íntimos (Dahlburg and Krug, 2002).
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Em
homicídios e tentativas de homicídios com arma de fogo, mais da metade
das mulheres vítimas (53%) conheciam seu agressor – para homens, essa
porcentagem cai para 18%. E mais de um terço (37%) dessas mulheres
tinham uma relação amorosa com seu agressor. (ISER, 2005: com dados das
Delegacias Legais do Rio de Janeiro entre 2001 e 2005).
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Os
autores de estupro não são, em muitos casos, estranhos. No Estado do Rio
de Janeiro, segundo dados recolhidos entre 2001 e 2003, 48,8% dos
autores de estupro eram conhecidos da vítima (CeSEC, 2005).
Armas causam acidentes, particularmente com crianças em casa:
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A cada
dia, três crianças (0-14 anos) são internadas em hospitais com lesões
por armas de fogo, duas por motivo acidental e uma devido a agressão (ISER,
2005: com dados do Datasus, 2002).
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Dentre
jovens de 15 a 24 anos – o maior grupo de risco da violência armada no
Brasil – quase um terço (31%) de hospitalizações por lesões com armas
de fogo foi devido a acidentes (ISER, 2005: com dados de Datasus, 2002).
O
desarmamento aumenta a segurança, particularmente das mulheres
O controle
de armas contribui para diminuir os riscos para toda a sociedade – mas a
redução no número de mulheres mortas é o primeiro e mais significativo dos
resultados:
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No
Canadá, entre 1995 e 2003, a taxa de homicídios por arma de fogo caiu
15%. Os homicídios de mulheres por arma de fogo diminuíram em 40% (Canadian
Department of Justice, 2004).
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Na
Austrália, cinco anos depois da aprovação lei de 1996, que praticamente
proibiu a venda de armas de fogo, a taxa de homicídios por arma de fogo
caiu em 50% na população geral. Entre as mulheres, a diminuição foi de
57% (Australian Institute of Criminology, 2003).
Segundo o
TSE, mulheres são mais da metade dos que votam no Brasil.
Agora não é
só com os políticos – a decisão está nas nossas mãos!